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JUNGKOOK

Me desperto do sono e não me lembro por alguns segundos onde estou. Quarto de TaeHyung, lembro.

Olho ao redor e ele não está aqui. Vou ao banheiro, o mesmo que tomei uma chuveirada fria antes de deitar e dormir igual uma pedra.

Volto para o quarto e vejo a cortina da varanda balançando com o vento que vem de fora, e o vejo deitado em uma espreguiçadeira, ainda de roupão. Olho para o relógio digital na mesa, marcando 04:22.

Passo pela porta em silêncio, e ele não me vê chegando perto.

- O que te tira o sono? - ele dá um pequeno sobressalto quando ouve minha voz

- Não consegui mais dormir - ele diz esticando os braços para mim. Beijo o topo de sua cabeça. Sento na espreguiçadeira estre suas pernas e encostando minha costa no seu peito - Por que acordou?

- Precisei ir ao banheiro fazer o número um - digo me encaixando no seu ombro

- Quer morango? - ele me entrega um pote quase cheio de morangos bem vermelhos. Assinto - Você lavou a mão? - ele retira o pote antes de eu pegar

- Lavei - digo rindo. Ele devolve o pote - Lavei?! - digo brincado. Ele belisca a pele do meu pescoço - AAAAAH, lavei lavei - ele sorri

São quase cinco da manhã, mas as estrelas ainda estão no céu. A brisa aqui em cima é forte e fria, fazendo minha pele se arrepiar a cada vento cortante. TaeHyung me abraça com braços e pernas quando nota que estou com frio.

- Sabe de uma coisa... - ele diz tampando o pote com alguns morangos - Nunca te perguntei o que veio fazer em Seul. No dia que nos conhecemos você falou que veio a negócios ou coisa do tipo, mas não sei mais do que isso - ele diz

- Eu vim para uma entrevista  de emprego na secretaria pública de urbanismo de Seul - respondo - A entrevista é em alguns dias, se não me engano dia vinte e quatro, semana que vem. Estou nervoso com isso

- Você vai se sair bem nisso

- Obrigado

- E antes, você fazia o que? 

- Trabalhava no setor de design e projetos na empresa do meu pai em Sidney. Era bem legal essa parte do trabalho - respondo rápido, espero que ele não me pergunte sobre meu pai

- OW, que legal. Mas se veio para cá, e já tem um tempinho, ainda tem vínculo de trabalho lá?

- Não, antes de vir, pedi demissão - digo

- Mas então por que veio para cá? Se lá você trabalhava em algo que gostava

- Bom, a minha relação com meu pai não é a das melhores, e tecnicamente eu não trabalhava no que eu me formei, de fato, mas não deixava de ser legal o que fazia, mas ao mesmo tempo eu queria ir a campo e fazer algo que as pessoas em geral aproveitassem, não apenas caras engravatados subindo e descendo elevadores de grandes prédios - recebo um beliscão na costela, e protesto - Eeeei!

- Ele ri com meu protesto - Sou o cara que sobe e desce engravatado em prédios

- Você é a minha única exceção - meu coração acelera com o que falo. Ele me abraça mais forte

- E então se você for aceito, e espero que seja... - ele solta um braço do abraço e faz carinho no meu cabelo - Onde vai morar?

- Meu coração erra uma batida e meu estômago revira - Hobi, vou morar com ele por um tempo

- Quem é Hobi?

- Oh, Hoseok - digo rindo, lembrando da história por trás de seu apelido

- AHH, e por que Hobi?

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