Ainda ofegante, Deidara envolveu sua amada em seus braços, desfrutando as carícias que ela fazia em seu peito. Era a primeira noite em que conseguiam um tempo a sós em muito tempo e pretendia aproveitar ao máximo a casa livre.
- Isso foi tão bom. Ainda bem que você resolveu soltar o Inomi um pouquinho, ele já está crescido e nós merecemos aproveitar também. - Era a primeira vez que Ino deixava o filho dormir fora de casa, e Deidara faria de tudo para encorajá-la a continuar dando autonomia para o menino deles.
- Ele está crescendo tão rápido, fico triste em pensar que vou perder o meu bebê. -Ela resmungou manhosa. - Acho poderíamos fazer uma segunda rodada e aproveitar para encomendar uma irmãzinha para o Inomi.
- Tá doida? Para quê mais um? Eu fiz a minha maior obra de arte e quebrei a forma. Ele vai ser filho único!
- Mas eu quero tentar uma menina! Você só diz isso porque já tem um menino.
- E qual a diferença? Os dois dão trabalho, gastos e terão pretendentes que eu irei explodir. Tudo igual.
- Uma menina é diferente. Eu iria poder ensinar coisas de mulher para ela, colocar roupinha fofas e fazer penteados lindinhos. - Os olhos de Ino brilhavam ao imaginar. - Ela seria a nossa garotinha.
- Nem pensar. É minha palavra final. - Tentou dar um beijo na esposa, mas só encontrou o travesseiro. - Onde você vai? E nosso segundo round?
- Me deu uma vontade repentina de visitar a minha mãe. - Seu olhar era pura raiva. - Pode continuar sozinho. É tudo a mesma coisa.
Enfurecida, saiu batendo as portas pela casa, decidida a não voltar até o dia seguinte, pois sabia que se ficasse iriam brigar feio. Talvez com um tempo para pensar, o marido reconsiderasse sua decisão.
As horas passavam e Deidara não conseguia pregar o olho, sentindo culpa por deixar Ino naquele estado, pois sabia o quanto ela amava ser mãe, porém era incapaz de atender aquele desejo. Nem sequer conseguia se imaginar carregando a responsabilidade de criar outra criança, tendo em vista todos os desafios que enfrentava diariamente para dar uma vida descente ao Inomi.
SEIS ANOS ANTESA vida de casado que deveria ser uma alegria para o jovem casal Deidara e Ino, tornava-se a cada dia mais difícil por conta das dificuldades financeiras. Com a liberdade condicional, ele não tinha a confiança da vila para realizar missões adequadas a sua experiência, acabava sempre em serviços internos que normalmente era destinados a genins.
Não era como se ela não soubesse disso quando aceitou o pedido de casamento, mas mesmo assim Deidara sentia uma enorme culpa por deixar a responsabilidade de suprir a casa nas costas da mulher e por não poder oferecer o que acreditava que ela merecia.
Para piorar as coisas, a floricultura Yamanaka não andava bem das pernas, com as vendas despencando mesmo em datas de grande procura como o feriado de finados. Ino passava muitas noites acordada, procurando uma maneira de recuperar o prestigio do negócio de família e com medo de ter de abrir mão do que mais amava fazer para se dedicar exclusivamente a carreira ninja.
Na tarde em que sua vida mudaria para sempre, o ninja estava voltando de mais um dia desmotivador de trabalho, quando uma vizinha acenou de longe, pedindo que a esperasse. Estranhou a atitude, já que no bairro todos costumavam ignorá-lo, mesmo assim ficou para ver do que se tratava.
- Você é o marido da Ino, certo? Ela é uma menina de ouro, todos aqui gostavam dela... Ah, quero dizer gostam, mas... - A mulher de meia idade ficou constrangida ao se atrapalhar cada vez mais com as palavras. - Desculpe, eu não quis ofender, de verdade. Vim aqui, porque soube dos problemas que a floricultura vem tendo e queria ajudar.
- Quer dizer que as vendas vão mal por minha causa? Eu devia ter desconfiado. - Franziu a testa, farto de tudo aquilo. A última coisa que queria era atrapalhar o sonho da esposa, mas o que poderia fazer? Era um ex-criminoso e nada mudaria isso. - E no que a senhora quer ajudar?
- Bom, na verdade eu não sei, mas estive pensando que as pessoas não vão lá, é porque têm medo de você, mas se a Ino te escolheu deve ser um rapaz bom. Talvez se te conhecerem melhor... - A cara de deboche que Deidara fazia deixava a vizinha cada vez mais atrapalhada. - Acho que foi uma má ideia vir importuna-lo. Mande lembranças a sua esposa quando ela voltar do hospital.
- Como assim hospital? A Ino passou mal? - A preocupação era visível em seu rosto, o que fez a idosa sorrir.
- Então você não sabe, querido? Não sou eu que vou estragar esse momento. Acho que deveria procura-la por lá, mas vá tranquilo, não é nada grave. - Ela colocou gentilmente a mão no ombro dele, antes de sair.
Sentada na sala de espera do hospital, Ino aguardava ansiosa para saber se aquele seria o grande dia, ao mesmo tempo que lutava contra uma ansiedade crescente que lhe trazia dúvidas sobre a reação do marido à gravidez. Nunca conversaram a sério sobre isso, e ele era tão imaturo as vezes. Estaria pronto para cuidar de um bebê?
Fosse o que fosse, sabia que amaria cada instante da gestação. Assim quando o foi chamada a entrar no consultório, respirou fundo e foi cheia de esperança para ouvir a novidade. Encontrar o médico sorridente, pareceu-lhe um bom sinal.
- Acredito que você já imagine o que vou te dizer. Parabéns, Ino... - A porta do consultório partiu em muitos pedaços que voaram pelo ambiente, ao mesmo tempo que o médico terminava de falar - você vai ter um bebê.
O médico ficou mais pálido que as paredes que o cercavam, mal teve tempo de processar o que aconteceu e já teve que correr para socorrer Deidara que desmaiou sobre os destroços da porta destruída.
- Não se preocupe, doutor, é só o meu marido - Estava radiante com a notícia.
Em um dos leitos do hospital, Deidara despertou desorientado, tentando entender se tinha sonhado ou não. Porém bastou olhar para o lado e ver a esposa sentada, afagando a barriga e cantarolando músicas de ninar, para saber que iria de fato ter um filho.
- Você ouviu, Dei? Você vai ser papai. - Eufórica, abraçou o marido que estava sentado com o olhar vago. - Esse é o melhor dia da minha vida.
- Hum. - Foi tudo que ele disse.
- Caramba! Fala alguma coisa. - Ela se afastou irritada, voltando à poltrona. - Desse jeito eu vou pensar que não está feliz.
Novamente não houve resposta, mas não era mesmo necessário, pois ele saltou fora da cama, pegou a esposa no colo. Podia não ser capaz de expressar em palavras sua alegria, mas estava visivelmente emocionado.
- Muito linda a cena, mas ainda terão que pagar pela porta. - Uma mulher falou ao entrar na sala.
- Tsunade! - Ino pulou do colo para abraçar a outra. - Já soube da novidade?
- As fofocas correm por aqui. Parabéns, menina. - A médica olhou para o futuro papai e forçou o sorriso. Não conseguia gostar dele. - Parabéns para você também. Espero que isso te faça ter juízo. Cuidar de criança não é tarefa fácil.
- Nem sei porque está falando isso para mim. A maluca da relação é ela. - Deidara apontou descaradamente para Ino, que ficou dividida entre rir e bater nele.
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Família Yamanaka - MenmaNG
FanfictionIno e Deidara acreditam que a beleza está na efemeridade das coisas, mas também têm certeza de que o amor deles será eterno. Juntos lutam para formar uma linda família em meio à adversidades. Essa história faz parte do universo MenmaNG (fã mangá), c...