Sete horas da manhã.
Naruto não conseguia parar de andar de um lado para o outro na sala de estar, o nervosismo percorria cada canto de seu sistema nervoso. Sasuke encarava o loiro fazendo o mesmo caminho dezenas de vezes enquanto a curiosidade preenchia seus olhos.
Em um dia normal, o Uzumaki estaria em um sono tão profundo que nem um terremoto iria conseguir o acordar, mas aquele não era um como qualquer outro.
Fazia uma semana que Kurenai havia saído em uma missão que lhe fora dada logo após ter hipnotizado o Uchiha, fazia sete dias que o moreno fora hipnotizado, fazendo com que se apaixonasse pelo primeiro que visse, ou seja, o jinchuuriki da raposa de nove caudas.
Aquele pesadelo, finalmente, iria acabar, o gennin de olhos negros iria voltar ao normal, iria voltar a ser a mesma pessoa irritante que o ninja de olhos azuis tanto gostava de provocar, apenas para ver a expressão dele mudar de uma neutra para uma de raiva. O garoto de pele bronzeada, finalmente, teria o seu Sasuke Uchiha de volta.
Desde a noite passada Naruto havia aceitado uma coisa: ele gostava de inimigo e colega de time. O Uzumaki havia passado a noite toda acordado, por causa de sua ansiedade, e já que não tinha nada que pudesse fazer o loiro ficou refletindo sobre o que andava sentindo em relação ao garoto de pele pálida. Não demorou muito para que chegasse à conclusão de que havia se apaixonado pelo outro, mesmo que fosse meio lerdo não era tão difícil de se perceber que o relacionamento dos dois se tratava de mais do que inimizade.
- Hey, Dobe! - o ser desconhecido com a aparência idêntica a de Sasuke exclamou, chamando a atenção do mais novo - se você continuar andando em círculos desse jeito eu vou acabar ficando tonto - reclamou enquanto franzia as sobrancelhas, inflava suas bochechas e um bico infantil se formava em seus lábios.
- Gomen nasai - murmurei, um pouco envergonhado, sentindo seu rosto começar a queimar e colocando uma de suas mãos em sua nuca e coçando a mesma logo em seguida.
Cerca de umas duas horas depois, alguém bateu na porta, quase que instantaneamente, naquele exato momento, o jinchuuriki saltou para fora do sofá, caminhou em direção a porta e a abriu.
- Ohayo, Naruto! - Sakura disse, parecendo estar mais animada que o normal, afinal, a rosada também contava os dias para ter o moreno, por quem tinha uma queda desde que era uma criança, de volta ao estado normal.
Um sorriso, fora tudo que a Haruno recebeu em resposta ao seu cumprimento, já que as orbes azuladas se focaram nos dois adultos parados atrás da garota de olhos esverdeados. Kakashi e Kurenai pareciam estar tranquilos, mesmo que a situação não inspirava tranquilidade alguma.
Ainda sem falar nada, Naruto saiu da frente da porta, deixando um certo espaço para que os outros três adentrassem a moradia que o Uzumaki e o Uchiha estavam compartilhando, sem demora, os dois jounins e a gennin entraram na residência, se dirigiram para a sala, cumprimentaram o moreno, que respondeu com um sorriso gentil e com uma saudação alegre.
Minutos de conversa fiada depois, Kurenai e 'Sasuke' ficam de frente um para o outro, levando apenas alguns poucos momentos para que o verdadeiro Sasuke Uchiha se sentindo um pouco tonto, sua visão começou a ficar embaçada, o último sobrevivente do massacre do clã Uchiha foi perdendo sua consciência aos poucos e apenas recobrou a mesma quando já estava de volta em seu próprio corpo.
- Sasuke-kun? - a rosada chamou por sua paixonite, com um tom de voz hesitante.
Um clima tenso se instalou entre todos os presentes enquanto os mesmos olhavam fixamente para o gennin de pele pálida e orbes negras, que ainda parecia estar bem confuso com a sua situação atual, mas o estado de confusão acaba assim que seus olhos encontraram os de Naruto. No segundo seguinte o Uchiha agarrou o Uzumaki pelo pulso e o arrastou até o quarto que dividiam, trancando a porta logo em seguida.
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Juntos durante sete dias
FanfictionAgora quem estava sob o efeito da hipnose era Sasuke, quem teria que aguentar um bobo apaixonado seria Naruto enquanto o verdadeiro Sasuke Uchiha assistiria tudo de camarote durante o seu tempo no mundo espiritual.