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Josh Beauchamp

— Querida Any, não só colega de trabalho, mas também de casa. - Entro em sua sala e a morena me olha fulminante, caminha até mim pegando os papéis enrugados, por minha falha tentativa de seca-los com o secador. 

— Não precisa me lembrar disso toda vez que me ver, não é o bastante eu ser obrigada a olhar para a sua cara todo dia? 

— Não mente que eu sei que você gosta de me ver de toalha todos os dias. - A morena semicerra os olhos e balança a cabeça, provavelmente tentando se acalmar - Viu? Não negou. - Sorrio e a garota suspira. 

— Eu estou a isto aqui de te jogar por aquela janela, então pelo bem da sua preciosa vida me deixa em paz. - Ela diz sinalizando com os dedos sua impaciência. 

— Então você admite que minha vida é preciosa para você? - Saio de sua sala antes que ela me taque o grampeador que estava em sua mão, que ela com certeza tacou pela força que a porta foi fechada, assustando a todos na delegacia. 

— A fera 'tá atacada hoje? - Dave, um dos estagiários da delegacia pergunta ao meu lado. - Me pergunto se ela é assim na cama, deliciosa já sei que ela é. 

— O que disse? 

— Por favor, não vai dizer que nunca reparou na bunda dela por aquela saia que ela usa? 

— Oh, eu reparei, e já toquei também, pena que ela não sai com perdedores que não sabem se comportar com uma mulher. - Sorri e caminhei até minha sala. 

Não é ciúmes, só não vou deixar ele falar assim da minha... amiga?

...

— Procurando por isso? - Balanço as chaves do carro da morena entre meus dedos, Any estava no estacionamento jogando suas coisas no chão tentando achar a chave de seu carro. 

— Deu pra me roubar agora também? - Ela revira os olhos e tenta pegar as chaves da minha mão, mas eu a tiro de lá. 

— Eu não te roubei, você esqueceu elas na sua sala. 

— O que você estava fazendo na minha sala? - Ela cruza seus braços evidenciando seus seios fartos - Meus olhos estão aqui em cima. - Balanço minha cabeça voltando a olha-la, que me observava com um sorriso brincalhão nos lábios. 

— Não vai me agradecer? 

— Obrigada, agora me dá. 

— Só se você me der uma carona. O meu está na oficina. 

— Vá de táxi. 

— Já vim de táxi, se continuar assim vou ficar com a conta no negativo, você sabe que o salário de um policial aqui é uma piada. 

— Não se preocupe, eu pago.

— Qual é Any, nós vamos literalmente para o mesmo lugar, não custa nada me dar uma carona. 

— Custa a minha sanidade. 

— Se não me levar eu não vou te dar a chave. 

— Puta que pariu, entra aí moleque chato. - Faço uma dancinha esquisita e a morena me olha com o cenho franzido. 

— Que foi? 

— Eu mereço. 

𝐁𝐞𝐡𝐢𝐧𝐝 𝐓𝐡𝐞 𝐌𝐮𝐫𝐝𝐞𝐫 - 𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora