Cap. 15

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Josh Beauchamp

Pela primeira vez, ela me ouviu, hoje posso dizer que estou mais tranquilo em relação a competição, até ela pareceu ficar menos rabugenta. Torço para que as coisas caminhem bem agora.

Estávamos no metro, que pro nosso azar estava lotado. Fiz a gentileza de segura-la para que não caísse no chão, pois seria exatamente isso que iria acontecer se eu não tivesse a agarrado a tempo.

Só espero que não confunda minhas ações, falei sério quando disse que nossa relação não passaria de profissionalismo. Não quero ter nenhum tipo de contato amais com ela.

Passado uns minutos ali, sua cabeça repousou em meu peito e sentir o peso do seu corpo ficar mais pesado ao meu. Quando virei o o rosto, me espantei com o que vi. A garota havia adormecido em meus braços, ali mesmo, em pé.

Você é tão inacreditável...

Eu deveria acordar-la, mas não conseguir, não sei, não... Não conseguir.

Observando agora o seu rosto de perto, consigo captar melhor seus traços. Não sou tapado ao ponto de negar que ela é linda, mas jamais admitiria isso, mas eu sei, eu sei que ela é. Assim como também sei o dragão que se transforma quando estar acordada.

Seu corpo tremeu sobre meus braços, consequentemente por conta do frio, e mesmo estando abraçado a ela, jamais poderia lhe proporcionar algum tipo de calor, tanto o meu corpo quanto o dela se encontravam gelados pelo banho de chuva fria que tomamos. Respirei fundo, olhando para cima.

O metrô parou, mas nossa estação era a próxima que viria, me sentir aliviado por estarmos chegando, porém, de repente sentir uma mão repousar em meu ombro. Logo a dona dessa mão apareceu ao meu lado, era uma senhora, que por algum motivo desconhecido por mim, sorria ao me olhar.

─ São um casal lindo de se ver - sorriu ao dizer.

─ O quê? Nós não somos um... Argh...

Não tive nem tempo de avisá-la, a mesma desceu na estação. Neguei com a cabeça e continuei segurando a bela-adormecida.

Assim chegamos na estação. Toquei de leve em seu braço, mas não moveu um músculo.

Era o que me faltava...


─ Ou, garota, chegamos! - dessa vez a balancei, ela acordou desnorteada, enquanto eu a olhava de modo sério.

Ela se desgrudou rápido de mim, já que o metrô havia parado, mas as suas pernas vacilaram um pouco. Ela retomou a postura.

─  Tsc! As vezes as pessoas abusam de uma gentileza -  pus as mãos no bolso e saí andando.

Então soltamos na estação e seguimos para rua de cima, onde a vila ficava. O caminho todo foi silencioso, levei ela até o ponto de táxis e me retirei para casa.


Estava apenas uma esquina perto de casa quando algo me fez parar de andar.

Ela não...


Parei de pensar na hipótese quando olhei para trás e percebi que havia somente eu na rua.
Me voltei para frente e voltei a andar novamente, mas de novo...

No Ritmo Do Coração(beauany) Onde histórias criam vida. Descubra agora