Capítulo 3 - Ao cair da noite

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uma senhora estava caminhando de volta para a sua casa, carregando uma cesta de vime com algumas compras que fizera mais cedo. Estava tudo quieto e ela estava distraída. Toda a comunidade comentava sobre os desaparecimentos, mas ela não se importava. A Lua já iluminava a rua com um tom azul e fazia frio. Estava quase chegando em casa quando ouviu um som como de garrafas caindo e rolando pelo chão.

Ela se virou, porém não havia ninguém. Ela seguiu andando, mas sentia que estava sendo seguida. Começou a andar mais rápido sem coragem de olhar para trás. O medo começou a deixá-la ofegante, então o som de sua respiração alta se misturou com os rosnado se aproximando. Largou a cesta e saiu correndo enquanto gritava pela rua. — Alguém me ajude! — Suplicou em vão.

Os paralelepidos estavam húmidos fazendo-a escorregar e cair. Uma de suas sapatilhas voou de seu pé e caiu perto ao meio-fio. Seu gritos ecoavam chamando a atenção da vizinhança, mas quando os moradores chegaram, só havia a cesta e a sapatilha. Assim a nona pessoa desaparecera.

Jhon, instantaneamente, desferiu um soco ao ser agarrado. James caiu no chão segurando o nariz. Levou ainda uma fração de segundo para perceber o que tinha ocorrido. Embora não tivesse certeza de que James realmente fosse quem batera em sua porta anteriormente, ele estava com certa raiva.

— Para que tanta agressividade? — Exclamou James ainda segurando o nariz.

— Nunca mais tente me assustar novamente, eu poderia ter atirado em você!

— Mas eu não tentei! Chamei você duas vezes antes de lhe alcançar.

— Como? Já é a segunda vez que você bate a minha porta e some depois! Não me venha com brincadeiras bobas como antigamente.

— Eu não bati à sua porta, acabo de chegar da recepção. Eu estava falando com a recepcionista, inclusive, descobri algumas coisas que preciso lhe contar.

Depois de ouvir essa frase, Jhon esqueceu-se quase completamente do evento anterior, sua mente estava focada em resolver os desaparecimentos. Eles entraram e enquanto James arrumava um cachimbo começou a contar. Ao mencionar os desaparecimentos à recepcionista da hospedaria, uma senhora a mandou entrar no quarto dos fundos e não tocar no assunto. Ela disse que não queria ninguém enchendo os ouvidos de sua filha com essas coisas, e então se apresentou como a dona do estabelecimento.

James então lhe disse que estava no lugar para resolver a situação e que precisaria de toda a ajuda possível, mas ela não pareceu aliviada por ter mais ajuda no local. Então começou a falar: — Escute meu senhor, essas pessoas da cidade desrespeitam as matas do norte, todos os moradores desta vila sabem que não se deve ir até lá. Agora querem expandir e construir para aquelas bandas. Todos nós estamos em perigo e não há nada que o senhor possa fazer!

— Mas o que a senhora acredita que exista naquelas matas?

— Alguma coisa que não quer ser incomodada, diga aquelas pessoas para saírem de lá. Não precisamos de mais sofrimento.

— Eu não creio que contos de fada estejam raptando pessoas, posso lhe garantir que o responsável é bem humano!

— Pense o que preferir, mas não incomode minha filha novamente!

Jhon estava completamente focado em seu seus pensamentos enquanto entregava um pano que envolvia alguma pedras de gelo para James colocar sobre o nariz. — Diga-me, James, como em um povoado tão pequeno, nenhum dos desaparecidos tem relação com algum dos outros?

— Bem, aparentemente eles não vivem aqui a muito tempo, a vila realmente tem expandido seu território para o norte.

— Então realmente isso pode ser um motivo. Mas não uma criatura, pode ser algo que alguém quer esconder naquela floresta.

Fadas não contam históriasOnde histórias criam vida. Descubra agora