"Ai momentos de físico amor,
As reentrâncias de corpo...
Meus lábios são que nem destroços
Que o mar acalma em sossego.A luz do candeeiro te aprova,
E... não sou eu, é a luz aninhada em teu corpo
Que ao som dos Coqueiros do vento
Farfalha no ar os adjetivos."
- Mario de Andrade*Lorena*
Depois de passar a tarde inteira e parte da noite arrumando a casa, finalmente tive um momento de descanso.
Pedi para que meu pai voltasse para casa, a partir daqui seria somente eu e eu.
A casa era realmente muito linda. As paredes de todos os cômodos eram pintadas com um leve tom de amarelo, mesmo depois de tanto tempo sem ser retocada a tinta ainda resplandece bela.
A sala era meu cômodo favorito, até agora. Um pequeno sofá de madeira se encontrava em um das paredes, com as costas feitas de um material trançado e um assento acolchoado de veludo verde já desgastado mas que tinha seu charme. E do lado oposto tinha um espécie de lareira, o que me surpreendeu pois pensava que só veria isso em filmes americanos. Mas a lareira mesmo pequena e simples era linda! Possuía tijolos expostos em seu entorno e em cima dela havia um pequeno espaço onde poderia colocar minhas novas plantinhas.
No meio da sala, entre o sofá e a lareira havia um mesa de centro belíssima, com sua estrutura de madeira escura e tampo de vidro. Eu me sentia a pessoa mais sortuda só por ter esse cantinho aconchegante só pra mim.
Decidindo me dar um descaso, vou ao banheiro para relaxar em um banho. A luz da casa ainda não foi ligada, talvez demore um ou dois dias então por enquanto terei que improvisar com velas e água aquecida no fogão. Mas olhando pelo lado bom, tudo fica com um aspecto mais romântico.
Com o brilho do pequeno candelabro de velas iluminando o banheiro simples, com azulejos brancos e azuis, eu me banho lentamente, tentando aproveitar ao máximo a sensação da água quente tocando meu corpo. Mas um frio intenso e repentino interrompe meu momento de calmaria. Sinto que alguém me observa.Ao me virar me deparo com a mulher mais linda e peculiar que já vi, mas o medo interrompe o momento de apreciação e antes que eu perceba solto um grito que assusta a moça em minha frente.
- QUEM É VOCÊ? - grito enquanto tento esconder meu corpo com uma toalha.
- Acredite, meu bem, se eu soubesse eu lhe diria - diz a bela mulher com pele cinzenta e um sorriso lindo que abriga duas enormes presas.
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Gostou da história mas está achando confusa? No próximo capítulo tudo será explicado!
Não desista! Ainda tem muitas coisas por vir.
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Obrigada por chegar até aqui e continue a leitura com o próximo capítulo 🖤
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Demônio sedento, sedento amor.
RomanceApós passar por conturbadas situações e ser magoada por quem mais amava, Lorena decide trancar a faculdade e mudar de cidade, indo morar na velha casa da família abandonada no interior. Durante sua estadia na nova residência ela descobre que o véu...