2. Draco

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Draco andava furiosamente até campo de quadribol.

Ele sabia que Potter estaria lá agora, ele sempre praticava lá nas tardes de domingo.

Potter havia convencido a equipe da Grifinória a aparecer e assistir a equipe da Sonserina treinar esta manhã, ele até os fez fazer anotações para o próximo jogo.

Isso havia prejudicado a capacidade de sua equipe se concentrar, porque eles estavam constantemente preocupados com os leões que estavam ali.

O treino havia sido um desperdício completo por causa disso.

Ele estava pensando em algumas coisas envolvendo Potter.
Mas estava certo de sua decisão.

No começo, havia hesitado em começar algo com o Grifinório, porque ouvira rumores sobre ele e Riddle estarem juntos.

Ele não era estúpido, sabia que Riddle era frio e calculista e que era um sonserino até os ossos.

Acreditava que não havia maneira de Riddle escolher Potter de todas as pessoas.

Potter era tão grifinório quanto se era possível.

Ele hesitou mais cedo, porque, mesmo que houvesse apenas uma pequena chance, se os rumores fossem verdadeiros, sua vida estaria em perigo real.

Riddle administrava a casa da Sonserina com um punho de ferro.

Todos os primeiros anos aprendiam muito rapidamente quem estava no comando, e com certeza não era o chefe da casa deles.

Tom Riddle sempre foi perfeitamente composto, nunca com um fio de cabelo sequer fora do lugar.
Quando a máscara dele escorregava, era porque a coisa havia ficado feia.

Nesses momentos o Sonserino tinha um temperamento desagradável e não se importava de dar um jeito em quem o havia provocado.

O próprio Draco havia recebido um crucio da varinha de Tom.
Ele estremeceu com a lembrança, não queria experimentar isso de novo nunca mais.

Mas não havia como Tom Riddle e Harry Potter estarem juntos, certo? Isso não fazia sentido.
O rei da Sonserina com o menino de ouro da Grifinória? De jeito nenhum.

Com suas dúvidas resolvidas, ele estava caminhando para o campo para ter uma boa conversa com Potter.
Quando se aproximou viu uma vassoura dar uma curva perigosamente rápida em direção ao chão, ele sorriu.

Perfeito. Isso definitivamente significava que Potter estava aqui, ninguém mais seria estúpido o suficiente para tentar fazer algo assim.
Ele estava basicamente indo de cara em direção ao chão.

Quando Draco se aproximou, viu que havia duas figuras no campo de quadribol.

Ele parou de andar quando Potter pulou de sua vassoura, pegou o pomo e acabou rolando no chão para um pouso.

A outra figura, que estava esperando ao lado do campo, agora corria freneticamente para Potter.

Mesmo à distância, Draco conhecia aquela caminhada.
Era suave e sem esforço, como uma cobra deslizando de forma imperceptível.
Apenas uma pessoa encarnava uma cobra tão bem, e esse era o próprio Tom Riddle.

Agora, se Tom Riddle assistiu Harry Potter praticar seus mergulhos, havia um bom motivo se preocupar.

Draco observou Riddle correndo para Potter, ele chegou lá quando Harry se levantou do chão erguendo o pomo com um sorriso largo no rosto, claramente muito feliz por ter pego a droga do pomo de uma maneira tão perigosa.

Aquele leão maldito sempre foi muito imprudente.
Draco sabia que Tom não estava satisfeito com isso.

Seus braços estavam cruzados, e, mesmo a uma distância considerável, era possível distinguir um sulco de frustração entre suas sobrancelhas.
Riddle provavelmente ia repreender Potter, se Draco pudesse adivinhar.

Harry não parecia nem um pouco preocupado, pois ainda estava sorrindo largamente e acenando com o pomo
Ele não parecia notar o aborrecimento de Riddle, e se notou simplesmente não deu a mínima.

Então, correndo em direção a Tom, Harry pulou nele, colocando as pernas em volta de sua cintura e os braços em volta de seu pescoço.
Riddle o pegou facilmente, é claro. Potter era minúsculo, nada além de pele e ossos, não poderia ter sido difícil.

Mas algo estava errado, o loiro balançou a cabeça em negação.

A ação parecia tão confortável e natural, era como se eles tivessem feito isso centenas de vezes.

Draco observou enquanto Potter estava agarrado em Riddle como um coala, e o Sonserino o segurava com facilidade.
Harry sorriu para Tom com tanta felicidade e carinho em seu rosto que Draco quase teve que desviar o olhar.

Tom ainda estava sério olhando para ele, embora sua expressão tivesse suavizado desde que o outro havia pulado em seus braços.
Harry colocou as mãos firmemente nos cabelos da parte de trás do pescoço de Riddle e puxou em sua direção.

Draco assistiu curioso e horrorizado enquanto Harry beijava Riddle com tanta gentileza e amor, e Tom retribuia.

Eles mantiveram o beijo por um longo tempo antes de se separarem.
Potter começou a sorrir para Riddle mais uma vez, embora, dessa vez, Riddle estivesse olhando para Potter com um pequeno sorriso.

Havia tanta devoção em seu rosto que Draco podia ver de longe.

Era como se Riddle estivesse olhando para algo extremamente precioso.
Ele claramente adorava Potter.

Quando Harry começou a puxar Riddle para um segundo beijo, Draco se virou e, silenciosamente, correu o mais rápido possível.

Se alguém mexesse com Potter, não viveria para ver outro dia.
Riddle os mataria!

Draco sabia o que acabara de ver, via um homem completamente e irremediavelmente apaixonado.
Um homem que faria tudo e qualquer coisa para fazer seu amante feliz.

Era ainda pior que fosse Riddle, porque o Sonserino tinha poder, inteligência, ambição e determinação para trazer o mundo aos pés de seu amante.
Draco sabia que precisava contar aos amigos agora.

Potter a partir de agora seria intocável, ninguém deveria mexer com ele.

Draco estremeceu.

Sabia que nunca deveria deixar Tom descobrir que ele sabia ou que havia bisbilhotado.
A punição por ver Riddle em seus momentos privados seria muito maior do que a de gritar com Potter.

Ele levaria os detalhes de hoje para o túmulo.

Tudo o que ele diria é que ninguém deveria mexer com Potter, a menos que tivesse um desejo de morte.

Five times people were shocked by Tom and one time they weren't.Onde histórias criam vida. Descubra agora