Cordão Vermelho

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No quarto de Anna, a rainha aproximou-se cuidosamente, como uma gatuna, observou a silhueta adormecida, o cabelo bagunçado assemalhando-se a um ninho de passarinho, o antebraço erguido sobre a cabeça, um fio de babá escorrenso no canto da boca da princesa, riu-se da situação, debruçou-se ligeiramente, murmurou-lhe o nome da irmã, em seguida desejou-lhe feliz aniversário, em estado de sono, a garota mais nova respondeu com palavras incorentes, sorrindo largamente, balançando a cabeça com diversão, Elsa puxou o cobertor dela, que erguer-se surpresa lembrando-se do seu aniversário, a soberana acenou conduzindo-a para sua roupa, enquanto cantava sobre a celebração.
Na minha porta trancada ficou
E os seus aniversários você não celebrou
Vamos juntas estar, para comemorar
E eu quero ajudar
Um espirro surgiu de repente, criando dois amiguinhos feitos de neve, a aparência parecida com pequenos bonecos, olhos pretos e um dente saliente e sem braços, olharam-se por breves segundos, logo após correram dali, Elsa não estava atenta o acontecera, em vez disso prestou atenção na irmã, qual saiu de trás do bioma rosa, com os símbolos reais estampado na madeira, cantarolando, assim como a irmã mais velha, contundo com o semblante de preocupação.
Elsa você um resfriado pegou
Eu não pego resfriado. Além do mais...
Pausou a fala e com um sorriso pronunciou:
O frio não vai mesmo me incomodar.
Surpreendentemente a adulta com um gesto da mão transformou o vestido azul em um verde escuro acima do peito que ia clareando, no processo trouxera algumas flores rosas de um vaso, Anna sem trair nenhuma surpresa, imaginando a capacidade da irmã de fazer coisas incríveis, contentou-se em sorrir vagamente, com as duas mãos na cintura e um pé levantando, como se tudo aquilo fosse normal.
Examinando atentamente aquela cena, Jack apoiava-se na quina da porta, esperou a amiga modificar o vestido da princesa, com detalhes de girassóis e contorno em verde, era um lindo vestido, assim como o dela, percebeu a cor verde, subitamente, a face doce que se pintara no rosto do guardião converteu-se em admiração,digno de felicidade, adquiriu o pensamento que ela seguiu sua dica, mudando a veste casual, por uma mais leve e diferente.
É só seguir o cordão!
O rosto animado do espírito do cais e da diversão fixou-se da alteza e com outro sorriso lhe fez um gesto amistoso, as duas mulheres desviaram a mirada para ele, que exprime-se em conduta respeitosa até ambas, curvou-se em um gesto de cavalheiro, enquanto durou a posição manteve-se com os olhos em Elsa, contemplando, o semblante franzido, voltou-se erecto novamente.
— Quem é você? —perguntou Anna à o estranho, envolvendo-o num olhar.
— Licença. — intrometeu-se a rainha, num tom seco e pouco amável, dirigindo-se a Jack, que lhe deu atenção. — Esse é… Jackie, ele é um príncipe das ilhas do leste, veio para um acordo comercial, o convidei para o seu aniversário Anna. — mentiu.
— Oh — curvou-se mostrando reverência . — , sou a princesa Anna de Arendelle, prazer em conhecê-lo senhor... Jackie?… — As sobrancelhas encontraramm-se ligeiramente, a princesa colocou o dedo indicador no queixo e prosseguiu desconfiada: . — Eu acho que te conheço de algum lugar, por acaso esteve na coroação de Elsa?
O guardião contentou-se, em encolher os ombros perante as suposições da mulher de personalidade cativante. O seu ar queria dizer que nada tinha a dizer tal questionamento e girando distraidamente, jogando o cajado por cima dos ombros, ofereceu-lhe, cortesmente, um sorriso.
Elsa nada disse, mas, de súbito, o seu lábio, rosado por um batom, pôs-se a contercer com irritação, odiava quando ele intrometeu-se, era o aniversário de Anna, precisava que tudo saísse perfeito.
Um breve silêncio.
— Diga-me, por que seus cabelos são brancos. — começou um interrogatório, aproximando-se do sujeito, tocando-lhe com as pontas dos dedos, alguns fios brancos.
Jack riu, mas não explicou, contemplou a ingenuidade dela.
— Do mesmo modo que o seu é. — referiu-se a mecha branca no cabelo da princesa.
Ela colocou ligeiramente a mão na região.
— Bem, eu nasci com isso, mas as vezes acho que fui beijada por um troll. — riu levemente. — Espera! Vossemecê também foi beijado por um troll? — acrescentou com exaltação.
— Não.
Ignorando exclusivamente afirmação do guardião, a princesa manteve-se nos pensamentos e questionamentos, ora sobre a roupa, ora por ele não usar sapatos, ora sobre o cajado de Jack, por um instante não percebeu a postura de Elsa, qual permanecia seria, com os braços cruzados, e após minutos da irmã falando, a interrompeu colocando-se na frente do espírito, erguendo o cordão para ela.
— Oh Elsa desculpe, esqueci completamente do cordão. — desculpou-se agarrando a cordinha vermelha, a mulher sorriu. — É só seguir o cordão? — indagou, com um aceno a rainha confirmou. — Legal! Adoro esse tipo de surpresa, estou super preperada! Vamos lá Elsa! — Correu atravessando a porta, a alegria contagiando-a por completa.
Depois de um breve silêncio, Jack aproximando-se da alteza com um sorriso gracioso, Elsa tinha adotado um trejeito que lhe dava um ar já não alegre, mas quase estranho olhou-a, pensando não ser conveniente falar.
De relance os olhos azuis da rainha cruzaram os do albino, e com um gesto simples e casual deixou-o sozinho, ele observou-a ir, e ainda chateado, questionou-se a razão de ser ignorado, talvez fosse o motivo de sumido por tanto tempo, após finalmente os portões de Arendelle serem abertos, as desculpas que dera não foram suficientes para acalmar o interior da amiga, suspirou, mudando o cajado para outra mão, criando rastros de gelo pela supercie da madeira.
Durante o tempo em que a rainha das Neves acompanhava a irmã, Kristoff e Olaf dormiam, ambos usando Sven como um travesseiro, quando dois bonequinhos de neve, snowgies, pularam ao redor dos três, acordando-os, as criaturas travessas saltaram sobre a mesa, a reação do futuro príncipe de Arendelle foi tentar pegá-los, contundo o rapaz atingiu a tigela de ponche, derrubando todo líquido roxo no corpo.
Em outro lugar, Jack assiste as duas caminhando pelos corredores, Anna animada, puxando o cordão vermelho, até outro presente, o primero foi um bracelete de pedras preciosas, que estava dentro de uma armadura de cavalheiro; teve minutos para apreciar a rainha, efectivamente via nela um modelo de todas as perfeições, essas qualidades que mais do que quaisquer outras exigem força de vontade. Causava nele admiração, Elsa sempre foi diferente, benevolente, amorosa, independente, altruísta, educada, sensível, elegantes, entre outras características de sua personalidade, indecifráveis para os desconhecidos, é verdade que frequentes vezes o impressionava, ainda assim, também sua beleza, seu cabelo cresceu um pouco, o sorriso mais suave, os olhos iguais como lembrava, azuis, podia sentir que era como água fria.
— Senhor Jackie, olá…
Piscou três vezes recuperando-se do transe, olhou diretamente para Anna, que acenava com a mão na frente de seu rosto.
— O quê? — Examina com atenção o castelo azul, feito de madeira nas mãos dela, notou o mini-Olaf que saiu para fora de uma portinha, sorriu ligeiramente.
— Estava lhe pedindo licença, porque sabe — pigarreou — , o senhor está pisando na cordinha.
Ele olhou para baixo e vendo que seu pé estava no caminho, deu um passo para trás.
— Anna, eu sei que essa coisa de " Senhor" é mera formalidade, contudo poderia parar de me chamar assim? — Não era um questionamento, mas a princesa entendeu como um.
— Oh, desculpe, quer dizer, eu pensei que o se… Você era velho.
— O quê?
Elsa riu baixinho, colocando a mão nos lábios, divertindo-se com a ingenuidade da irmã.
— Esse seu cabelo branco, só vi em idosos e no padeiro, ele sempre fica com farinha nos fios.
Desviou a mirada para a rainha, que contia-se em um riso, ele arqueou a sobrancelha um pouco irritado, Elsa olhou-o com bondade, mas, apesar disso, no seu olhar amável e amistoso sentia-se-lhe a diversão.
— É magia ou coisa parecida? — Indagou Anna.
Jack encarou a garota e depois Elsa.
— Eu sou assim desde que me lembro.
— Isso é estranho, e essa bengala?
— Não é uma bengala.
— Um pedaço de pau.
Elsa soltou outro riso, o guardião olhou para ela irritado.
— É um cajado!
— Para que serve?
— Sem motivos.
Girou o objeto e tocou-lhe ligeiramente no piso, o ato causou uma fina camada de gelo, alarmado a rainha, rapidamente obrigou a irmã andar com empurrões nas costas.
— Espera Elsa, eu preciso saber mais sobre Jackie.
— É seu aniversário e quero que divirta-se, então por favor colabore.
— Tudo bem, espere, deixa eu pegar o cordãozinho. — Parou no caminho e quando avistou o pegou com a mão, equibrando o castelo com a outra. — Estou pronta! — E correu pela porta.
Jack observou-a a girar nos calcanhares e encara-lo mais uma vez, os olhos decididos e inteligentes, da rainha dava uma impressão que obrigava-o a admirar.
— Frost, porque ainda está aqui? — indagou.
Um ar gracioso e estranhamente travesso amenizava a expressão de Jack.
— Quero comer o bolo de sorvete, lembra-se, Olaf me convidou e a majestade concordou.
— Eu não disse sim
— Também não disse não.
— As vezes acho que gosta de me ver zangada. — suspirou, fechando as pálpebras.
— É um dom, além de que seu rosto fica fofo quando está zangada. — zombou.
A mulher respirou profundamente, voltou-se para porta, parou por instante, e antes de sair, ergueu o dedo indicador por cima do ombro, atingindo um raio de gelo no peito do guardião, que gritou num tom quase vago, Elsa sorriu vitoriosa.

Coração AquecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora