Verdades e Consequências

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“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiros das suas consequências.”

Pablo Neruda.

Naquela manhã, em especial, Hinata Hyuuga acordou devagarzinho, sentindo o calor aconchegante dos primeiros raios de sol que entravam pela janela, mas principalmente o calor vindo do corpo ao lado do seu, que por sinal estava mais próximo do que nunca.

Abrindo os olhos, preguiçosamente, ela sorriu ao ver a curva do pescoço forte e bronzeado do seu (vejam só!) na-mo-ra-do. Tentou soltar o ar lentamente pela boca, tentando controlar a imensa vontade que tinha de gargalhar, pular e gritar extravasando assim pelo menos um pouco da felicidade que enchia todo o seu ser, e fazia seu coraçãozinho bater tão acelerado que parecia que subia pela garganta.

Mas toda a sua histeria foi engolida violentamente, quando ouviu uma voz grave de repente, a cima de sua cabeça.

– Você sempre acorda com esse bom humor, ou é tudo por minha causa? – a voz vinha do rapaz, e como que para provar isso, ele estreitou ainda mais os braços ao redor do corpo dela, e afundou seu rosto nos cabelos azuis.

Hinata não pode deixar de corar por ter sido pega em um momento tão babaca, mas riu quando o nariz dele fez cocegas em seu pescoço.

– E você sempre acorda tão cedo, ou hoje foi especialmente por minha causa? – ela rebateu, afastando-se levemente para poder olhá-lo e simplesmente não conseguia explicar a sensação que tinha ao vê-lo piscando os olhos preguiçosamente, mas sempre com um sorriso no canto dos lábios, relaxado.

– Confesso que hoje, especialmente, tive vontade de te ver dormindo. – ele disse com uma sinceridade que a fez corar, ao mesmo tempo em que o olhar dele se estreitou, perigosamente – sabia que você fala dormindo?

– Nani? – a revelação a fez, de repente, não achar tão bom todo aquele momento – E-eu não falo dormindo!

– Sim, você fala. – ele disse, rindo – Eu bem ouvi, você falando... “Naruto! Naruto-kun!” – ele repetia, imitando uma voz fina e gemida que envergonhou e irritou a hyuuga.

– Cala a boca! Eu não falo dormindo! – ela disse com um bico, dando um soco no braço dele que gargalhou e voltou a abraçá-la, na tentativa de impedi-la – Não! Me solte! Eu não falo dormindo! E muito menos desse jeito!!! – ela sentenciou, corada e indignada.

– Ora, e por acaso alguém que já tenha dormido com você, pode provar que você não fala? – ele rebateu, sério, mas com o olhar tão fixo nela, que a fez ter certeza que ele voltaria ao assunto da noite passada, que ela realmente não queria relembrar.

– Não comece com esse assunto... – ela murmurou, ficando ainda mais vermelha, e franziu o cenho, irritada.

– Sabe, Hinatinha – ele continuou, a ignorando, e começando a passar os lábios pela pele dela, distribuindo leves beijinhos, em seu braço e pescoço – depois de saber que fui eu quem tirei a sua tão bem guardada castidade...

– N-não fale essas coisas!!! – ela o repreendeu, mas ele nem ligou, continuando a distribuir beijos por seus braços, subindo até o seu pescoço e mordendo levemente seu maxilar, sem deixar de olhá-la nenhum minuto.

– E quanto aos outros? – ele perguntou, despretensiosamente, mas com os olhos cravados em qualquer mínimo movimento da hyuuga e a viu franzir o cenho e olhá-lo, confusa.

– Que outros?

– Bom, você sempre deu a entender que tinha outros, além de mim. – ele disse, lentamente, mas quando a hyuuga finalmente o olhou, percebeu que o rosto dele já não estava mais tão relaxado. Ao invés disso, tinha uma mascara dura, e os olhos azuis com um brilho perigoso – e já me disse com todas as letras que não esperaria até o casamento para... – ele apertou os lábios em desgosto e já não estava mais tão próximo dela - ...ir pra cama com aquele hyuuga zé mané.

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