Capítulo 4

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Capítulo 4

- Eu me sinto um lixo – falei para ele enquanto nos sentávamos numa cafeteria que ficava perto da loja de Nara, onde havíamos passando antes para comprar outra blusa, já que a minha havia rasgado. Eu havia amanhecido com dor nas costas, nos braços, nas pernas. Meus pés doíam. Eu realmente estava mais sedentária do que eu pensei, acho que as horas na academiam não eram iguais a passar por uma provação contra sua vida.

Ele arqueou as sobrancelhas para mim.

- Eu sinto dor em tudo, tudo dói. – Choraminguei – eu vou pra academia todo dia, faço duas horas de exercícios, não era para eu estar parecendo uma sedentária que está fazendo exercício pela primeira vez em anos.

- A dor para lembrá-la de que está viva – ele disse, e logo em seguida mordeu um pedaço do pão doce que ele havia pedido para si. Eu percebi logo que Alaric tinha um dente doce, ele tacou açúcar no café em que ele havia pedido, e estava no segundo pão doce com creme de coco, e seguia comendo. Revirei os olhos e tomei um gole do meu chá, e mordisquei um biscoito de canela e gengibre que estava uma delícia.

- Alaric, o que significa essa meia lua na sua testa?

Ele olhou e parecia que por instinto ele tocou a testa onde a marca estava.

- É a marca de minha mãe, para indicar que sou filho dela – ele falou simplesmente.

- Eita, que doido – falei – ela te dar um ar sombrio, mas o conjunto da obra é sexy – falei apontando para ele e depois mordi outro biscoito.

Ele riu, uma risada rouca e gostosa de ouvir.

- Você é estranha.

- Obrigada – eu disse, e ouvi o barulho de casco de cavalo, e logo vários guerreiros vestidos de armaduras e montados em cavalos apareceram cavalgando pela rua. Era claramente um exército – eita porra, eles parecem estar prontos para a batalha – comentei.

- E eles estão – Alaric disse tomando um gole do seu café enquanto olhava para o exército que andava em nossa frente.

- Seu país está em guerra? – eu perguntei e ele assentiu rapidamente.

- Por quê?

- Os seres estão em luta contra os magos escuros – ele disse – os magos foram contra as leis e abriram portais para o mundo dos demônios, trazendo-os para cá. Eles querem tomar o poder desse mundo e controlá-lo. Então os reinos estão se reunindo e juntando seus exércitos para lutar contra essa ameaça.

- Caralho – falei chocada – é mais um excelente motivo para eu voltar para casa em breve.

- Sim – ele disse simplesmente.

- Então, qual o plano? – perguntei.

- Primeiro, vamos até a baia pegar Faith, depois iremos pegar a estrada até Rokgroav, uma cidade ao norte daqui, e ir falar com minha mãe no templo, se alguém pode saber onde abrirá um portal, será ela.

- A viagem é muito longa? – perguntei.

- 2 dias – ele disse.

- Tudo isso – arregalei os olhos.

- Não pense nos dias como seu mundo, lembra do que eu disse.

- Sim, eu já tinha esquecido – falei já me acalmando – porque não podemos ir voando, acho que seria mais rápido.

- Pelo peso, Faith conseguiria voar comigo até lá, mas nós dois e mais suprimentos é muito para ela.

- Entendo, não devemos forçá-la mesmo, e deixar para que ela só voe em caso de necessidade – concordei.

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