Capítulo 13 Campo Esverdeado

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Após a partida do Golem, Gabriel ainda permaneceu por certo tempo no interior daquela caverna. Por algum momento parecia ter sido tomado por uma grande tranquilidade enquanto caminhava pelos incontáveis corredores onde empilhados por todos os lados haviam espadas, escudos e armaduras. Agora cobertos de poeira pareciam ansiar para que fossem escolhidos.

E assim fez Gabriel, que vestiu a mais bela armadura dourada e, empunhando espada e escudo seguiu o que para ele fora como um chamado. Deixando a caverna voou para bem longe e só parou quando do alto do céu avistou um enorme campo esverdeado, plano e de vegetação rasteira aquele lugar era o mais apropriado para o que em breve aconteceria e por isso ele fora o escolhido.

Gabriel pousou, e após desembainhar sua espada ajoelhou-se e tocando o joelho direito no solo, cravou sua lâmina afiada quase que por completa na terra e daquela mesma maneira permaneceu em oração até que vários outros anjos foram se juntando a ele. Dezenas e mais dezenas foram chegando até que um grande exército fora formado e perfilando-se ao lado de Gabriel adotaram a mesma postura do Arcanjo. Do outro lado do campo um outro exército também começara se formar, estes comandados pelo próprio Lúcifer, logo se espalharam pelo campo formando uma enorme legião de anjos caídos que estavam prontos para o combate que aquela altura seria inevitável.

De ambos os lados dois foram escolhidos para tratarem de uma possível negociação e não demorou para que os quatro anjos se encontrassem ao meio daquela planície.
Todos sabiam que acordos que antecediam um combate daquela magnitude era quase impossível de se afirmar e que uma batalha estava prestes a começar, era só questão de tempo.

— Retire-se imediatamente e meu senhor os poupará — disse o Anjo de cabelos ruivos que trajava uma armadura que brilhava como prata polida. Seu nome era Amiel, amado por Gabriel aquele anjo de rosto sereno e destacáveis olhos esverdeados havia sido escolhido para ser a voz do Arcanjo enquanto este ainda orava pedindo orientações ao pai.

Abaddon, que era um entre os dois escolhidos por Lúcifer para representá-lo gargalhou confiante.

— Nada temos com Gabriel — disse antes de escarrar nas botas de Amiel —diga para o seu senhor que Lúcifer tem um trato com Miguel, o que nos torna intocáveis até que o acordo chegue ao tempo estabelecido por ambas as partes.

— Você mente, caído! Miguel nunca faria acordo algum com Lúcifer — gritou Amiel, lançando a mão rapidamente ao cabo de sua espada. Mas Abaddon fora mais ágil e antes que Amiel pudesse desembainhar sua espada a lâmina do anjo caído atravessou seu peito.

Ao ver o que estava acontecendo o companheiro de Amiel tentou interceder pelo amigo, mas em desvantagem logo também tombara aos pés dos enviados de Lúcifer.

Ainda vivo Amiel, após ser desarmado fora colocado de pé por Abaddon que sussurrou algo em seu ouvido e o empurrou de volta para Gabriel.

— Esses são os nossos termos! — Gritou Abaddon de sorriso estampado em sua face — pergunte a Gabriel se temos um acordo?

Um Anjo em mim está bem próximo de atingir o seu primeiro k de leituras, muito obrigado ao pessoal que está acompanhando todos os capítulos, fico muito feliz! Não esquece de deixar seu voto e um comentário sobre o livro.  Abraços e até breve!

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