uma senhora estava caminhando de volta para a sua casa, carregando uma cesta de vime com algumas compras que fizera mais cedo. Estava tudo quieto e ela estava distraída. Toda a comunidade comentava sobre os desaparecimentos, mas ela não se importava. A Lua já iluminava a rua com um tom azul e fazia frio. Estava quase chegando em casa quando ouviu um som como de garrafas caindo e rolando pelo chão.
Ela se virou, porém não havia ninguém. Ela seguiu andando, mas sentia que estava sendo seguida. Começou a andar mais rápido sem coragem de olhar para trás. O medo começou a deixá-la ofegante, então o som de sua respiração alta se misturou com os rosnado se aproximando. Largou a cesta e saiu correndo enquanto gritava pela rua. — Alguém me ajude! — Suplicou em vão.
Os paralelepidos estavam húmidos fazendo-a escorregar e cair. Uma de suas sapatilhas voou de seu pé e caiu perto ao meio-fio. Seu gritos ecoavam chamando a atenção da vizinhança, mas quando os moradores chegaram, só havia a cesta e a sapatilha. Assim a nona pessoa desaparecera.
Jhon, instantaneamente, desferiu um soco ao ser agarrado. James caiu no chão segurando o nariz. Levou ainda uma fração de segundo para perceber o que tinha ocorrido. Embora não tivesse certeza de que James realmente fosse quem batera em sua porta anteriormente, ele estava com certa raiva.
— Para que tanta agressividade? — Exclamou James ainda segurando o nariz.
— Nunca mais tente me assustar novamente, eu poderia ter atirado em você!
— Mas eu não tentei! Chamei você duas vezes antes de lhe alcançar.
— Como? Já é a segunda vez que você bate a minha porta e some depois! Não me venha com brincadeiras bobas como antigamente.
— Eu não bati à sua porta, acabo de chegar da recepção. Eu estava falando com a recepcionista, inclusive, descobri algumas coisas que preciso lhe contar.
Depois de ouvir essa frase, Jhon esqueceu-se quase completamente do evento anterior, sua mente estava focada em resolver os desaparecimentos. Eles entraram e enquanto James arrumava um cachimbo começou a contar. Ao mencionar os desaparecimentos à recepcionista da hospedaria, uma senhora a mandou entrar no quarto dos fundos e não tocar no assunto. Ela disse que não queria ninguém enchendo os ouvidos de sua filha com essas coisas, e então se apresentou como a dona do estabelecimento.
James então lhe disse que estava no lugar para resolver a situação e que precisaria de toda a ajuda possível, mas ela não pareceu aliviada por ter mais ajuda no local. Então começou a falar: — Escute meu senhor, essas pessoas da cidade desrespeitam as matas do norte, todos os moradores desta vila sabem que não se deve ir até lá. Agora querem expandir e construir para aquelas bandas. Todos nós estamos em perigo e não há nada que o senhor possa fazer!
— Mas o que a senhora acredita que exista naquelas matas?
— Alguma coisa que não quer ser incomodada, diga aquelas pessoas para saírem de lá. Não precisamos de mais sofrimento.
— Eu não creio que contos de fada estejam raptando pessoas, posso lhe garantir que o responsável é bem humano!
— Pense o que preferir, mas não incomode minha filha novamente!
Jhon estava completamente focado em seu seus pensamentos enquanto entregava um pano que envolvia alguma pedras de gelo para James colocar sobre o nariz. — Diga-me, James, como em um povoado tão pequeno, nenhum dos desaparecidos tem relação com algum dos outros?
— Bem, aparentemente eles não vivem aqui a muito tempo, a vila realmente tem expandido seu território para o norte.
— Então realmente isso pode ser um motivo. Mas não uma criatura, pode ser algo que alguém quer esconder naquela floresta.
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Fadas não contam histórias
FantasiE se você pudesse ver todas as coisas que uma árvore já viu? Quem sabe uma floresta? Eu posso contar. Eu vou contar. Os capítulos serão publicados semanalmente, geralmente nos fins de semana. (tenham paciência com a minha procrastinação, sofro de bl...