SKYSCRAPER 🏙 TAEKOOK

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TAEHYUNG

Quando entramos no carro, JungKook não diz nada. Eu não sei se fico rindo ou começo falar coisas sem noção que passa na minha cabeça. Ficar perto dele me faz querer falar as coisas mais idiotas que passam na minha cabeça. Ele tem o rosto tenso porém um sorriso bobo

- E você não me disse o que foi fazer no meu apartamento - digo quando saímos do estacionamento

- O que? - ele desperta com minha pergunta

- Você disse que não perguntei o que tinha falado para sua mãe, agora te pergunto o que foi fazer no meu apartamento

- Fui ver você - sem rodeios

- E o que falou para sua mãe?

- Ele tem um sorriso de lado encantador - Que conheci um cara muito legal que acolhe bêbados nas ruas de Seul e dá abrigo e café da manhã

- Não sabia que eu tinha uma alma tão caridosa antes de você falar isso - digo rindo - Acho que vou fazer com outros caras

- Não vai não - ele fecha a expressão e me encara, mas como estou sorrindo da sua resposta, ele desvia o olhar - Para com isso - ele diz focado na rua, mas rindo

- Eu não fiz nada - digo olhando para a rua, me viro para ele, e está com a mão direita no volante e a esquerda encostada na janela e a mão cobrindo a boca. Ligo o som do carro. Está conectado a rádio local. Toca uma música que não conheço
Ele batuca com os dedos seguindo o ritmo da música
Vejo algumas notificações no celular, nada de interessante aparece. E várias mensagens de Jimin começa a chegar.

JIMINIE: AI CARALHO TAEHYUNG
JIMINIE: Ele te quer nu com leite condensado
JIMINIE: TENSÃO SEXUAL RONDA VOCÊS
JIMINIE: Só vai

Quando leio começo a rir, mas cubro a boca para JungKook não querer saber o que é.
Começa a tocar Serendipity no rádio.
- Oooww, amo essa música - digo aumentando um pouco mais o volume. Cantarolo junto
- Eu odeio - ele diz sorrindo

- O que? Como assim? - ele continua sorrindo

- Odeio gostar tanto dela - ele se vira pra mim rindo e levanta as sobrancelhas
- Bom, isso não faz menor sentido, mas pelo menos gosta - continuo cantarolando - Por que odeia gostar?

- Ele resiste em falar - Ela é muito sexy pra se ouvir com alguém - ele coça abaixo da orelha esquerda, como sempre

- Sexy? - digo rindo

- Não pela letra, mas a melodia remete, entende - ele para em um sinal - Para de fazer isso! - ele diz alto, mas não sai com tom de brigar, porque ele ri com todos os dentes

- Mas eu não fiz nada! - digo sem entender

- Você ri maliciosamente - aponta para mim - Viu?! Sorri e morde o lábio inferior, ou fica passando a língua nos dentes

- Eu não faço isso - digo cobrindo a boca e rindo por trás

- Faz sim, e fica passando a língua nos lábios o tempo todo - ele não me olha mais - Para de flertar comigo

- Eu dou um berro alto - Eu não flerto. Isso é mais uma mania do que flertar
- Ah tá - ele diz

- Quando eu flertar, você vai vê - digo, e a música ainda toca no carro. Ele fica calado
Serendipity é muito sexy mesmo, mas nunca levei para esse lado. Mas já que ele diz que estou flertando com ele, vou vê no que dá

Sutilmente levo minha mão esquerda até sua nuca. Sinto sua pele arrepiar nos meus dedos, ele sorri de lado. Subo mais até seus cabelos, é bem cheio e preto brilhoso, sempre quis fazer isso, de leve aperto entre meus dedos dando um puxãozinho, ele fecha os olhos por uns milissegundos
- TaeHyung! Para - ele diz sorrindo com a voz vacilante. Vou tirando de leve a mão de seu cabelo escorrendo a mão até seu ombro direito com as unhas lhe arranhando, ainda sorrindo maliciosamente, como ele diz. Noto que realmente fico sorrindo mordendo o lábio inferior

Ele troca as mãos no volante, colocando a mão direito no câmbio, apesar de que o carro é automático, ele sempre faz isso, fica apertando o botão que tem ao lado do câmbio. Coloco minha mão esquerda sobre a dele, sem rodeios. Sinto seus olhos encarando. Ele vira a mão fazendo nossos dedos se entrelaçarem, fazendo carinho de leve com o polegar na minha mão, e assim ele fica por uns minutos
- Ah TaeHyung - a voz dele ecoa dentro do carro, assim que a música acaba - Não faça isso - Mas dessa vez não fiz nada. Cubro a boca. Ele faz um carinho na minha cabeça quando me encolho no meu banco

Ficamos em silêncio por uns minutos, apenas o encarando, ele sério na estrada, sem rir ou falar, só o rádio tocando as músicas aleatoriamente.

- Está bem aí? - pergunto. Ele apenas concorda. Me aproximo dele, e deslizo minha mão na sua coxa, mas sem intenção de alcançar certas partes. Fazendo ele dá um sobressalto leve no banco. Não toquei em nada, apenas na coxa
- Meu Deus, TaeHyung - ele dá um sorriso alto e desconcertado. Vejo que sua testa está brilhando de um leve camada suor. Ele para em frente ao estacionamento do meu prédio, e o portão se abre e entramos.

Ele continua em silêncio até estacionar ao lado do meu carro. Descemos do carro. O elevador é perto. Entro e me encosto nos fundos do elevador e o vejo entrando no elevador de cabeça baixa e sorrindo. Isso me faz sorrir dele. Ele vira ficando no meio do elevador de costa para mim. Aperta o botão do último andar do meu apartamento, fica parado igual uma estátua no meio do quadrado com a jaqueta preta na mão. Notei porque ele tirou no caminho do carro até o elevador.
O silêncio dele se instaura.

Começo a cantarolar:

O tanto que meu coração palpita, eu me preocupo
O destino está com inveja de nós
Assim como você, eu estou tão assustado
Quando você me vê
Quando você me toca

- Os ombros dele são tensos, da visão que tenho - TaeHyung, pare - vejo ele rindo pelos reflexos do elevador. Quase não posso me conter de rir dele

Me aproximo dele com toda calma, ainda cantando uma parte da música. Minhas mãos passeiam da sua cintura fina para seu quadril, me aproximando mais, meu rosto colado no seu ombro, minha mão esquerda explora um pouco de pele do seu quadril quando levanto a borda de sua camisa, e ouço sua respiração se tornando profunda.

Desde a criação do universo
Tudo estava destinado
Apenas deixe-me te am - antes que eu pudesse terminar as palavras ele se vira e me trás pra si, refazendo o que aconteceu no boliche. Suas mãos são firmes na minha nuca por dentro dos meus cabelos e na minha cintura. Seu beijo é suave, mas firme

Continuamos assim até sentirmos o elevador para no último andar. Me afasto poucos centímetros dos seus lábios, ainda com a testa colada a sua, ainda sem fôlego, ele dá um breve sorriso

- Eu disse para você não flertar comigo - ele tenta se afastar, mas o seguro firme, o impedindo de se afastar

- Eu não estou flertando - olho nos seus olhos - Eu quero você - dou um suspiro e me afasto com um pequeno passo

A minha mão que segurava seu braço esquerdo, corre até sua mão. O conduzindo até a porta do meu apartamento, ele me segue sério, mas eu também o encaro. Abro o aparelho que coloca a senha, mas sinto a mão dele virando suavemente minha cabeça para o lado e revelando meu pescoço esquerdo. Seus lábios encontram a minha pele. Seus lábios são quentes e macios, às vezes até sinto sua língua durante um beijo e outro, e um leve mordiscou no final, me fazendo arrepiar até os cabelos de outra vida. É inevitável desconcentrar de colocar a senha. Ele para, mas não consigo voltar para a realidade, apenas continuo de olhos fechados, esperando a minha alma voltar para o meu corpo. Meu estômago se reduz, minha pele é estática, minha respiração é curta, minha mente gira de certa forma

- Qual é a senha? - a voz dele é grossa e firme.

- Espero minha mente acordar meus neurônios - 1008 - respondo

A porta destrava quando ele coloca a senha e logo empurra a porta e me puxa para dentro.
Sem ligar a luz, ele me coloca contra a parede ao lado da porta, joga a jaqueta no chão e me olha com toda seriedade que ele pode demonstrar agora, sinto a porta fechando ao meu lado. Sem pensar duas vezes, o puxo pelo pescoço e o beijo, como se isso fosse meu último desejo da vida.