ELISE MARIE FAY
Remo Falcone me incluiu em um de seus planos doidos. Não estou sendo metafórica, todos os planos desse homem são doidos, pelo menos foi o que Aurora disse.
Quando Massimo disse que era a cidade da máfia eu não imaginei que ele seria a máfia. Preciso começar a investigar o passado dos garotos que eu saio, treinar pra ser uma jornalista investigativa e tudo mais.
E agora cá estamos, dentro de um carro, indo em direção à um clube da Bratva pra derrubar eles de dentro pra fora, como Remo havia dito. Ele não queria por o filho dele nessa equação por um simples motivo: todos sabiam quem Nevio Falcone era. E melhor, de quem era filho. O garoto era instável. Brilhante em matar. Mas instável. Explosivo. E um pouco exagerado. Greta era muito calma e pacífica para entrar em um clube armada até os dentes e varrer a máfia russa de Las Vegas. Savio não queria arriscar a vida da cunhada, Carlotta (que era uma princesa de educada), então descartaram Alessio e ela para esse plano.
Massimo descansava a mão na parte interna da minha coxa exposta por um dos vestidos de Aurora - que foi muito prestativa em me ajudar e dar dicas de como usar as facas escondidas.
Remo havia pensado em tudo em questão de poucas horas. Massimo era discreto, poucas vezes ele entrou em alguma briga, e embora soubessem quem ele era, a imagem fria dele mostrava exatamente o tipo de ameaça que ele representava.
O plano de Remo era derrubar o rei que as outras peças cairiam sozinhas. Não fazia sentido pra mim, mas fazia pro garoto ao meu lado.
-Como você está? - Massimo perguntou sem tirar os olhos da rua
-Nervosa. Mas bem. Doida pra bater em homem. - eu disse e ele riu
-Sem bater em homem até a gente ter uma boa perspectiva de vencer e não ser mortos.
-Câmbio e desligo.
-Mas sério, Lis, você tá bem? - seu olhar encontrou o meu dessa vez
-Com medo de dar errado. - minha voz alcançou um tom mais baixo
-Vai dar tudo certo. Vamos ver como somos em um unidade. - ele apertou minha coxa levemente
-Se tudo der certo a gente termina o que começou. - eu disse e ri, Massimo apenas levantou uma sobrancelha e deu um risinho.O resto do caminho foi tranquilo. Paramos na frente de um clube e Massimo esperou um pouco antes de descer.
-Se alguma coisa der errado, corre.
-Eu não vou te largar sozinho com os russos. - ele suspirou e desceu do carro, passando o braço na minha cintura, me guiando pra dentro.Ele tinha armas escondidas em quase todo corpo, coberto pela camisa e com a máscara de normalidade.
Era um ambiente mal iluminado, com duas saídas e janelas que iam do chão ao teto. Por onde passamos, os olhares nos seguiram. Massimo estava tenso ao meu lado; eu conseguia sentir todos seus músculos entrando em modo ataque. Ele olhava em volta, procurando nossos alvos. Depois de uma breve olhada, ele se abaixou e disse perto o suficiente só para que eu pudesse ouvir:
-No bar. - e sua mão estava fora da minha cintura, respirei fundo absorvendo toda confiança que eu tinha e me dirigi ao bar
-Uma dose de tequila. - pedi ao barman e me virei para o homem que sabíamos ser dono do local - É a primeira vez que eu estou em Vegas, meu irmão falou muito bem desse bar. - ele deu um sorrisinho antes de perguntar
-E de onde a princesa é?
-Sou italiana. Estou aqui só pra comemorar.
-Comemorar o quê? - ele chegou mais perto
-Talvez eu te conte mais tarde. Que tal você dançar comigo e provar que esse bar é realmente o melhor da região? - o russo sorriu maliciosamente e se levantou do banco, estendendo a mão pra mimFomos para a pista de dança improvisada. Algumas meninas dançavam sozinhas e tinham alguns casais. Massimo estava a minha direita, observando tudo enquanto conversava com uma morena. Havíamos combinado um sinal específico pra hora da ação. Eu estava com medo? Ha ha, medo era muito pouco pro que eu tava sentindo. Meu pai me ensinou a manusear facas e a lutar, mas faziam anos e anos que eu não tinha que usar essas habilidades.
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Sins of Father - contos
FanficContos sobre a próxima geração de Born in Blood e da Camorra.