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— Mas você não negou.

— Eu já disse para nunca mais falar disso! — Quase joguei o copo nele, mas eu tive pena dele, neste caso, do copo.

— Mas eu nem falei nada, apenas disse que não negou.

— Doyoung... — Dei uma pausa, indo até ele e puxando sua orelha. — Eu disse para parar com isso! Seu parvalhão! — Xinguei-o de novo, puxando mais sua orelha, vendo que o mesmo já estava choramingando.

— Ok, ok, eu paro. Não falo mais. — Larguei-o, voltando a cozinha e pegando algo para comer.

— Esta maldita conversa até me deu fome.

— Não falo nada só por causa da minha orelha. — Choramingou. — Você é má.

— Você que me testa, idiota.

— Já me xingou de três maneiras diferentes só hoje, tenho medo que virá a seguir.

— Se calar a boca certeza que não vai vir mais nenhum.

— Duvido.

— Não duvide! — Respirei fundo me sentando enquanto esperava a água aquecer. — Quer também?

— O que vai comer?

— Não está vendo?

— Não me responda assim, ainda tenho sentimentos.

— Você não merece ter uma resposta boa. — Lhe atirei a língua, fazendo ele rir debochado.

— Você é tão criança.

— Calma ai que o adulto está falando! — Falei sarcástica, pois ele de adulto não tem nada. Parece uma criança birrenta que fica no pé de tudo e todos.

— Enfiou o respeito onde?

— Não te vou responder, isso não são conversas para adultos. — Provoquei ainda sarcástica, recebendo um peteleco na minha testa.

— Você também está em idade adulta, mas assim como está me insinuando, também não é adulta.

— Que bom que percebeu que você é igual a uma criança.

— Acho que é de passar tanto tempo com você. — Me senti ofendida, mas apenas ri debochado. Parecíamos irmãos, de tantas coisas que temos iguais, mas infelizmente só somos primos.

— Mas agora falando novamente no Taeyong. — Revirei meus olhos. — Calma, desta vez não é nada do que está a pensar. — Peguei a água que já estava quente e coloquei dentro dos noodles, lhe entregando um e os pauzinhos. — O que vai fazer em relação a ele? Vai contar o que ele faz?

— Não tenho certeza. Se ele cumprir e não ficar lá se aliviando, eu não o exponho. É que isso mete em risco o meu trabalho, sabe?

— Sei. — Comeu um pouco, mas logo se levantou num flash, isso me assustou. — Tenho uma ideia.

— Não precisava me assustar. — Voltou-se a sentar. — Pode falar.

— Porque não o interrompe? Ele já se sente ameaçado de contar, mas isso não implica que possa parar de um momento para o outro. Você tem que mostrar que você que manda ali.

— Como assim? Não sei onde quer chegar.

— Claramente se um homem é apanhado a bater uma, se sente constrangido. Se ele fizer isso mais alguma vez, abra a porta do balneário, depois dessa ele não volta mais a fazer.  Te garanto cem por cento de sucesso.

— É uma boa ideia, mas ele fica constrangido e eu traumatizada.

— Se você realmente quiser o lixar, você vai gostar de ver a reação dele.

— Você até tem ótimas ideias. — Sorriu, meio convencido, mas não falou nada. — Ele agora está na minha mão.

— Sempre esteve, você que deixou-se ficar na mão dele. Não impôs as regras necessárias, mas acho que já tem o seu problema resolvido sem sequer o expor.

— Mas já pensou na probabilidade dele fazer de novo mesmo que seja apanhado?

— Só se ele for doido.

— Nesse caso eu exponho ele.

— Eu apoio. — O resto da conversa foi sobre coisas que já aconteceram com Doyoung e ele nunca conseguiu contar, e que uma delas foi assim mesmo, ele foi pego se masturbando, mas não por uma garota qualquer, mas sim pela sua superior. Jurou que nunca mais se masturbava em locais como aquele. Isso me deu ainda mais certezas que Taeyong ficará igual.

É nestes momentos que agradeço por ter esse tolinho não na minha vida, vulgo Kim Doyoung.

Você desta vez não vai brincar mais com a minha paciência, Lee Taeyong.

Não mais.






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Eu não acredito que demorei dois meses para atualizar, meu Deus... Me desculpem por isso.

7th Sense | lee taeyong Onde histórias criam vida. Descubra agora