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Branco

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Branco.

Meus olhos se focavam apenas na cor branca do teto. Não prestavam atenção em nada ao seu redor. Passei a noite escutando minha mãe falar sobre não sair sem um guarda-chuva, ficar na rua quando começar a chover e várias outras coisas, já fazia um bom tempo que não a via alterada daquela forma. Angeline tinha toda razão.

Céus, o que deu em mim?

Nunca mais saio de casa para esfriar a cabeça. Nunca. Mais.

Uma. Duas. Três batidas na porta. Me sentei, sabendo que do outro lado estaria minha mãe, provavelmente com mais um dos seus xaropes caseiros horríveis para que eu tomasse, alegando aumentar minha imunidade, impedindo que eu pegasse um resfriado depois de toda chuva que tomei.

— Pode entrar!

A maçaneta da porta girou. O grande pedaço retangular de madeira foi empurrado e na fresta que se abriu, uma cabeça passou por lá, como se bisbilhotasse o que estava do lado de dentro, porém, estava de olhos fechados.

E não era minha mãe.

— Posso abrir os olhos? — Perguntou, a voz arrastada como se não dormisse a uma semana.

Franzi o cenho, não entendo o porquê do Trevor estar aqui em casa. Ah dona Angeline, você me paga.

— Pode. — Trevor abriu apenas um dos olhos, encontrando minha figura o observando sem entender nada. — Por que estava com os olhos fechados?

— Vou lá saber como você estava dentro desse quarto — respondeu, abrindo o outro olho e adentrando o cômodo. —, cuidados devem ser tomados. — acrescentou, fechando a porta atrás de si.

Não é isso que sua cara diz, babaca.

— O que está fazendo aqui?

O moreno se aproximou, as mãos escondidas no bolso da calça jeans, se eu morrer aqui, a culpa é da minha mãe. Espera, ele não deve ser tão burro de entrar na minha casa com a minha mãe e me matar, sabendo que será o principal suspeito, certo?

Balancei a cabeça, espantando os pensamentos loucos e focando minha atenção no garoto em pé na frente da minha cama. Trevor sempre teve um olhar que parecia ler tudo sobre a pessoa, e era esse que estava em seu rosto agora. Dava medo.

— Eu te encontrei naquele estado na rua ontem. Hoje, você não apareceu no Instituto. Desculpa, mas eu não posso fingir que nada aconteceu.

Wont, ele se importa, que fofo. Só que não.

— Estou bem, agora você pode fingir que nada aconteceu. — o moreno recebeu aquilo como um soco no estômago, a careta que fez quase me proporcionou um riso.

— Sua mãe não vai gostar de saber que você expulsou o seu amigo, com intenções tão nobres, cedo — arregalei os olhos, não acreditando que ele havia dito para ela que éramos amigos. Filho da puta. — Eu não disse que éramos amigos, ela mesma que deduziu quando me viu ontem, no carro.

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⏰ Última atualização: Jul 18, 2020 ⏰

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