Capítulo 10 Demônios

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— O que faremos agora, Az? — Perguntou Suzana enquanto se afastava dos terríveis seres de garras e dentes afiados que ganhavam forma ao meio da escuridão e avançavam ligeiramente contra ela.
Criaturas sombrias de corpos deformados, olhos vermelhos e longos chifres gargalhavam enquanto chamavam Suzana pelo nome.

O fedor de enxofre espalhou-se pelo ar adentrando pelas narinas da garota enquanto o exército de criaturas abomináveis aumentava a cada segundo ao redor da Suzana que nunca se vira tão encurralada e aterrorizada em sua vida como naquele momento.

— Estou faminto! — disse o demônio que tinha o rosto tão deformado como o de um cadáver em decomposição.

— Que sorte a nossa — rosnou o que tinha um enorme chifre negro no meio da testa — parece que a carne humana voltou ao nosso cardápio.

— Ela não será devorada, Lúcifer a quer viva — sussurrou o maior dentre os demônios.

— Ele não sentira falta de alguns pedaços — grunhiu um que se arrastava no chão como se fosse uma enorme serpente.

Todos os outros riam como hienas enquanto giravam suas espadas afiadas a cima das cabeças, seus corpos grotescos e poderosos minavam uma substância negra que escorriam como piche por todas as suas extremidades, poucos entre eles trajavam algum tipo de veste, a qual se resumia em farrapos encardidos.

— Az! — Gritou Suzana — Se você não fizer alguma coisa, vou ser devorada. Me diga o que fazer?

— Você precisar lutar — respondeu o anjo — assim que eu mandar, preciso que você feche seu punho direito e visualize uma espada de fogo, feito isso minha espada ganhará forma e você poderá controlá-la por alguns minutos.

— Mas, Az. Eu não sei lutar!

— Preciso que você se acalme e me escute — disse o Anjo — pois ditarei seus movimentos. Se vamos morrer aqui, levaremos o máximo possível desses desgraçados conosco.

— Eu não quero morrer! — Gritou Suzana — pelo menos não agora, e muito menos dessa forma.

O temor de Suzana era como divertimento para os demônios que agora pareciam estar se contendo em atacar a garota como se quisessem estender aquele momento causando ainda mais agonia em sua vítima.

E então uma das criaturas adiantou-se perante todos e lançou suas garras ao redor do pescoço da jovem levantando-a no ar. E como um troféu a agitava acima da cabeça para que os demais pudessem vela enquanto gargalhavam e urravam.

E no instante antes de que o demônio arremessa-se a garota ao meio das demais criaturas, Aziel gritou:

— Suzana!.. Agora!

E uma espada de fogo surgiu ao meio do punho cerrado da jovem que não precisou de muito esforço para fazer com que a arma flamejante atravessasse o peito da criatura que a segurava incinerando-a por completo instantaneamente.

Suzana agora de pé, gritava e brandia a espada ameaçando os demais demônios que ainda gargalhavam muito como se ver um deles queimar até a morte só tivesse servido para deixar aquele momento ainda mais divertido.

— Qual de vocês vai ser o próximo? — Gritou Suzana, tentando não demonstrar o medo que sentia mesmo sabendo que seu fim estava próximo.

Mas antes que algum dos demônios tomasse a iniciativa e tivesse a chance de atacar Suzana um estrondo ensurdecedor e um imenso clarão desviou a atenção de todos.

Alguém mais havia chegado naquele local.

— Afastem-se! — Trovejou a voz daquela que havia se materializado entre todos. — Filhos da perdição preparassem para voltarem para as profundezas do inferno. Pois em nome de Deus eu mesma vou enviá-los para lá agora.

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