No cair da tarde, eu e Nayara tomamos um bom café da tarde, com um ótimo papo naquele vasto jardim com as mais diversificadas plantas. Eu e Nayara estendemos um pano de seda sob o chão para podermos colocar os utensílios do café.
- Nayara estou com um pouco de receio dessa tal festa. - digo servindo a ela uma xícara de chá de Hortelã.
- Tenta manter a calma, pois você irá acabar se estressando, fazendo com que tudo saia do controle.
- Exatamente. - concorda Samir, indo na direção delas.
Olho para a cara de Nayara assustada e tentando descobrir quanto tempo ele estava ali por perto, só observando nós duas. Respiro fundo e pergunto:
- Você não ia ver o vestido?
- Claro. Só vim aqui dar um recado: estou indo para Catar para comprar e não adianta tentar fugir, pois terá gente vigiando a casa. E mais uma coisa, você quer algo de lá?
- Eu quero. Alerte minha mãe que se um dia eu encontrar com ela, irei acabar com a vida dela. - digo estressada.
- Falo sim, mas acho melhor você escrever uma carta, pois ela não vai acreditar em mim. - diz Samir, rindo disfarçadamente de mim.
Coloco minhas duas mãos no chão, e me apoio para levantar. Percorro aquela vasta casa para ir até o harém, onde eu durmo, para escrever a carta.
" Olá!
Não irei te chamar de mãe, pois você não é, mãe não faz isso que você fez. Você um verdadeiro mostro, que a justiça não sabe que existe. Mas vamos ao ponto principal dessa carta, eu estou com muita sede de justiça. Quando você olhar essa carta e vê esses respingos de lágrimas, é tudo formado pelo meu sofrimento, que na verdade, é escondido atrás do meu véu.
Torço para que eu não te encontre um dia, pois irei acabar com sua vida da melhor forma possível, você irá sentir a mesma dor que estou sentindo agora. Você pode se enfiar em qualquer buraco desse mundo, mas eu irei te achar e a justiça será feita."Entrego a carta na mão de Samir, mais ele fez questão de abri, e ler.
Samir olha para mim sorrindo e fala:
- Nossa, que brava.
Ele vira as costas e sai do jardim. Poucos minutos depois, eu escuto barulhos de helicóptero. Eu, surpresa, pergunto a Nayara:
- Nayara, você também está escutando esse barulho?
- Sim, é um helicóptero.
- Vamos gritar o máximo possível, para eles nos ajudarem.
- Safira, esse é o Samir, ele já está saindo para ir em destino a Catar. - diz Nayara frustada.
Rapidamente, em minha mante, passa uma ideia genial e a compartilho com Nayara.
- Você sabe se aqui nessa casa tem um quarto ou escritório secreto? - pergunto tentando fazer com que ela não desconfie de cara.
- Não sei. Em uma festa que teve aqui, Dalila estava bêbada e ela falou que Samir estava entrando com outros homens para um lugar, que basta empurrar uma falsa parede.
- Confio em você e preciso que você me acompanhe em um lugar. - digo a Nayara.
- Tudo bem, mas me ajude a levar essas coisas para dentro, por favor.
Eu e Nayara pegamos as cestas, e colocamos os restos dos mantimentos e as louças dentro delas. Levamos até a cozinha, mas em uma certo ponto, um homem, que estava todo vestido de preto da cabeça aos pés, deixando descoberto apenas o seus olhos e, na sua cintura, uma espada dentro de uma bainha, estava com os olhos fixos em nós e com a mão na espada.
- Onde vocês duas pensam que vão? - ele pergunta, curioso.
- Iremos até a cozinha levar essa cesta. - respondeu Nayara, sem deixar eu começar a responder aquele homem.
- Eu vou acompanhar vocês.
- Não precisa... - comecei a falar, sendo interrompida por Nayara novamente.
- Tudo bem. - diz Nayara.
Respiro fundo, olho para Nayara com um olhar que faz ela entender.
- Vamos. Estão esperando o quê? - aquele homem pergunta, nos apressado.
Ele está atrás de nós, eu já não estou aguentando segurar minha raiva. Vou andando de uma forma em que eu entre em ação. Agora é a hora, meu cérebro me deu o comando. Empurro Nayara para o lado, fazendo com que ela bata na parede. Pego, pela alça, a cesta e a rodo para trás, em direção a cabeça do homem, fazendo com que ele coloca suas duas mãos onde a cesta o atingiu. No tempo em que eu dou uma cotovelada na região de seu ouvido, dou uma chute em sua genital. Depois dele já estar no chão, dou uns murros em seu rosto, fazendo-o ficar desacordado.
- Porque você fez isso, Safira? - diz Nayara se tremendo.
- Vamos, não temos tempo a perder. -digo a ela.
Ajudo ela a levantar, pego o braço dela e vou correndo em direção à porta secreta, mas com cautela.
- Temos que tomar cuidado, pois se tiverem mais homens daqueles, virão atrás de nós. - exclamo a Nayara.
- Você não podia ter feito isso, é o papel dele nos vigiar.
- Eu não preciso de babá, olha a minha idade. Estou rezando que eles contem para Samir.
- Mas por quê?
- Para ele ver meu potencial. - digo empurrando Nayara para trás de uma pilastra junto comigo, para que os dois homens, que estão vindo, não nos vejam.
- Fica em silêncio agora. - sussurro para Nayara, colocando minha mão na boca de Nayara.
- Pelo que eu entendi, tem duas mulheres que não podem sair daqui. - um dos homens disse, se aproximando.
- Nossa.
No exato momento em que eles passam, o meu bracelete cai e, como é feito de metal, faz um barulho agudo.
- Você escutou? - Um dos homens exclamou.
- Não. Deve ser imaginação da sua cabeça.
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O Véu Que Esconde O Sofrimento [ Em Revisão ]
ChickLitESTÁ OBRA TEM CENAS DESCRITAS DETALHADAMENTE DE ESTRUPO, E VIOLÊNCIA, QUE PODE ACABAR GERANDO GATILHO. SÓ LEIA SE VOCÊ GOSTAR, E SE SENTIR BEM. CASO CONTRÁRIO, NÃO RECOMENDO! INDICADO PARA MAIORES +18 Nas regiões mais áridas do deserto, Safira e sua...