6 - Que tal uma menina? - Parte 3/3

383 30 159
                                    


QUINTO MÊS DE GESTAÇÃO

Ino começou a apresentar inquietação na hora de dormir. Trocava toda hora de posição e reclamava da barriga que de uma hora para a outra resolveu crescer. Para dar mais conforto à esposa, Deidara resolveu se mudar para um colchão no chão e, mesmo que não admitisse, estava mais feliz assim, pois não aguentava mais apanhar durante o sono.

Felizmente o quinto mês de gestação também trouxe coisas boas para o casal, que passou a poder sentir o bebê se movendo vez ou outra. Era muito especial quando estavam juntos e ela tinha tempo de chama-lo para compartilhar esse momento.

— Ele não para quieto. Não dá nem para negar que é seu filho, Dei. — Ino riu.

— Um artista em formação, aposto que está aí dentro só pensando em conhecer o papai e explodir tudo comigo. — Ele parecia satisfeito em imaginar isso, mas ela tinha um semblante preocupado.

Certa tarde, ao ir à floricultura buscar Ino para almoçar em casa, se encontrou em uma situação não apenas peculiar, mas também bastante estressante: uma multidão o impedia de acessar a loja, enquanto o acusavam de furar fila.

— Olá, futuro papai. — A voz preguiçosa e conhecida o saudou. — Preparado para ficar sem dormir anoite inteira?

— O que está acontecendo aqui? — Deidara queria entender a situação, mas seu foco mudou ao ver o menino sorridente, que tentava puxar seu cabelo, no colo do Shikamaru — Esse é o seu? Nunca me deixou ver ele antes...

— Pois é. Você não é exatamente um tipo confiável, sabe? Mas a Temari resolveu aderir à campanha, então fazer o que, né? — Ele bocejou e foi copiado pelo filhinho que observava a tudo atentamente.

— Campanha de quê? Ei! — Deidara não sabia se deveria se concentrar no que acontecia ao seu redor ou se tentava salvar seu cabelo da mãozinha insistente de Shikadai. Por fim se rendeu aos encantos do pequeno. — Posso segurar?

— Por favor. Esse menino pesa mais que um Akimichi. — Ele entregou o bebê ao outro que começou a manipular passarinhos de argila para distraí-lo.

— Já arrumou alguém pra cuidar do Dai no seu lugar? Você é mesmo um preguiçoso irremediável Shikamaru. — Naruto chegou acompanhado por Temari. A mulher rapidamente tirou o filho dos braços do outro.

— Eu disse que viria pela Ino, não que fingiria gostar do marido dela. — Temari falou sem cerimônia.

— Nos conhecemos? — Deidara debochou em resposta. — Por que tanto preconceito? Você mal falou comigo no meu casamento e no chá de bebê do Inomi. Poderia dar uma chance de ver como sou incrível. Pergunte ao seu marido.

— Sem essa. — O Nara se esquivou.

— Você matou o meu irmãozinho. — O semblante dela ficava cada vez menos amigável. — Ou não se lembra mais do jinchuriki do uma cauda?

O clima começou a pesar e algumas pessoas se aproximaram para ver se haveria uma briga. Naruto teve que intervir rapidamente, sugerindo que fossem a outro lugar para discutir esses assuntos. A contragosto todos concordaram, pois uma confusão ali poderia arruinar o progresso da floricultura. Decidiram ir à casa Yamanaka por ser a mais próxima.

— Agora alguém pode me explicar tudo isso? — Deidara se jogou no maior sofá e fez sinal para que os outros se acomodassem.

— Naruto nos contou o que aconteceu na sala do Hokage mês passado, e nos convenceu a reunir os amigos para fazer uma campanha na vila, para ajudar a floricultura já que está na cara que não te darão missões melhores. – Shikamaru resumiu o assunto.

Família Yamanaka - MenmaNGOnde histórias criam vida. Descubra agora