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Natasha passou os olhos pela multidão, frustrada. Ela estava literalmente o dia todo tentando flertar com Steve e ele simplesmente NÃO COMPREENDIA.
"O que eu tenho que fazer? Fingir que escorreguei e cair sentada nele?" - ela pensou, revirando os olhos.
E então uma ideia passou por sua mente, fazendo-a abrir um sorriso malicioso.
Eles haviam ido naquele parque de diversões em plena luz daquele dia quente buscando uma pista que Barton seguiu sobre traficantes de armas chitauri conseguindo jovens em lugares assim. Mas o problema era que eles já estavam ali a horas e nem sinal dele.
- Então, quer dizer ao Fury que ninguém está aqui? - Steve perguntou, enquanto Natasha parou e preparou a encenação.
Fingindo um medo irracional ela se virou para ele, com os olhos arregalados e o puxou o mais discretamente que pôde, até encosta-lo contra a lateral da barraca de tiro ao alvo. Steve observou-a de olhos arregalados.
- Lembra da escada rolante aquela vez? - ele franziu as sobrancelhas.
- Você viu alguém? - ele perguntou, e Natasha se segurou para não revirar os olhos.
- Me beija. - ela disse, e para sua surpresa Steve segurou seu rosto com as duas mãos e uniu seus lábios num beijo intenso.
Sentir seus lábios macios de novo era como um paraíso para Natasha. E ele estava envergonhado demais para admitir que queria aquilo mais que tudo.
Quando os faltou ar eles se separaram só um pouco, encarando um ao outro bem de perto, ela o fitando com os lábios avermelhadas e entre abertos.
- Acho que foram embora. - ela murmurou.
"Meu Deus, minhas pernas estão bambas" - ela pensou, engolindo em seco. Steve tirou as mãos do rosto dela, tentando entender aquele momento.
Natasha colocou a mão no comunicador.
- Clint?
- Que foi?
- Não tem ninguém aqui, é oficial.
- Droga. Devem ter descobrido que a informação vazou.
- Nós vamos sair daqui. - disse, e deu meia volta, fazendo Steve segui-la.
Eles entraram juntos dentro do carro. Natasha estava imóvel, encarando o para brisa do carro. Steve olhou para ela, esperando um comentário sarcástico que não veio. Então ele ligou o carro e deu ré.
Nenhuma palavra o trajeto todo.
E então Steve se tocou. Não tinha ninguém lá. Ela o beijou porque quis. Assim que estacionou na frente do prédio dela, Natasha saiu do carro.
- Natasha. - Steve chamou, seguindo o mesmo caminho.
- O que? - ela perguntou, frustrada demais para humor.
- Não tinha nenhum criminoso lá.
- Claro que tinha, você não viu. - ela deu meia volta, mas Steve segurou sua mão. Ela parou, arrepiada e olhou para ele.
- Você estava flertando comigo o dia todo?
- Obrigada por notar! - ela reclamou, abrindo um sorrisinho como se fosse piada.
- Bem, está vendo aquele criminoso ali? - Steve apontou para o lado, e Natasha seguiu a direção com os olhos.
- Que criminoso, Steve? Você está lo...
Ela não pode continuar, Steve puxou sua mão para si, unindo-a num beijo profundo. Ela finalmente fechou os olhos, abraçando o pescoço dele. Suas línguas pediram espaço e se embolaram, aprofundando ainda mais o beijo.
Steve encostou no carro enquanto ela se aproximou mais dele e embolou a mão em seus fios loiros. Eles continuaram aquele beijo que ambos esperavam a muito tempo até ela sorrir.
- Finalmente. Você é muito lerdo. - ela murmurou, ainda colada nele.
- Você não é muito clara.
É, devia ter escorregado e sentado nele. - ela pensou, abrindo um sorriso.
