Furia parte 1

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"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

Martin Luther King

— Naruto Uzumaki, você sabe por que está aqui?

— Porque vocês são uns escrotos babacas que ainda acreditam naquele saco de merda Hyuuga.

— Eu sugiro que você comece a levar a sério este interrogatório, jiinchuriki.

O loiro deu um meio sorriso frio e maldoso em direção ao ninja de preto com óculos.

— Oh, agora eu sou um jiinchuriki. Antes eu era um herói que salvou a vila.

O outro, entretanto, permaneceu imperturbável diante da acusação velada e começo a fazer selos silenciosos com as mãos, quando a porta da sala foi aberta, bruscamente.

— Já chega Ebisu. Os conselheiros e Hiashi não estão mais aqui. – Kakashi disse com uma voz quase de tédio e Naruto franziu o cenho enquanto via o outro jounnin dar de ombros e se afastar, saindo da sala, enquanto Kakashi arrastava uma cadeira e sentava-se.

— Então tudo isso foi uma cena?

— Nem tudo. – o ex sensei suspirou esfregando as temporas e olhou para o loiro com cuidado – Ainda não encontramos nenhuma pista do paradeiro de Hinata e você ainda é a última pessoa que a viu aqui na cidade.

— Eu não sequestrei Hinata!!!! – Naruto quase gritou, irado. Enquanto aquele circo continuava, Hinata estava nas mãos sujas de um bastardo que morreria em breve.

Ele não teria piedade. O pobre idiota não deveria fazer ideia que sua vida medíocre estava com os dias contados no momento em que encostou em sua noiva. Iria achá-la, e se aquela palhaçada não terminasse logo, ele explodiria o prédio e sairia por conta próprio.

— Não faça isso, por favor. – O ex sensei mostrou que conhecia o ex aluno melhor do que muitos e Naruto não pode deixar de sorrir secamente.

— Então não me faça perder tempo. – ele cuspiu de volta.

— Escute antes de explodir Konoha para ir atrás de Hinata. Tsunade “prendeu” você – nesse instante ele fez aspas com as mãos  - ...porque ela precisava tomar uma atitude imparcial, e também porque assim podemos conversar com calma e descobrir uma forma de realmente descobrir o que aconteceu. Seja o que for, nem mesmo os cachorros dos Inuzukas conseguem sentir o cheiro e não há rastros de chacra. É como se simplesmente ela... – ele hesitou nesse ponto, percebendo um brilho obscuro nos olhos azuis. – Espere...

Mas foi tarde demais, cadeiras e a mesa de madeira se chocaram contra a parede, do mesmo jeito que ele sentiu-se sufocado com a explosão de chacra da Kiuube.

— Kakashi-sensei.. – ele ouviu Ebisu lá fora.

— Está sob controle. – ele disse, incerto, percebendo Naruto tremendo, os olhos abaixados e o cabelo esvoaçando devido a corrente de chacra que começava a querer fugir. – Acalme-se, eu não acho que alguém teria o trabalho de vir aqui para matar Hinata. Obviamente eles querem alguma coisa.

— O que?

— Eu não sei! Mas nesse momento a última coisa que Hinata precisa é que Konoha tenha que se preocupar com a Kyuube ao invés de procurá-la.

Como esperado, foi o suficiente para aos poucos, o loiro conseguir controlar o chacra do demônio novamente e olhá-los com os olhos azuis tempestuosos.

— O que vamos fazer?

— Quando foi a última vez que viu Hinata...

— Sinceramente foi mais difícil do que esperávamos. Você vivia grudada naquele garoto demônio, e é obvio que não poderíamos tentar nada enquanto ele estivesse por perto. – a voz aguda e arranhada parecia se divertir enquanto conversava com sua vitima.

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