Porraaa

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POV Lauren

Tomei um banho rápido pra não fazer Camila esperar muito.

Vesti um short folgado e uma camiseta, não pus o short de compressão, não queria me apertar.

Encontrei Camila na sala e saímos juntas.

Fomos conversando coisas aleatórias no caminho, pra minha surpresa descobri que conversar com ela é fácil.

Quando chegamos na casa dela, um homem estava na sala assistindo o noticiário.

-Princesa? Que bom que você... Ah, oi.

-Oi. - Respondo timidamente.

-Pai, essa é a Lauren. Lauren, esse é meu pai, Alejandro Cabello.

-É um prazer conhecer o senhor.

-O prazer é meu Lauren, bem vinda. Quer um suco? Uma água?

-Não, obrigada.

-A gente vai lá do quarto da Sofia pai. - Diz Camila.

A forma como Alejandro olha pra Camila deixa claro que não são muitas pessoas que entram no quarto da filha menor.

-Não quarto da Sofia?

Camila confirma com a cabeça.

-Tudo bem. - Diz ele ainda olhando ela de forma estranha.

Camila me segura pela mão e me puxa escada acima.

Entramos no quarto e a primeira coisa que reparo é que o quarto é lindo. Pintado de um rosa claro, diversas prateleiras com brinquedos e ursos de pelúcia.

A segunda coisa que reparo é que tem vários aparelhos médicos no quarto, monitor cardíaco e de pressão. Uma haste segura o soro e tem uma intravenosa no braço da menina na cama.

O que posso dizer da pequena é que é muito parecida com Camila, porém aparenta ser muito frágil.

Está deitada de barriga pra cima, os olhos fechados. Ela é pequena e magra, coberta até a cintura. Os cabelos estão penteados e ela está limpa.

Olho pra Camila meio que pedindo autorização e ela faz que sim com a cabeça.

Me aproximo e sento na cama, reparando que a camisola da menina é das princesas. Seguro na mão dela com cuidado.

-Oi Sofia. Me chamo Lauren, sou amiga da sua irmã. É um prazer te conhecer. - Nesse momento sinto um aperto tão leve na minha mão que eu não teria percebido se não estivesse alerta. Olho pra Camila. - Ela apertou minha mão.

Camila sorri.

-Ela faz isso quando a gente fala com ela, os médicos acham que ela consegue ouvir e sentir a gente.

-Então ela tem atividade cerebral?

-Tem sim. Ninguém consegue entender porque ela tá assim, segundo os médicos ela devia tá acordada.

Volto a olhar pra garotinha.

-Hey Sofia, porque você não acorda pra gente brincar? Eu sei que deve tá muito gostoso esse sono seu, mas a Camila sente muito a sua falta, e eu adoraria te levar pra tomar sorvete.

Sinto outro aperto na minha mão, por algum motivo isso me trás uma sensação muito boa.

Passamos mais algum tempo ali.

-Vamos lá pro meu quarto? - Diz Camila.

-Claro. - Dou um beijo na mão de Sofia e sigo Camila.

Um em trêsOnde histórias criam vida. Descubra agora