Eu estou entediada.
Mark era alto e moreno, com os olhos verdes escuros e sobrancelhas grossas, aparentava ter 1,70, um bom porte físico e totalmente desinteressante.
Não me leve a mal, ele é lindo, muito lindo, bem sucedido, tinha um papo legal, mas faltava alguma coisa.
Desde que cheguei aqui não consigo parar de pensar em minha conversa com Josh, com ele o assunto sempre surgia e eu não parava de sorrir um minuto sequer, era tão mais fácil...
— Então, aonde fez faculdade? - Ele levanta os olhos de seu prato para responder.
— Hm, Yale. - Assinto com a cabeça, voltando a comer meu macarrão.
Ele trabalhava como CEO em uma empresa conhecida do Texas, mas foi transferido para Nova Iorque a pouco menos de um mês, quando a esposa faleceu com cancêr no estômago.
Meu celular vibra em cima da mesa, indicando uma ligação, vejo o nome de Joalin na tela e recuso.
Vejo Mark abrir a boca para falar algo mas somos interrompidos pelo toque do meu celular pela segunda vez, aviso ao mesmo que era importante e que precisava atender, prometi que não demoraria mais de cinco minutos.
— O que você quer, Joalin? - Pergunto impaciente.
— Ai estressadinha, como está sendo o encontro?
— Um saco, o cara é legal mas eu não estou no clima pra isso.
— E quando você está, Gabrielly? Se deixa levar um pouco, parece um robô que tem a vida toda programada, viva um pouco Any.
— Obrigada pelo discurso encorajador mas eu realmente preciso entrar, prometi que não demoraria, beijo, tchau.
— Eu não quero te ver chegando em casa sem pelo menos um chupão no pescoço. - Reviro os olhos e desligo.
Adentro o restaurante, andando até a mesa aonde meu acompanhante se encontrava, Mark mantinha as mãos nos bolsos da calça com o olhar longe.
— Me desculpe por isso, minha amiga esqueceu aonde guardou a chave. - O moreno acena com a cabeça não parecendo interessado em minha desculpa.
— Sem problemas, se importa se terminarmos mais cedo? Amanhã trabalho cedo e se não dormir mais de oito horas depois de duas taças de vinho acordo matando um. - Ele sorri galanteador e eu concordo, não me importando muito de terminarmos ali.
No caminho conversamos mais um pouco sobre nossas vidas e bandas favoritas até chegar em meu apartamento, ele se desculpa novamente e sai me deixando frustrada por outro encontro falho.
Talvez não seja pra mim, talvez eu nasci para ser a tia dos gatos da esquina da rua que todos tem medo de passar perto.
Entro em minha casa, retirando primeiramente o salto que estava me matando, me assusto ao ver Josh deitado no sofá, dormindo torto com a televisão ligada.
— Josh, acorde. - Passo meu dedo por sua bochecha e o loiro abre os olhos azuis lentamente. - O que você estava fazendo aqui na sala se no seu quarto tem uma televisão?
— Estava te esperando chegar. - Ele se espreguiça e levanta do sofá.
— Por que?
— Porque esse cara podia muito bem ser um bandido, e eu estava decidido a chamar a polícia se você não chegasse até às duas.
— Obrigada por me esperar, mas não precisa, e se eu passasse a noite fora? - Caminho até a geladeira pegando um pouco de água e tomando um comprimido para ressaca, sou fraca para bebidas e com uma taça de vinho eu já começo a ver estrelas.
— Então a polícia ia bater na porta da casa do cara e você lidaria com eles.
— Mãe? É você? - Debocho e o loiro me olha indignado.
— Desculpa aí, da próxima vez eu não me preocupo com você. - Ele cruza os braços e um bico é formado e seus lábios, minha vontade era de ir lá e desmanchar esse bico com meus lábios.
— Então você estava preocupado comigo? - Pergunto tentando me recompor do ensamento anterior.
Eu não queria beijar ele, queria?
Ele era lindo, isso era fato, carinhoso, engraçado, carismático, irritante e tinha o sorrio mais lindo que eu já vi na minha vida.
Mas eu não queria ele, me sentia atraída por ele.
— É claro que me procupo, quer dizer, nós somos amigos, certo?
— Sim, nós somos amigos.
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𝐁𝐞𝐡𝐢𝐧𝐝 𝐓𝐡𝐞 𝐌𝐮𝐫𝐝𝐞𝐫 - 𝐁𝐞𝐚𝐮𝐚𝐧𝐲
FanfictionAny Gabrielly, detetive perita, sempre muito eficiente e capaz de resolver seus casos sozinha no agitado estado de Washington, fica irada quando seu superior manda um ajudante com a desculpa que ela trabalha demais. Joshua Kyle Beauchamp, perito cri...