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- Está tudo bem? Eu não queria te assustar.

- Não me assustou, apenas me choquei pois agora bate tudo certo sobre você demorar.

- Me perdoa por isso.

- Perdoo no dia que for tomar banho em casa, não é possível que faça isso todos os dias.

- Pois, mas é o que acontece.

- Eu juro que dá vontade de contar para Ten que você é um total perverso em locais como esse, só mesmo por vingança de eu quase ficar sem meu trabalho.

- N-Não conta para ele, ele já sabe demais.

- Hm, mas pelo que estou vendo, ele não sabe disso.

- E porque precisa de saber? O membro é meu, a mão é minha.

- Mas o balneário não é sítio para gozar. Tem sorte que eu não sei como é o cheiro disso, ou já tinha descoberto antes e te denunciava à minha superior. Aí você estava bem ferrado.

- Você acabou de admitir que não sabe o cheiro disso? Gozo tem cheiro de gozo, como não sabe?

- Porque eu não ando aí com o nariz para saber. - Revirei meus olhos discretamente olhando para o parque de cima, era uma visão linda.

- Gosta do que vê?

- É lindo.

- Como você. - Sua voz saiu baixa, mas por causa de estarmos aqui os dois, eu ouvi, o que me deixou sem reação, mas eu iria me fazer de sonsa, só para ver a reação dele.

- O que disse?

- Eu concordei com você, é-é muito lindo.

- Ah. - Ri fraco. - Realmente é lindo. - Acabei soltando um sorriso. - Afinal não estou arrependida de ter vindo aqui, mesmo que tenha sido com você.

- Sou assim tão má companhia?

- É só porque antes de falarmos sobre o porque de demorar tanto, eu vivia em pura raiva de você.

- E agora?

- Eu garanto que se demorar mais alguma vez eu vou te expor.

- Você não teria coragem. - Riu fraco e o encarei com um olhar sério. - Sério que tem coragem?

- Se for para manter meu emprego, eu tenho coragem sim.

- Mas assim claramente eu sou expulso de lá.

- Tem sorte de eu não ter descoberto antes por mim própria.

- Não posso negar isso, estaria um pouco ferrado se tivesse que admitir porque me alivio. Pois claramente tem que ter algum motivo.

- Mas não tem nenhuma garota praticando durante seu tempo... Você é? - Tentei perguntar de uma forma confortável pois não queria que ele achasse que eu estava sendo homofóbica ou algo do género.

- Eu sou heterossexual.

- Desculpa-me então.

- Relaxa, não foi a primeira me perguntando isso quando contei que fazia isso.

- Mas não tem nenhuma garota lá, bem pode se resolver em casa ou mesmo com a pessoa.

- A pessoa jamais resolveria uma coisa dessas, ela é meio marrenta e não gosta de mim.

- A garota é como eu ou só parece?

- Entenda como quiser pois eu não te ofendi.

- Nem eu disse que tinha me sentido ofendida. - Me virei para ele. - Mas fora isso, como ela é.

- Não te interessa, nunca vai dar em nada e você com certeza tem cara de quem vai usar isso contra mim depois.

- Como adivinhou?

- Porque você tem raiva de mim.

- Tenho, mas também podia dar uma exceção.

- Deixa. - Falou assim que já nos encontrávamos no chão. Ten e Doyoung já estavam no meu campo de visão, o que me aliviou na hora que ia procurar feita doida por eles. - Foi legal ir com você é nada de contar o que eu faço no balneário, ele já sabe demais.

- Promete que nunca mais faz isso.

- Vou tentar manter essa promessa. - Revirei meus olhos, eu já esperava por isso dele. É tão... ele.

- Então, já se encantou com ele? - Doyoung perguntou ao chegar perto dele.

- Não? Estávamos conversando como todas as pessoas fazem.

- Você não gosta dele.

- Isso impede de eu falar com ele? Pois se impedir, então porque eu estou falando com você?

- Você me ama marrenta. - Ri debochada, porém eram verdadeiras suas palavras.

- É melhor irmos embora antes que o Taeyong dê em doido e queira andar em mais algum brinquedo. - Ten falou e assentimos. O mesmo pegou o garoto que agora se encontrava com um biquinho nos lábios. Ele é uma criança, mas ao mesmo tempo não é. Só de pensar que ele se alivia no balneário.

Ainda bem que não sei e nem quero saber o cheiro de gozo.

Fico feliz sem essa descoberta.


— QUEBRA DE TEMPO —

- Você está mentindo, só pode. - Doyoung se encontrava rindo depois de eu lhe contar o que Taeyong revelou. Eu não consegui guardar para mim e como eu confio mais que tudo no Doyoung – mesmo que não pareça –, lhe contei, tudo o que falamos, do início ao fim, e agora ele está rindo feito doido.

- Não ia mentir numa coisa dessas seu besta! - Xinguei ele me levantando do sofá indo até a cozinha. O mesmo continuava rindo, e já não estava me agradando. - Odeio quando não acredita em mim sendo que estou falando verdade.

- Ok, ok, eu vou parar de rir.

- Acho bem, pois não estou achando piada estar rindo por não acreditar no que falo.

- Aish, você é muito marrenta sabia.

- Eu tive a perder minutos de vida a contar-te tudo e ainda fala isso. Não te conto mais nada.

- Você está mentindo.

- Agora estou, pois eu não consigo te esconder nada, sobretudo quando preciso falar para alguém.

- Eu sou o melhor primo do mundo, eu sei.

- De onde tirou isso?

- Ei! Não tente dizer que não pois eu sei que sou.

- Faça o que quiser, eu vou é comer.

- Mas já pensou o Taeyong se aliviar pensando em você? - Na hora eu cuspi a água que tinha colocado no copo, porque Doyoung tinha que falar aquilo na justa hora que coloquei a água na boca? Ou melhor, porque ele falou uma idiotice dessas?

- Nunca, mas nunca mais diga uma coisa como o que acabou de dizer.



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Desculpem pela demora :(

7th Sense | lee taeyong Onde histórias criam vida. Descubra agora