Sem pensar duas vezes Neji acolheu a irmã em seus braços, num abraço apertado. Eu pude ver que Hinata pareceu surpresa de início, mas não demorou para que ela retribuísse aquele gesto fraternal. Dei alguns passos para dentro, dando mais espaço para os dois e fiquei observando a cena dos irmãos, ainda aérea do que havia acontecido a poucos segundos.
- Você não sabe o quanto estava com saudades de você. – Ele disse, a voz pouco abafada por seu rosto está enterrada no ombro dela.
- Eu também, irmão – ela disse, se desvencilhando de seus braços e o fitando. – Eu pensei que tinha me dado as costas.
- Nunca daria as costas para você – e ele pôs uma mão em seu ombro. – Como você está?
- Estou bem, na medida do possível.
- Me desculpe por não ter vido antes, mas a situação lá em casa não é das melhores.
- E o papai?
- Insuportável.
- Eu imagino – ela murmurou, abrindo espaço para que ele adentrasse a casa, fechando a porta em seguida.
Neji desviou os olhos para mim e franziu novamente o cenho.
- Você...
- O que foi Neji? – Perguntou Hinata, desviando os olhos dele para mim e depois para ele.
E sem desviar os olhos de mim ele respondeu:
- Ela estava sugando a minha energia.
- O quê? – Franzi as sobrancelhas. – Eu não fiz isso?
- Você fez – ele acusou. – E fez descaradamente.
- Neji! – Hinata o repreendeu, mas isso não evitou que ele parasse de me encarar.
Eu também o encarava, estava surpresa com sua acusação e pouco irritada por ele ter sido grosseiro em apontar para mim. Eu não havia sugado seu poder. Por Deus, eu nunca faria isso com alguém, não quando eu tivesse ainda em minha lógica.
- Você deve estar se confundindo, eu não faço esse tipo de coisa – minha voz saiu séria, encarando aqueles olhos claros que me fitavam na mesma proporção. – Eu nem te conheço...
- Não precisa conhecer alguém para usurpar energia...
- Neji! – Exclamou Hinata com a voz elevada em alguns tons, o interrompendo, assim como ele me interrompeu. – Para! O que há com você? Nunca se exalta assim?
O tal Neji pareceu voltar a razão, desviando os olhos para o lado e piscando algumas vezes antes de voltar sua atenção para a irmã.
- Perdão – ele disse, se recompondo, antes de voltar a me fitar novamente.
Eu não respondi, podia sentir meus lábios crispados enquanto sustentava seu olhar, agora com menos fervor do que antes.
- Olha o que temos aqui? – A voz de Tsunade soou naquela sala, atraindo a atenção para ela e esvaindo um pouco da tenção que havia se instalado naquela sala.
- Senhora Tsunade. – Neji se aproximou e a cumprimentou formalmente. – Como vai?
- Eu vou bem. E você e a sua família?
- Indo conforme a dança da maré – ele respondeu. – A vida não é um mar de rosas, não é?
- Concordo – ela respondeu, desviando os olhos dele para mim e Hinata. – Veio visitar Hinata?
- Sim, queria falar em particular com ela se não for incômodo.
- Claro que não. Fique à vontade, eu estarei no meu escritório caso precisarem de mim – em seguida seus olhos pararam em mim.
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O Uivo da Morte
Fiksi PenggemarDepois que descobriu que era uma bruxa e ter momentos de batalha com licantropos, Sakura Haruno percebeu que sua vida estava longe de ser normal. Apesar de estar feliz com seu relacionamento com Sasuke e animada com sua magia florescendo a cada dia...