Conclusão

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Alguns minutos se passaram e a secretária do Fury apareceu em minha porta falando que ele estava disponível para falar comigo.
Levantei de minha cadeira e fui em direção a sua sala, bati na porta e entrei
- Rogers! - exclamou- creio que está aqui para justificar a ausência da senhorita Romanoff ?
- na verdade, estou aqui para pedir sua retirada temporária da equipe
- por que motivo, devo saber ? - Fury perguntou enquanto apoiava o cotovelo em sua mesa de vidro
- ela não está mentalmente apta para voltar ao trabalho
- de acordo com a doutora Kidman ela estava bem para a atividades dentro da empresa
- Fury - chamei apreensivo- acho que ela está desenvolvendo um quadro depressivo
- e por que você tirou essa conclusão ? - perguntou apreensivo e nervoso
- hoje, pela manhã, eu descobri que ela vem fazendo coisas em si mesma - eu realmente não queria a expor dessa maneira, mas ela não estava em condições de voltar lá
- entendo - falou controlando-se - ela é uma das melhores. Posso libera-la por um tempo, mas precisarei de um atestado de uma psiquiatra. - falou cabisbaixo, pude ver seus olhos marejados
- obrigada senhor. Também queria saber se poderia ficar trabalhando de casa por um tempo - perguntei temendo que ele negasse
- claro, o tempo que você precisar - ele falou e eu estava saindo quando ele agarrou meu braço firmemente - Rogers, eu considero Natasha como uma filha, você sabe né ? Tentei conversar com ela esses meses, mas ela sempre me bloqueava. Deveria ter visto que algo mais sério estava acontecendo. Por favor, não deixe-a fazer nada traga maiores consequências. - eu apenas concordei, fiquei feliz em saber que alguns ainda se importavam com ela - diga para ela que qualquer coisa eu estou aqui e para você também, okay ? Qualquer ajuda não hesite em pedir ! - ele falou me abraçando.
Saindo de sua sala sigo para a saída da empresa, passo pela sala principal e não vejo ninguém, ótimo, não estava com paciência para conversar com ninguém.
Vou para o meu carro e dou a partida, como prometido vou para a loja preferida de sushi da Nat, compro o que ela mais gosta, espero animar ela um pouco.
O caminho para casa foi curto, por sorte não tinha engarrafamento, nem deu tempo de pensar como iria falar com ela. Não podia simplesmente passar pano e fingir que nada aconteceu.
Chego em casa, abro a porta e deparo-me com minha mãe sentada no sofá, sozinha. Lá no fundo eu tinha uma esperança que a Natasha estaria com ela.
- oi filho - disse minha mãe levantando do sofá e vindo até mim - que bom que você chegou
- por que ? - perguntei apreensivo, por que ela ficou feliz que eu cheguei ?
- queria poder dizer que eu simplesmente senti sua falta - falou alisando minha camisa - mas eu estou preocupada com a Natasha, filho, acho que ela nem sabe que eu estou aqui. Ela não deu um sinal de vida, acho que nem saiu da cama.
Merda !
- obrigada por ficar mamãe - abracei ela - fique aqui que eu já volto, trouxe comida, vou chamar ela para comer conosco
Subo as escadas da minha casa extremamente nervoso, não tenho ideia do que vou encontrar
- Nat, posso entrar ? - pergunto, mas não ouço resposta
Abro a porta desesperado e para o meu alívio, eu acho, encontro ela deitada na cama na mesma posição e com as mesmas roupas em que a deixei.
Fui me aproximando devagar, achando que ela estava dormindo, mas não, ela estava de olhos abertos
- oi amor - falei passando a mão em seu cabelo
- oi bebê - ela falou me olhando, seus olhos suplicavam perdão
- você agora vai ficar em casa por um tempo e eu vou ficar com você - eu falei e ela se levantou devagar de onde estava deitada
- obrigada - ela falou e eu apoiei sua testa na minha - e me desculpe - sussurrou
- amor, vamos falar sobre isso mais tarde, só não quero que se sinta culpada
- eu te amo - ela falou me beijando
Fazia um tempo que a gente não se beijava, e foi tão bom poder sentir ela, depois de tanto tempo.
- eu também te amo - falei passando meu polegar em seu rosto - eu trouxe sushi, vamos comer - ela fez menção em negar, mas antes que ela pudesse falar eu a interrompi - quando foi a última vez que você comeu?
- ontem pela manhã - falou baixinho
- vamos comer, nem precisa ser muito, mas a partir de hoje vamos estar nisso juntos - beijei sua testa
Levantamos e fomos em direção a cozinha, minha mãe não estava mais lá, ela tinha deixado um bilhete dizendo:
" Steve, entendo que ela está passando por uma fase difícil e espero que passe logo. Decidi ir embora, pois creio que ela não ficaria tão a vontade comigo aí. Mesmo sendo muitos próxima dela acho que nesse momento ela só quer você ao lado dela
~ te amo e amo ela
Mamãe"

Devo desistir ? :/

Aquele acidente Onde histórias criam vida. Descubra agora