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— Dia seguinte —

Tinha acabado de chegar da minha hora de almoço. Sentei-me na cadeira na recepção e atendi todos os clientes.

Pensava para mim própria que Taeyong não vinha. Pela conversa que tivemos ontem, acredito que esse seja o motivo para ele não vir.

Não conheço nada da vida pessoal dele, então eu posso bem pensar que é por isso por motivo.

Quando menos esperava, ele aparece na minha frente, justo no momento que eu queria ir ao banheiro.

— Oi! Cheguei mais cedo, me perdoa.

— Tudo bem, vou só no banheiro, já te dou a chave do cacifo. — O mesmo assentiu com a cabeça e eu andei até o banheiro, me colocando rapidamente na cabine. Para a próxima não penso nele, sempre que penso nele ele aparece, e olha que muitas vezes estou lhe chamando de tudo e mais alguma coisa.

Eu devia ter um sétimo sentido, ou até oitavo, pois com Lee Taeyong nem o sexto que dizem que a mulher tem, vai chegar. Acho que nem dez sentidos a mais chegam, mas eu sou só uma pessoa trouxa que não o denunciou até agora pois é totalmente t-r-o-u-x-a. Ja falei hoje que sou trouxa? Pois sou, e muito.

Lavei minhas mãos assim que fiz minhas necessidades, aproveitando e lavando meu rosto de seguida, mentalizando para mim própria o plano de Doyoung. Ok que posso ficar sem o dinheiro dele, mas será bom por um lado. Eu juro.

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— Aqui tem a chave do cacifo. — Entreguei-lhe assim que cheguei e ao sentir a minha mão tocar levemente na dele, eu senti um arrepio. O que me deu? Isto nunca aconteceu. Sinceramente, eu já não me entendo. E acho que já não quero entender.

Bingo. Ele está novamente aproveitando-se da porcaria do tempo, sabendo que eu não o vou denunciar. Mas desta vez é diferente.

Estava quase na hora, faltava cerca de cinco minutos para fechar, e eu já tinha fora todos os clientes à mais de dez, pois eu ainda tinha que limpar tudo, mas aquele imbecil ainda está no banheiro, e só me falta limpar o banheiro.

Sério, Lee Taeyong, você me considere sua inimiga se continuar com isto tudo depois de eu te pegar. Obrigada por me dizer a porcaria que fazia lá dentro, pois eu agora vou pronta.

Passaram os cinco minutos a correr, nem dei por eles passarem, só notei assim que senti meu celular tocando por colocar um despertador.

— Vamos a isto, agora é de vez. — Levantei-me e andei em passos lentos em direção ao banheiro. Já não ouvia-se a água a escorrer, ele estava fazendo aquilo, e eu vou apanhá-lo.

Se você grita eu te mato, ouviu eu própria?

Eu não iria gritar, também, é só um membro. O membro de Lee Taeyong, mas um membro. Foca nisso, é só um membro como todos os homens têm, nada demais.

Vamos. — Falei para mim própria assim que cheguei perto da porta, abrindo-a devagar, quero pegá-lo no susto. Assim vai ser ainda melhor.

Com todo o cuidado entrei dentro do balneário masculino e procurei-o, ele não estava na inicial, mas sim escondido do outro lado. Você é esperto.

Eu conseguia ouvir a sua respiração que estava ofegante, e sua mão dava para escutar, embora eu não estivesse vendo. Andei um pouco para trás e respirei fundo, agora andando normalmente até lá, o encarando com os braços cruzados.

Ele nem notou a minha presença.

— Eu não te disse para não se masturbar aqui? — O garoto pulou de onde estava, quase caindo quando foi pegar a toalha para tapar o seu genital.

— Que susto! Não era preciso ter entrado!

— Já viu as horas? Quer ser denunciado?

— Não, não! Eu já terminei meu banho.

— Quem se masturba depois do banho? Você tem noção que sua?

— E quem disse que eu tomo banho aqui? — Arregalei meus olhos.

— VOCÊ ANDA ME GASTANDO ÁGUA SEU IMBECIL DE MEIA TIGELA?

— Digamos que sim. Era para não desconfiar. Sempre espero todos saírem para ir para o balneário, por isso que acabo mais tarde.

— Juro que eu vou... — Eu queria lhe bater, morder, xingar. TUDO. Ele anda gastando água sendo que toma banho em casa. Isso passou-se mais do que os limites que pensei que chegasse.

— Vai me ajudar?

— Desculpa? Você é doido?

7th Sense | lee taeyong Onde histórias criam vida. Descubra agora