List of Memories - camren [ TERMINADA ]

VIII - Em Segundos, Não É Nada

oi :)
eu sei que não é muita gente que lê, mas se vocês gostarem da estória, votem nos capitulos e comentem, não custa nada e me anima demais. obrigado a todos que não são leitores fantasmas de algum jeito :(

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Minha cabeça doía, após ouvir aquelas poucas palavras. Seria possível comentar que meu coração apertou. Não unicamente por ter uma parte de Lauren em minha frente mas sim pela maneira que ele havia descoberto da morte de sua irmã.

Acredito que se comigo foi do jeito que foi, ele está sentindo o mesmo.

E eu sinceramente, não desejo aquela dor infernal pra ninguém.

A palidez em seu rosto e mãos demonstravam o choque inicial. Seus olhos brilhavam com dor.

Sabe quando olha diretamente nos olhos de alguém, e consegue ver sua alma? Sabe quando observa a alma da pessoa e sente ela a se esvair e a dar lugar à dor?

Você sabe o quão doloroso é saber que, você não pode mudar nada?

- Eu... Me perdoa. - foi tudo o que saiu de minha boca, em um suspiro um tanto magoado.

Seus olhos brilhavam e ele apenas acenou com a cabeça.

- Encontrei, não é? - riu, derrotado. Por um segundo jurei encontrar os olhos de Lauren nele.

Me mantive em silêncio, totalmente inerte.

- Foi suicídio? - acenei tristemente. Sua boca se abriu em um suspiro carregado de dor e umas lágrimas escorreram por sua cara, e ele rapidamente limpou.

- Acho que o que custa mais é ela não ter ido feliz. - ele concordou silenciosamente.

- Você é uma parte de minha irmã, Camila. Eu estou feliz de ter encontrado você.

- O quê? - perguntei confusa.

- Quando você se apaixona por alguém, tende a ter a mesma áurea que a pessoa, até adota alguns jeitos de ser. A diferença é que você adota muitos jeitos diferentes ao longo da vida, porque se apaixona diversas vezes. - ele pausou. - Mas você só encontra uma alma gémea, e por mais diferentes que sejam, você será sempre a reflexão dela.

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Guardei as chaves no móvel do corredor, observando minhas mãos deveras geladas. Observei também o objeto estranho em minha mão.

Era uma pequena pulseira, e nela estava escrito o seu nome.

Apertei o objeto, guardando-o no bolso do meu casaco. O sol brilhava lá fora porém a brisa gelada ainda era presente.

- Mila! - ouvi a voz de Dinah, sorri para a mulher. - Olá!

- Boa tarde. - ela me olhou estranhamente, como se analisasse cada milímetro da minha feição.

- O que aconteceu? - ela soltou.

Ponto negativo acerca de ter alguém tão próximo: sempre sabem como você se sente através de um mísero olhar.

Ponto positivo acerca de ter alguém tão próximo: completam parcialmente o vazio deixado, e me agarram quando eu desabo.

Sabía que estaría sempre ali pra Dinah, afinal ela havia-me ajudado nos piores momentos da minha vida e eu não lhe devia menos que isso.

Devia-lhe tudo e possivelmente mais alguma coisa. Achei que nunca fosse encontrar ninguém no qual conseguisse tocar em pontos tão frágeis quanto os que toco com ela. É fascinante o poder da amizade, não é?

- Você tem saído demasiado ultimamente. - ela referiu, pensativa. - Tem alguém?

- Deus, Dinah! Claro que não! - ela levantou os braços em rendição.