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Seguro a bola no ar em um reflexo, arregalando os olhos com o susto

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Seguro a bola no ar em um reflexo, arregalando os olhos com o susto. Viro meu rosto na direção do Chase, que sorria para mim de forma forçada com suas sobrancelhas erguidas. Estendo a bola de basquete em sua direção, imitando sua expressão estranha.

— Foi mal.

— Claro, eu só perdi a oportunidade de levar uma bela bolada na cara, que situação lamentável. — debocho, jogando a bola para ele novamente, que estava ocupado demais revirando os olhos para pegá-la antes que atingisse sua barriga.

— Eu mereci — resmungou, num fio de voz. — Eai, falou com a garota? — Perguntou, não contendo a curiosidade.

Só tive tempo de confirmar com um balançar de cabeça até que uma mulher aparecesse, os cabelos castanhos como o de Chase presos em um coque extremamente apertado e um olhar mais afiado que uma faca nova.

— Chase Lawrence Allen, que bagunça é aquela no seu quarto? — Questionou, e naquele momento agradeci por não estar na sua pele.

Chase trouxe suas íris negras cheias de desespero até mim, apenas dei de ombros enquanto colocava as mãos no bolso da calça. Haviam duas possibilidades, Chase havia se esquecido completamente de arrumar o quarto, ou simplesmente estava com preguiça. Aposto na segunda opção.

Porra, me esqueci disso. — murmurrou, mas nada era baixo o suficiente para escapar dos ouvidos daquela mulher.

— Olha a boca, Chase!

O observei correr até a entrada segurando a bola embaixo do braço, receber um tapa leve nas costas e começar a rir.

Me aproximei, não podendo evitar de dar risada com a cena. Parei de frente a minha tia, beijando sua testa enquanto ela ria do sobrinho que subia as escadas apressadamente.

— Como foi seu dia? — Perguntou, adentrando a casa.

Hum... Acho que chato é a palavra certa. — respondo, indo até a cozinha em busca de uma garrafa de água.

— Alguma novidade? — Insistiu, como fazia todo santo dia. Ela ficou na ponta dos pés, tentando alcançar uma vasilha em no armário, mas fiz o trabalho antes que ela, a entregando o objeto com um pequeno sorriso.

Abro a garrafa de água que já estava praticamente vazia, despejo o resto do líquido cristalino em um copo que estava sobre a pia e o bebo. Sinto o olhar da minha tia sobre mim após encher o objeto cilíndrico que amarzenava dois litros de água, novamente.

— Acho que aquele professor chato de Artes passando trabalho desnecessário no final de ano já não é mais uma novidade, né? — Minha resposta veio um tempo depois, enquanto guardava a garrafa na geladeira.

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