Capítulo 12 A Guerreira Alada

66 7 3
                                    

Demônios tombavam um a um aos pés da guerreira alada a qual trajava uma armadura esverdeada de um brilho formidável e intenso. Assim como sua armadura seus olhos azuis também brilhavam astutamente por trás da viseira de seu elmo conforme o combate ia ficando cada vez mais brutal. Os demônios pareciam brotar das copas das árvores, saltavam do meio das sombras e de buracos recém-formados no chão. Mas a espada flamejante da combatente angelical misteriosa estava em boas mãos, e parecia cantar ao cortar o ar entre os golpes que dilaceravam os corpos demoníacos.

Suzana não teve outra reação a não ser ficar ali quase que petrificada assistindo a batalha enquanto pedaços de demônios voavam aos montes por todos os lados.

— Az, você está vendo isso? — Sussurrou a garota.

— Vejo nitidamente — respondeu o anjo em tom de admiração e espanto — e posso te confirmar que por essa ajuda eu não esperava.

— Diga que ela é sua amiga? — Sussurrou Suzana novamente, sem tirar os olhos da estranha que matava demônios com certo prazer estampado nos olhos.

— É complicado! — Respondeu Aziel.

— Como assim complicado? Você por um acaso sabe quem é ela?

— Além de não ser uma boa hora para isso, é um pouco estranho falar com você sobre essas coisas — explicou o Anjo — mas respondendo sua pergunta, essa é Erendiel, e um dia já fomos bem mais que amigos. E como eu te disse agora é complicado.

— Vai me dizer que além de tudo o que nos aconteceu você tem uma Anjo guerreira de coração partido furiosa caçando você enquanto está aí dentro do meu corpo?

— Pode se dizer que sim — disse Aziel.

— Não sei como isso pode piorar — lamentou Suzana, no momento que Erendiel se aproximava.

— Levante sua espada — gritou a guerreira — ajude-me a mandar os filhos bastardos de Lúcifer de volta para o inferno.

— Ma... Ma... Mais não sei ao certo de como minha ajuda seria necessária após tudo isso que meus olhos presenciaram — disse Suzana, ao levantar a espada assim como fora lhe pedido.

— Venha, junte-se a mim! — Gritou Erendiel ao puxar Suzana pelas vestes até que a duas ficassem bem próximas. — Espero que esteja me ouvindo Aziel!

— Eu estou! — Respondeu o Anjo.

— Eu sabia que era você — confirmou Erendiel, assim que Aziel se revelou por completo — agora, juntos, ao meu sinal....
Atacar!

O resto da batalha fora rápida, mas nem por isso deixara de ser uma carnificina. Os demônios agora de número bem reduzido demoraram, mas passaram a perceber que uma vitória sobre os anjos seria impossível, pelo menos por hora. Então passaram a bater em retirada, e assim pelos mesmos meios de onde surgiram desapareceram por completo.

— Eu sabia que ainda estava vivo Aziel — disse Erendiel logo após a calmaria.

— Eu sinto muito! — desculpou-se Aziel — mas tudo aconteceu tão rápido, não tive tempo de dizer adeus.

— Isso não importa mais — respondeu a Guerreira alada — apenas lembre-se que estamos quites. A próxima vez que nos encontrarmos, não terei piedade. Não vai poder se esconder atrás da marca de Caim por todo o sempre, a humana logo vai morrer e você será o próximo. Agora vá! Vá depressa! Os Arcanjos estão próximos o próprio Miguel os comanda. E se já não bastasse, Lúcifer e seus vassalos também se aproximam. Por algum motivo querem a descendente de Caim. Deve seguir imediatamente por aquele portal, e não ouse retornar.

— Obrigado, Erendiel! — disse Aziel.

— Não me agradeça, apenas desapareça e cuide para que não o encontrem.

Um Anjo em mim Onde histórias criam vida. Descubra agora