Capítulo 7

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Capítulo 7

Eu estava no meu quinto bolinho de canela. Era de se esperar que eu estivesse com fome considerando o tanto de atividade física que eu fiz. Acho que essa maratona de sexo, porque foi uma maratona, e se considerar que quando acordamos no banho ele me fodeu mais uma vez, foi mais eficaz para queimar as calorias de 1 mês do que toda a academia que eu fiz.

Olhei para Alaric que estava ali perfeito como se não tivesse me feito fazer uma maratona sexual, maldito. Eu estava acabada, muito relaxada e satisfeita, eu não nego, mas não estou recuperada de toda essa atividade. Eu dei um bocejo e tomei um gole de café, que eu não gostava, mas no momento não via outra solução.

- Então, para onde vamos? – perguntei enquanto pegava outro bolinho e dava uma mordida.

- O templo de minha mãe.

- Sua mãe trabalha num templo – eu perguntei.

- Não exatamente.

- Ela faz o que? – eu perguntei.

- Você vai ver quando chegar lá – ele disse enigmaticamente. Porque tenho a sensação de que não vou gostar do que ele tem a dizer.

- Ok – eu disse e então terminei o último bolinho e tomei restante do café – podemos ir então.

Ele sorriu e pegou minha mão enquanto nos levantávamos da mesinha, ele já havia pago o nosso café então só saímos pela rua, já que a mesa que havíamos sentado ficava do lado de fora. Pela rua havia muitos soldados claramente prontos para batalha, alguns cumprimentaram Alaric de longe, eu vi tanto homens quanto mulheres no exército, as mulheres fortemente armadas, seus cabelos trançados e as armaduras reluzentes.

Outros eram claramente soldados, mas não estavam vestidos com armaduras, mas estavam fortemente armados. Alaric havia dito que aqueles eram shifters que ficavam livres da armadura para mudar de forma a vontade.

Os bruxos, vampiros e humanos usavam as armaduras. Os elfos eles tinham sua magia para protegê-lo, mas eles eram muito habilidosos na luta, eram difíceis de abater. Os demais seres sobrenaturais usavam sua própria roupa.

- Como é ser Berserker, Alaric? – eu perguntei – porque a mitologia em torno de vocês é muito discutida na terra, mas até hoje não tem uma certeza.

- Eu imagino, bom, antigamente éramos humanos – ele disse – mas quando nascemos somos abençoados por Odin com sua fúria. A fúria de um Berserker quando chamada por ele é sua força, o torna indestrutível, nem ferro nem fogo pode nos atingir. A transformação é a terceira fase da fúria, quando ela atinge o pico, nem todos conseguem chegar a esse estágio, conseguir dominar seu espirito ao ponto de mudar de forma, alguns consegue ou um lobo ou um urso, alguns como eu consegue se transformar nos dois e uma mescla dos dois que ainda mais poderoso. Isso nos torna guerreiros muito perigosos de enfrentar, pois a fúria muda nosso corpo e mente, e melhora tudo em nós, audição, visão, olfato, paladar e tato. A menor brisa é sentida por nós, o mais suave dos sussurros e nos torna também imortal. É uma sensação boa.

- Deve ser incrível – eu disse – tem mulheres também?

- Sim, muitas – ele disse – Odin escolhe aqueles que chamam a atenção, as vezes no nascimento, as vezes no meio de uma guerra, depende muito. No meu caso foi no nascimento. Meu pai é um dos seus favoritos, e tinha a minha mãe que bom... Você vai ver.

- Que louco – falei – mas deve ser legal.

- Tem seus prós e contras – ele disse – mas eu sou assim a vida toda, então – ele deu de ombros.

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