Cap. 6

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Josh beauchamp


Assim que o Noah e eu encerramos, uma boa parte do pessoal foi embora, alguns preferiram ficar para ensaiar umas músicas, outros só para conversar mesmo, como eu, Noah, Sina e Bailey, que estávamos sentados na pequena arquibancada do salão.

─ Tem pessoas que não ficaram nem um pouco satisfeitos com a entrada da patricinha - comenta o Bailey.

Eu apenas fitava o chão, mostrando nem um pouco de interesse na conversa.

Noah havia conversado comigo, me mostrei relutante sobre tal assunto, mas ele insistiu, aquilo me irritou de verdade, mas eu não queria entrar em uma discussão com ele, não levaria a lugar algum de qualquer formar.

─ E o que importa? Eles não precisam ficar satisfeitos. Aceitar é tudo o que precisam! E o nome dela é Any Gabriely, Bailey.

─  A galera tem que relaxar, não vamos deixar aquilo acontecer de novo - assegura Noah.

Normalmente é isso que falamos antes de repetir um erro.

─  Mas até que ela me pareceu de boa, talvez seja puro exagero - Disse Bailey pensativo.

─  Ou só estão inseguros e com medo - bufo diante das palavras do Noah e me levanto - Aonde vai?

─ Casa.

─  Mas já? Tava pensando em irmos lá no Miguel tomar um sorvete, por minha conta.

─  É, acho que não... - balanço a cabeça negativamente ─  Tô de boa, deixa pra outra.

Com isso me retiro dali. Pude sentir os seus olhares confusos em mim, mas hoje não acordei muito no clima, na verdade, faz um tempo que já não acordo assim.

Andava calmamente até a minha casa, não ficava muito longe da TD, então a caminhada era tranquila. Estar sozinho me ajudava a pensar, a refletir e pôr tudo em ordem em minha cabeça. Logo cheguei em minha rua, tendo a vista a minha casa, é bem simples e humilde, não chega nem perto dos casarões dos granfinos, mas ainda assim é um lar.

Fui na intenção de dar volta na casa e subir a escada improvisada que dava  diretamente para a janela do meu quarto, o motivo da existência dela é um pouco delicado, mas um choro vindo de dentro me fez entrar pela porta da frente. Quando passei por ela, meus olhos encontraram minha mãe sentada no chão, encostada no sofá, em sua mão havia uma garrafa de vodka enquanto ela se desmanchava em lagrimas. Caminhei até ela, me agachando ao seu lado e tirando a garrafa de sua mão.

─  Já tão cedo dona, Ursula? - suspirei, olhando em seu rosto.

─ A vida tá tirando tudo de mim - murmurou baixo ─ tá tirando tudo!! - fechou os olhos com força ─ Tentaram tirar você de mim, filho - abriu os olhos me fitando.

Odiava vê-la daquele jeito.


─ Tá tudo bem agora - a abracei, trazendo sua cabeça para o meu peito   Estou aqui, não estou? Não deixarei ninguém me tirar da senhora.

─  Eu sei que sou péssima... - balançou a cabeça em negação - sou uma péssima mãe, mas não quero te perder... - suas mãos trêmulas tocaram meu rosto.

No Ritmo Do Coração(beauany) Onde histórias criam vida. Descubra agora