Feel Something

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Alguém me dê um martelo
Quero quebrar todos os relógios e os espelhos
E voltar a um tempo em que era diferente
Um tempo em que eu não sentia que havia algo faltando
Agora meu corpo e mente estão tão distantes
Não sei como escapar desta prisão
Como posso libertar minha mente?
Porque eu não posso respirar
Eu não consigo respirar

i can't breathe — Bea Miller 

Merliah POV's 

Depois do ocorrido do banheiro, eu nem conseguia encarar Seth. Eu morria de vergonha em apenas ouvir sua voz quando falava na mesa, eu apenas me escolhia e queria achar um buraco pra me enfiar e não aparecer mais. Não deveria me sentir envergonhada com ele, aliás, ele já me viu só de calcinha, e nem ao menos liguei para isso. Tudo bem, eu estou enlouquecendo. 

Seth estava se divertindo muito, seus olhares e sorrisos maliciosos que eram direcionados a mim, me deixavam ainda mais corada. Ele estava tentando me irritar, principalmente por ficar soltando risinhos que ele sabia muito que eu poderia ouvir. Eu quero muito, mas muito, dá uns tapas nele. 

Sua mão entrou em contato com a minha coxa e suspirei alto quando o vi aperta-la por baixo da mesa. Seth Clearwater está mexendo com a morte. 

– Por quê está tão nervosa Meri? – Ele sussura no meu ouvido, a mesma pergunta do banheiro.

– Você está me provocando, não se faça de tolo. 

Ele finge uma falsa indignação e sorri. 

– Eu não estou fazendo isso. 

– Você é muito fingido, está me provocando sim. E pode parando se você quiser ainda ter duas mãos – falei entredentes.

Meu tom de ameaça fez Seth retirar sua mão de minha coxa e engolir em seco. Sorri para mim mesma por ter atingido o ponto que eu queria. 

Volto meu olhar para a mesa e vejo que os garotos estão sem camisa com um clima abaixo de 10°. Olhei para Seth e ele usava apenas um camiseta preta. Eu ainda usava minha roupa de dormir e não estava com frio. Olhei de relance para Emily que estava empacotada com roupas de frio e uma confusão se formou em minha cabeça. 

– Qual a temperatura normal do corpo de vocês? – Pergunto para Embry que está sentado ao meu lado. 

– 40°. Por isso não sentimos frio, e pelo visto você também não – colocou uma de suas mãos em meu braço. – Acho que pelo menos na sua temperatura, seu lado lupina deu uma ajuda. Porque você é pálida que nem uma folha – ele caçoa rindo de boca cheia. 

– Minha temperatura é variada. Nem sempre colabora comigo. As vezes Aro me deixava em um quarto vazio, e era muito gelado pois ficava na torre mais alta do castelo. Eu congelava de frio e já peguei umas duas hipotermia por isso. Então minha temperatura tem vida própria – ri com irônia e Seth me olhou com uma de suas sobrancelhas erguidas. 

Mastiguei uma fruta e olhei para os presentes na mesa que carregavam olhares surpresos e chocados. Principalmente Seth, mas não sabia decifrar sua expressão era como se ouvir aquilo doe-se nele, e eu sabia que doía. 

– Eu não acho a nanica muito pálida – Leah fala levando a atenção de todos para si. – A pele dela é levemente bronzeada, mas também é pálida. É como se fosse balanceada. Quando você fica no sol, ela fica alaranjada e entra em contraste com seu cabelo. Fica lindo. 

– Minha pele não brilha no sol, muito menos se parecesse com granito. Com Renesmee a mesma coisa, mas a pele dela tem um brilho diferente... não sei – balbuciei. Era automático eu falar de Renesmee, mas agora tinha uma alta dosagem de decepção quando o assunto era ela. 

After Dawn Onde histórias criam vida. Descubra agora