•~Capítulo Treze~•

870 173 41
                                    


      Zahi nos levou para casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


      Zahi nos levou para casa. Dormi um dia inteiro no hospital e tudo que queria era sair daquele lugar, esquecer tudo, as ameaças veladas e as palavras de Zoraide.

— Quer comer alguma coisa? — Me vejo sozinha com Zahi novamente, naquele quarto. Olho para cama e penso no que tenho que fazer. Que tenho que deitar com ele ali, deixar que toque em mim.

Que o casamento seja real, mas em minha cabeça eu não consigo aceitar que estou casada com um desconhecido.

Ele parece querer me questionar, mas talvez pense que estou traumatizada e falar pode piorar meu quadro. Desvio o olhar da cama e olho para ele.

Penso que transar com Zahi pode não ser algo ruim, ele é bonito, seus olhos escuros muito astutos, sobre eles vejo que há olheiras, por falta de boa noite de sono. Cabelos castanhos escuros, que caem com suavidade sobre sua testa lisa, nariz afilado, lábios firmes, aparentando maciez, o queixo é robusto e tem uma leve camada de barba, o que denuncia que ele ainda não a fez, a pele bronzeada em um tom muito saldável, ombros largos, talvez tenha por volta de um e noventa e cinco de altura, supera e muito os meus um e setenta.

Suas mãos são grandes e firmes em seu toque, ele podia facilmente cobrir meu rosto com ela, mesmo com minha cara de bolacha maria. As pernas longas aparentam ser firmes, ele parece ser o tipo de homem pelo qual eu me atrairia se nos víssemos em uma boate.

Pensar nisso faz eu me sentir uma tola e idiota, aquela vida de escolha não existe mais, foi arrancada de mim. E isso, a falta do controle sobre mim, está me matando.

Ergo meu olhar para os dele e percebo o sorriso sútil. Eu sempre gostei de avaliar as pessoas da cabeça aos pés, fazia isso sem perceber, de início me sentia envergonhada ao ser pega no flagra, mas agora não me importo, muito menos agora, não faz sentido.

Eu não posso ser privada de tudo, eu já estou abrindo mão demais, acho que nunca serei capaz de aceitar numa boa toda aquela situação de merda.

— Então... — Ele fica parado ainda na porta. Mil coisas passam em minha mente, a necessidade gritante e ameaçadora de me deitar com ele e deixar que faça o que quiser comigo. Não deve ser tão difícil, talvez eu possa usar a tática da Zoraide, fechar os olhos e torcer para que seja rápido.

— Droga! — Ergue a sobrancelha farta, que combina perfeitamente com seu rosto de homem másculo e viril. — Não deve ser tão difícil, toda mulher passa por isso. — Continuo em português o deixando mais confuso. — Argh!

Desvio o olhar ao sentir as lágrimas queimar em meus olhos.

Zawjati... me deixe cuidar de você. — Ele segura meu queixo. O homem estava praticamente do outro lado do quarto e do nada estava diante de mim, de imediato as lágrimas correm desenfreadas. — Zawjati... — Me puxa de encontro a seu abraço forte e largo, é tão quente e acolhedor, que quero acredita que não seja pretensioso. — O que fizeram com você? Te machucaram?

[DEGUSTAÇÃO] CasablancaOnde histórias criam vida. Descubra agora