Capítulo 2: Boas Intenções

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O único som na vasta escuridão era o bater suave das ondas na areia e o farfalhar suave das folhas de palmeira. Nesse ponto, a lua estava bem acima, banhando o cenário tropical em uma luz etérea de prata.

Karasuma Tadaomi, no entanto, não permitiu que seu ambiente idílico o levasse a uma falsa sensação de segurança. Sua situação era tudo menos ideal.

Alimentando o fogo e adicionando galhos de vez em quando para manter a chama viva, Karasuma permaneceu vigilante, seus olhos abertos e seus ouvidos tensos até pelo menor ruído.

Não havia como dizer que tipo de predadores noturnos poderiam estar à espreita, e, como seu alvo havia despejado a responsabilidade sobre ele, ele não teve escolha senão ser o vigia.

Falando em seu objetivo, Karasuma olhou para o infame polvo, dormindo pacificamente em sua esfera de proteção.

Era incrivelmente agravante contemplar tal visão, seu alvo todo são e salvo em sua forma de defesa final, enquanto Karasuma não tinha escolha a não ser se defender. Ele obviamente não estaria recebendo nenhuma ajuda de seu alvo.

Mesmo assim, o sono puxou o homem antes que ele pudesse reprimir o sentimento, e ele se viu desejando nada além de uma piscadela de sono.

Ele se repreendeu imediatamente. Quando ele se tornou tão suave? De volta à academia, ele podia ficar perfeitamente consciente e alerta por 48 horas seguidas durante uma missão, como comprovado pelos métodos de treinamento bastante intensos e realistas da academia.

Se necessário, ele poderia até ficar consciente por 72 horas nesse tipo de situação, embora suas habilidades físicas e cognitivas estivessem seriamente esgotadas até então.

Os únicos casos em que Karasuma havia puxado a noite toda recentemente foram quando ele teve mais desses relatórios ridículos para registrar.

Honestamente, quando ele se matriculou na academia, ele assumiu que sua graduação sinalizaria o início de uma carreira na qual ele poderia proteger ativamente o país que amava. Agora ele estava preso ensinando os alunos do ensino médio durante o dia e a noite, preenchendo relatórios e relatórios que nunca mudavam nem um pouco. O que aconteceu com o grande sonho que ele realizou?

"Ei, polvo", disse ele, perfurando o silêncio espesso que cobria a ilha.

Korosensei não se mexeu.

"Polvo." Ele tentou de novo.

Claro, sem resposta.

Karasuma ficou de pé e se espreguiçou. Seus músculos estavam começando a sentir a tensão da provação do dia, mas ele prestou pouca atenção às dores e dores. Ele se arrastou até onde seu alvo estava sentado na areia do lado oposto do fogo e se ajoelhou ao lado dele.

"Ei, acorda", ele cutucou, tocando a esfera clara que protegia seu alvo do perigo. "É a sua vez de vigiar."

A única resposta foi um ronco leve.

Enfurecido, Karasuma pegou Korosensei em suas mãos e o sacudiu violentamente, mas foi inútil. Nada poderia acordar o cefalópode enquanto ele permanecesse nessa forma.

Karasuma deixou cair o alvo no chão e voltou ao seu lugar, em frente ao fogo.

Essa maldita tarefa, esse maldito alvo dele, estava gastando sua energia e paciência. Tinha que ser assim. Era por isso que ele não podia mais passar 48 horas sem dormir nesse tipo de circunstância. Se pelo menos esse alvo frívolo dele pudesse aprender a ser um pouco mais sério pela primeira vez, Karasuma pensou, sua vida não seria tão tentadora.

"Encalhados" (Karasuma & Koro-Sensei) - Ansatsu KyoushitsuOnde histórias criam vida. Descubra agora