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Oiee, boa noite meus amores, como estão? Eu to ótima! Espero que estejam gostando. 

Um beijo e um queijo da Tia Ned e da Tia 

Boa Leitura 

***

Dentro do supermercado, na seção dos salgadinhos e doces, Jimin achou o doce que ele mais queria comer quando era criança, mas que seu pai Dae-Ho nunca quis comprar para ele. Ele dizia mentiras para Jimin para que ele esquecesse o doce e nunca mais nem passasse perto. Jimin pegou o pacotinho de doces chamado Kancho (são biscoitos do tamanho de um botão, são bonitinhos e pequenos, e tem chocolate ao leite, ou creme de avelã como recheio) e ficou segurando-o com lágrimas nos olhos.

Ao ver aquela cena, JungKook reparou o quão distante Jimin havia ficado ao apenas segurar o pacote de Kancho. Mal sabia ele que Jimin estava lembrando do passado e chorando porque sempre quis comer aqueles biscoitos nem que fosse uma vez na vida.

JungKook resolveu ir até ele. Mas ao chegar perto Jimin tentou secar as lágrimas teimosas que não paravam de cair.

_ Você quer levar esse doce? Está chorando? O que houve?_ JungKook não sabia o que fazer com ele naquele momento. Então, ele pegou vários pacotinhos de Kancho e colocou dentro do carrinho.

_ Não é nada JungKook. Eu estou bem. _ Jimin tentou dar um sorriso, em vão. Ele já não conseguia esconder nada de seu parceiro de trabalho. Não naquele momento.

_ Jimin, o que te aflige? Foi algo que eu fiz? Se foi, me perdoe. Eu não fiz por mal.

_ Não foi nada disso. Está tudo bem.

_ Se não foi o que eu fiz, o que está havendo então? Você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa né? _ Jimin assentiu com a cabeça, mas as lágrimas traiçoeiras começaram a escorrer por sua face novamente e dessa vez, ele não conseguiu segurar.

_ JungKook me desculpe. Eu ando muito sentimental e sensível ultimamente.

_ Tudo bem, não precisa se desculpar. Só me fala o que está acontecendo para eu poder te ajudar. Não quero te ver assim. São os doces que você quer? Eu já peguei um monte dessas caixinhas para você comer quantos quiser quando chegar em casa.

_ Também, mas é outra coisa que está me deixando assim.

_ Então me conta.

_ Eu... quando era criança queria muito comer esse doce, ou ao menos experimentar, mas meu pai... não, o Dae-Ho ele nunca me deu e sempre inventava mentiras para mim a respeito desse doce. Ele dizia que se eu o comesse eu nunca mais iria crescer, que eu ia continuar pequeno, gordo e burro. Eu ficava triste. Mas teve um dia que me deixou mais triste ainda e com muita raiva ao mesmo tempo. Ele havia comprado um pacote desse e estava comendo de madrugada enquanto assistia tv. Ele percebeu que eu estava acordado e me bateu. Desde então, nosso relacionamento de pai e filho não foi mais o mesmo.

_ Meu Deus! Que tipo de pai ele é? O que mais aconteceu?

_ Ele passou a me bater toda madrugada, e acordava meu irmãozinho com chineladas. Dias depois ele começou a me espancar, ele já não batia mais. Daí em diante, eu fui ficando cada dia mais revoltado e jurava para mim mesmo que ia quebrar ele todinho quando crescesse e foi isso que eu fiz. Foi quando ganhei a minha primeira advertência, fui preso pela primeira vez. Depois eu sai de casa e levei meu irmão comigo, pedi para minha prima Lisa para que cuidasse dele, e que todo mês eu ia mandar dinheiro para o sustento de Jihyun. Ela aceitou e graças a Zeus até hoje meu irmão está bem e ela gosta muito dele.

Black SwanOnde histórias criam vida. Descubra agora