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Jonah Marais.

ALGUNS MESES DEPOIS.

Eu tinha acabado de sair de uma reunião da gravadora e agora seguia para comprar flores para Sophie e Kitty, elas estavam em casa me esperando. Eu tenho que aproveitar bastante as duas, já que eu e os meninos vamos entrar em turnê em poucas semanas. Eu vou ficar longe da minha filha de novo e estou enrolando para dizer isso à ela, eu não quero ver ela triste, isso dói demais. Compro as flores mais lindas da floricultura e sigo para ver minhas meninas.

― Eu estou de volta. ― Digo assim que abro a porta do meu apartamento. ― E trouxe flores.

― Papai trouxe flores para as mulheres da vida dele. ― Kitty vem até mim. ― Flores são tão lindas.

― Eu trouxe, meu amor. ― Digo indo para a sala. ― Para você, Katherine. ― Entrego metade das flores. ― E para você, Laurent. ― Entrego a outra metade e ela me dá um selinho.

― São lindas, eu amei. ― Sorrimos um para o outro. ― Jonah Marais sempre com um ótimo gosto.

― Eu sei, eu sei. ― Digo convencido e elas riem. ― Agora, eu tenho uma coisa muito importante para conversar. ― Sophie já sabia do que se tratava, tínhamos conversado sobre isso há uns dias atrás. ― Kitty, você tem que prestar bastante atenção em mim.

― Estou prestando. ― Ela responde sorrindo para mim.

Eu não sabia se falava tudo de uma vez ou enrolava mais um pouco, mas acho que se eu escolher a última opção vai ser muito mais doloroso para ela.

— Kitty, você sabe que todo ano o papai viaja pelo mundo com seus tios, não sabe? — Ao falar isso percebo que o sorriso que ela tinha nos lábios se desfaz. — Então, eu vou ter que viajar de novo e daqui algumas semanas.

― Não pode ir. ― Fala com os olhinhos cheios de lágrimas, ela vai chorar que merda. ― Não quero que vá, papai.

― Eu sei que não quer, mas eu tenho que ir, filha. ― Digo puxando ela para sentar no meu colo. ― Faz parte do meu trabalho e eu não tenho como ficar aqui, infelizmente.

― O coração da Kitty dói. ― Fala me abraçando e eu sinto meu coração despedaçar. — Fica comigo, por favor.

― Não fala assim, isso me deixa triste. ― Acaricio as costas dela. ― São só alguns meses meu amor, vai passar rápido, eu prometo.

― É ruim ficar longe de você. ― Ela volta a me encarar. ― Não vai, por favor, fica com a Kitty.

― Eu sei que é ruim, meu anjo. ― Sinto meus olhos arderem. ― Mas nós vamos aguentar como sempre aguentamos toda vez que eu viajo.

― Eu aguento, mas o coração dói. ― Fala fazendo beicinho. Katherine, não me faça chorar.

— E meu coração dói em ouvir coisas assim.

― Eu vou ficar nos meus avós como sempre? — Volta a perguntar.

― Não, você tem uma mãe agora, vai ficar com ela. ― Sorrio para a menina e vejo Sophie concordar.

― Mas eu sinto saudade dos meus avós e das minhas tias. ― Fala fazendo carinho no meu rosto.

― Eu prometo que quando eu entrar em férias, nós vamos visitar eles. Eu, você e sua mãe. ― Falo e ela assente. ― Eu juro que não queria ficar longe de você também meu anjo, mas eu prometo ligar todos os dias por chamada de vídeo para ver vocês duas.

― Dói, mas eu acho que aguento. ― Fala abrindo um sorriso. ― Amo você, papai.

― Também amo você. ― Envolvo ela nos meus braços e puxo Sophie para se juntar no abraço também. ― Amo vocês.

― Você não vai me abandonar, né? ― Kitty pergunta baixinho e eu nego com a cabeça.

― Nunca. ― Dou um beijo em sua cabeça. ― Você é meu tudo e eu seria o ser humano mais triste do mundo se eu não tivesse você aqui. Você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida e eu não me canso de dizer isso nunca. Eu tenho muito orgulho de ser seu pai.

― Eu tenho orgulho de ser sua filha. ― Ela dá um beijo na minha bochecha. ― Eu amo você e a mamãe.

― Eu amo vocês duas. ― Beijo a testa de cada uma.

ballet teacher ⎯ Jonah Marais Onde histórias criam vida. Descubra agora