Assassina

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- você acordou. Como está ? - perguntou Steve
Quando eu acordei, dessa vez, já estava situada de tudo que acontecerá. A vontade de chorar era grande, mas eu tinha que ser forte! Todos ao meu redor estavam tristes e quebrados, alguém tem que estar com eles para segura-los quando caírem.
- minha cabeça dói - falei no sussurro
- sinto muito - ele falou e baixou a cabeça novamente
- e como você está ?
- acho que bem, tive algumas contusões, mas foram mínimas - falava, mas não me encarava nos olhos
- ambos sabemos do que estou perguntando...- abaixei a cabeça
- estou perdido, Nat - ele limpou lágrimas de seu rosto - eu queria poder ser sua pedra, sei que também está sofrendo, só que eu não consigo - ele se aproximou de mim - eles também eram meus amigos e eu não sei o que vai acontecer
- eu estou aqui com você e para você - chamei ele para sentar na mesma maca que eu - também estou triste, mas acima de tudo estou aqui para você e ser sua pedra. Dessa vez vamos inverter os papéis
Não houve resposta, verbalmente, ele apenas me abraçou e caiu em lágrimas. Eu me limitei a algumas solitárias que escorriam minha bochecha silenciosamente, nada que ele percebesse.
———-
Um mês se passou e eu fui, finalmente, liberada para voltar para casa mesmo ainda estando ainda meio debilitada já tinha sido liberada para voltar ao trabalho.
Trabalho em uma das cedes do FBI, aqui em NY, ou seja o trabalho nunca para. Eu não poderia ir em campo pelos próximos dias, mas daqui a um mês já estaria a ativa.
Estava ainda deprimida por causa do que aconteceu. Não podia acreditar, no ramo que trabalho todos sabemos que corremos riscos, mas de fato nunca imaginamos que algo desse tamanho iria acontecer; achamos que esse tipo de coisa só acontecia em filme e que na vida real esse tipo de coisa não acontece.
Steve estava em casa e eu fui de carro até o escritório para pegar algumas coisas para trabalhar de casa, ainda não ia voltar para o escritório, minha equipe tinha recebido as férias adiantado já que sofremos uma grande perda.
Entro em minha garagem da casa que divido com Steve e pego o seu carro, o meu estava sem gasolina. Finalmente estava sozinha e finalmente me permiti chorar tudo que eu tinha guardado dentro de mim nos últimos dias.
Queria poder me abrir com Steve, mas não posso. Não que eu não confie nele, pelo contrário ele é a pessoa que eu mais confio, só que ele está tão abalado quanto eu.
Sempre que acontecia alguma coisa dessas lá na empresa ele estava lá para me suportar a semana inteira chorando, então eu acho que dessa vez eu que devo estar suportando ele. Afinal ele era muito mais próximo dos meninos do que eu. Se eu os conhecia ah 10 anos, ele devia os conhecer ah uns 25 mais ou menos. Quando os meninos se foram, uma parte de Steve se foi junto.
Quando cheguei no escritório minha cara de choro era nítida e meus soluços, por mais que eu tentasse conter, eram extremamente altos.
Desci do carro enquanto tentava me acalmar, tentava não pensar, não sentir. Entrei no grande salão que estava vazio, todos ainda estavam de férias. Fui em direção a minha sala.
Peguei tudo que precisava e fui em direção a porta, nesse meio tempo avistei a sala do Clint.
Clint era meu melhor amigo. Eu entrei no escritório por impulso do Tony, mas logo depois que eu entrei em contato com Clint a conexão foi forte, viramos amigos instantaneamente. Por isso, hoje em dia, sou madrinha de seus filhos e um deles tem meu nome, versão masculina. Eu adorava aquela família.
Ao olhar para a placa com seu nome várias memórias desde quando nos conhecemos até seus últimos dias de vida passaram por minha mente. Instantaneamente lágrimas grossas brotaram em meus olhos e senti meu corpo fraquejar. Fui chegando mais perto e percebi sua mulher sentada em sua cadeira colocando suas coisas em uma caixa. Vou falar com ela, ela deve precisar de conforto - pensei
Bati na porta e entrei
- oi Lau - falei olhando em seus olhos
Sua expressão de tristeza agora se tornará uma de raiva, poderia sentir seus olhos pegando fogo daqui
- nunca mais olhe na minha cara - falou ríspida
Por que ela falou assim?- lágrimas mais grossas brotaram em meus olhos - Perder um amigo deve ser difícil, agora imagina perder o marido e pai do seus filhos? Se eu estou mal ela deve estar sem teto, sem chão...- pensei
- eu estou aqui com você Lau - falei indo abraçá-la
- nunca mais encoste em mim ou em minha família - eu no mesmo instante recuei, e me senti perdida. Não sabia o por quê dela está falando assim comigo - nunca mais olhe na minha cara! - gritou - sua ASSASSINA ! - gritou poucos milímetros da minha cara

Oi genteee
O que vcs acham ?
A Laura está exagerando ou falando a verdade ?
❤️

Aquele acidente Onde histórias criam vida. Descubra agora