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Sophie Laurent.

Como combinado, hoje eu cuidaria de Kitty para Jonah e cá estou. Maya e eu estávamos andando com a garotinha pelo centro da cidade. Elise não estava se sentindo muito bem, então preferiu ficar em casa. Eu e as meninas tivemos uma ótima tarde, fomos ao cinema, depois paramos na praça de alimentação e agora estamos seguindo para um parque para crianças.

— Vai se divertir, Kitty. — Digo para a menina que estava de mãos dadas comigo. — Olha a quantidade de brinquedos que tem aqui.

— Eu já vim aqui com o tio Corbyn e a tia Lisa. — Ela responde e de repente fica triste. — Estou com saudades dela.

— Ela sente muito a sua falta também. — Me abaixo ficando em sua altura. — Não fica triste, ok? A tia Lisa te ama e não gostaria de te ver triste assim, em breve vocês vão se ver novamente. Vá brincar, Maya e eu ficaremos de olho em você.

A menina assente e vai em direção ao enorme escorregador que tinha ali. Me sento em um banco com Maya ao meu lado e observamos a menina. O parque estava vazio, tinha apenas o vendedor de sorvete do outro lado e um pouco mais afastado estava um carro preto, o mesmo que vi quando estávamos no cinema. Eu estava preocupada, tinha a impressão que estávamos sendo seguidas por este carro desde que saímos do apartamento de Jonah mais cedo.

— Maya, percebeu aquele carro ali? — Digo apontando discretamente para o outro lado. — Parece que ele está nos seguindo desde que saímos do Jonah.

— Acho que isso é coisa da sua cabeça. — Ela fala sem dar muita importância. — Relaxa, não tem ninguém nos seguindo, por que está tão preocupada? O carro parece estar vazio.

— Eu só estou com essa impressão. ― Dou de ombros. — Deve ser paranoia minha.

— Você anda bem paranoica nos últimos dias, deveria ver o que é isso.

— Parece que não me conhece, eu sempre fui assim.

Enquanto Kitty brincava, eu tirava algumas fotos dela e mandava para Jonah. Ele provavelmente está gravando ainda e não irá ver minhas mensagens tão cedo.

― Estou cansada. ― Kitty vem até mim e senta no meu colo.

— Mas já? Você nem brincou direito. — Digo.

— Queria ver meu pai.

― Seu pai está gravando agora, amor e é provável que chegue à noite. ― Faço carinho em seus cabelos. ― Vamos ter muito tempo juntas ainda.

― Gosto de passar meus dias com você. ― Ela fala brincando com o anel do meu dedo. ― Vamos ter mais tardes assim?

― Com certeza. ― Sorrio. ― Você é muito adorável, Katherine. Eu amo passar meus dias com você também, você me deixa muito feliz, faz os meus dias melhores.

― Papai tem muita sorte de ter você. ― Fala me encarando. ― Quero que você seja minha mamãe.

― Se der tudo certo, Sophie vai ser sua mãe, logo, logo. ― Maya fala para a menina.

― Vai ser a mamãe mais linda do mundo. ― A garotinha me olha e eu solto uma risada nasalada. ― Você é linda, papai é lindo, vocês combinam.

― Você também é muito linda, Kitty. — Falo e ela abre um sorriso. ― Você é a garotinha mais linda que eu já vi.

― Tia Maya também é bonita. ― Ela fala para a loira que sorri largo. ― Tio Daniel também é sortudo.

― Katherine você é a criança mais linda, gentil e educada que eu conheço. — Maya aperta as bochechas dela. — Tia Maya ama a Kitty.

― Kitty ama a tia Maya. — A menina sorri.

Continuamos ali conversando. Kitty estava quietinha enquanto via desenhos no meu celular. Ela estava diferente hoje, menos falante que os outros dias, acho que deve ser saudades de Lisa, as duas eram super apegadas e Kitty não reagiu muito bem quando a garota falou que voltaria para Chicago, mas tenho certeza que ela vai se acostumar com isso.

― Quem quer sorvete? — Maya pergunta especialmente para a menina.

― Eu quero. ― Kitty fala sem tirar os olhos da tela.

— Você quer, Sophie?

— Não, pode comprar só para vocês. — Sorrio agradecida e a loira assente e sai da nossa frente.

Olho para o que Kitty assistia e acabo me distraindo junto. Sinto a presença de alguém atrás de nós e não dou importância até perceber que uma arma estava apontada para a minha cabeça. Me viro assustada dando de cara com um homem vestido de preto.

― Entra com a pirralha no carro. ― Ele aponta para o carro preto que estava do outro lado. Eu estava certa, estávamos sendo perseguidas.  ― Agora ou eu estouro a cabeça das duas.

― Titia... ― Kitty ia falando, mas para no mesmo instante que veja o homem.

― As duas no carro. ― Fala e eu concordo assustada me levantando com a menina no colo.

― O que está acontecendo? — A pequena pergunta sem entender.

― Eu não sei, mas ficar tudo bem, meu amor. ― Digo baixinho enquanto o homem ainda apontava a arma para nós duas.

Eu estava completamente assustada, isso nunca aconteceu antes e eu não sabia o que fazer, não queria colocar nossas vidas em risco, principalmente a de Kitty. Assim que chegamos na frente do carro, abro a porta e antes de entrar, observo Maya de costas enquanto comprava os sorvetes.

― MAYA, SOCORRO! ― É tudo o que eu consigo gritar antes de apagar.

ballet teacher ⎯ Jonah Marais Onde histórias criam vida. Descubra agora