🔥 {7} Proposta 🔥

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Livros. Livros. E mais livros.

É com isso que estou enchendo minha mala para nossa ida a Âmbar.

Não tenho intenção de conhecer ninguém novo, de fazer amizades, ou sequer de sorrir. Estou indo a contra gosto, então eles que lutem para lidar com minha cara amarrada e enfiada no máximo de livros que eu conseguir; Geralmente, quando eu bato o pé e digo que não vou fazer algo, eu realmente não faço. Mas dessa vez, minha mãe ameaçou queimar minha biblioteca caso eu não obedecesse.

E sabe do pior?

O infeliz do Jungkook deu a ideia de participarmos "ativamente" do festival Sparkle. FAZENDO UMA PERFORMANCE!!! Eu realmente não tenho sorte. Jackson gostou da ideia, e agora eu, Jeonghwa e o próprio diabo do Jeon, iremos fazer uma apresentação durante o festival do inimigo.

Penso sobre o que Wang falou. Kai era nosso inimigo. Meu problema com lutas vem desde aquele dia... Após escutar minha mãe acabando com a vida do traidor com as próprias mãos, sempre que algo envolve batalhas, eu travo.

Tenho uma audição super aguçada, e vários sons me remetem a fatídica noite. Porque será que ele queria tanto me matar? Lembro das suas mãos em volta do meu pescoço. Seus dedos apertando. Tento as tirar mas não tem nada. Caio em meus joelhos, desesperado. Não consigo respirar... não consigo...

Olhe em meus olhos. — Sinto mãos grandes segurarem as minhas com firmeza, mas não consigo enxergar. — Olhe para mim, Jimin.

Levanto o rosto devagar, e vejo a silhueta, antes embaçada pelo meu terror, tomando forma. — Isso. Você está indo bem, lindinho. Inspira... Expira... — Uma de suas mãos continua segurando a minha, e a outra viaja até meu rosto, até repousar em minha bochecha, e com o polegar enxugar as lágrimas que eu nem notei que estavam ali, com bastante cuidado.

Finalmente eu o vejo. Acocorado em minha frente e com os olhos púrpuras faiscando em preocupação, está Jungkook. Eu sinto um alívio esmagador se alastrar por dentro de mim, de forma que eu não penso duas vezes, jogo meus braços em volta do seu pescoço, depositando meu peso em si, o fazendo cair sentado e desabo em um choro desenfreado.

Seu corpo se tensiona, e eu acho que passei dos limites, porém, quando tento me afastar e me recompor, ele segura em minha cintura, e me puxa até que eu esteja em seu colo, na posição de uma criança que busca conforto e carinho. E é isso que ele me da. Comigo em seus braços, ele se arrasta no chão até encostar em uma das paredes. Eu volto a chorar em seu peito, e ele encosta a bochecha no topo da minha cabeça, enquanto me abraça apertado e embala meu corpo, e começa a cantarolar alguma canção.

— Você acha que tenho dois anos de idade, e está me colocando para dormir, seu pamonha? — Rio em meio ao meu choro, por tao ridícula que é a cena.

Ele apenas me aperta mais forte, e sinto, pelo movimento da sua bochecha em minha cabeça, que ele sorri, mas não para de cantarolar. Esse seu gesto me passa tamanha calma, que a sensação que tenho é que estou flutuando. Meu choro cessa, e meu rosto está mais vermelho do que cereja artificial de bolo. Respiro profundamente, e sinto o seu cheiro me anestesiar. É como o encanto de quando nos conhecemos, seu toque sempre me traz confiança. Sua presença me traz confiança.

— Você não vai me perguntar o que aconteceu? — Pergunto, brincando com os botões de sua camisa social preta, que estava meio aberta.

— Não preciso.

— O que quer dizer com isso?

— Que eu não preciso perguntar o que aconteceu. Eu vi que você não estava bem, então não tem o porque do "está tudo bem?", e se você quiser me contar o porque estava daquela forma, você vai contar, quando se sentir confortável para tal. O que eu posso fazer e sempre vou fazer, vai ser ficar ao seu lado e servir de porto para você.

Skye Blue | Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora