Sooshu; fanfic
Soojin era uma princesa que queria ser uma mosqueteira, mas seus pais a proibiram de seguir seu sonho e a mandaram embora do castelo. Então conhece Shuhua, uma mosqueteira que a ensina lutar, mas a luta não foi a única coisa que a pri...
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5 dias atrás.
- Seo Soojin! Já é a quinta vez que você derruba os livros! Como pode ser tão desajeitada? - A professora grita e sinto minha bunda arder com a "réguada" que ela desferiu em mim.
- Desculpa... - Digo e sinto mais uma vez o estralo da régua em minhas nádegas, assim como sinto uma lágrima descendo por minha bochecha, mas logo trato de limpa-la e posicionar mais uma vez os livros em minha cabeça.
Ja se passaram 2 semanas que estou estudando Etiqueta nessa escola. Todos os dias são os mesmos, acordamos e temos que arrumar a cama, tomamos um banho e vamos fazer café e algumas outras refeições que variam de dia a dia. Nós temos que aprender a ter postura e equilíbrio, por isso fazemos vários exercícios como esse. A professora nos manda segurar bandejas com xícaras cheias de café. Uma bandeja em cada mão e uma pilha de livros sob a cabeça. E se derrubarmos alguma coisa, a professora já está pronta para acertar uma régua em nossas costas.
Fora as extremas aulas de Francês que eu tenho todos os dias. Nenhuma das meninas desta escola falam o meu idioma, somente a professora, assim fica bem difícil de fazer amizades. Não que eu me importe com a amizade delas pois são todas chatas e irritantes.
São todas como Miyeon e Yuqi... Eu até que sinto falta das minhas duas irmãs, sinto falta da infância quando eu e Yuqi andávamos a cavalo juntas, quando eu ia colher maçãs com a Miyeon e ela me erguia para alcançar alguns galhos da macieira, já que naquela época ela era mais alta que eu.
Sinto falta disso, falta de como elas eram antes, agora elas não são mais as mesmas, elas ficam competindo entre si quem é a mais bonita, quem tem o namorado mais rico, quem assumirá o trono quando papai e mamãe morrerem... Elas mudaram e eu continuo sendo a mesma garotinha curiosa e aventureira.
Eu espero que eu nunca vá me preocupar com a roupa que estou vestindo, que vá me preocupar se estou a cima do peso, se estou apropriada para encontrar com meu marido e etc. Espero continuar sendo a mesma que sou agora pois eu me amo do jeito que sou.
A professora vive dizendo que devemos nos adaptar diante das preferências de quem iremos nos casar. Devemos ser boas para nossos maridos não se decepcionarem e essas coisas... Eu me sinto um pouco confusa diante disso, não entendo o por que que nós mulheres que devemos satisfazer os homens e não o contrário.
Eu não quero me casar, não quero ser a esposa perfeita que agrada o marido. Eu quero ser uma mosqueteira! Quero velejar de barco em busca de aventuras e lutar contra pessoas más, sem me preocupar o que pensam de mim. Talvez eu devesse pedir ajuda de Shuhua, ela é a única pessoa que conheço que possa me ajudar, e ela é uma mosqueteira incrível!
Então é isso, vou planejar uma fuga e procurar por ela. Mas dessa vez eu precisarei me cuidar mais, pois da última vez não deu muito certo... Se me encontrarem eu vou estar muito mais encrencada.
[...]
Presente. Dia 3 de agosto de 1728
Finalmente estou fora da escola e correndo para longe da mesma, eu sei onde fica o castelo e pelo que ouvi mosqueteiros ficam de guarda até a meia noite, então Shuhua ainda deve estar lá.
