Desejo e Sedução

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"É instintivo da mente humana que um homem mais deseje os prazeres que lhe são proibidos."

(Torquatto Tasso)

Um vulto entra nos territórios do clã Hyuuga e com facilidade chega até o dojo principal onde a adolescente o esperava impaciente.

- Kami-sama, você demorou. Sabe como é difícil distrair os guardas e desativar os jutsos de proteção? - a caçula do líder do clã reclamou impaciente

- Sabe como é aterrorizante invadir um clã poderoso que pode fazer eu perder a minha bandana?

- Hunf...que covarde.

- Nani?

Mas ela tapou sua boca com brutalidade.

- Tem alguém vindo. Sobe até aquela janela, é a do meu quarto. - indicou uma das janelas que ficava de frente a uma grande árvore e o ninja assentiu.

Segundos depois uma figura alta surgiu e Hanabi fita, fingindo desinteresse, o primo que por sua vez, andava tão distraído que se surpreendeu ao encontrá-la ali. Mas tão rapidamente escondeu o sentimento e a encarou frio como andava fazendo.

- O que faz aqui?

- Eu moro aqui e posso andar por onde eu quiser. - ela respondeu mal criada, mas apenas no intuito de distrair o primo enquanto um certo adolescente subia pela árvore atrás dele.

Mas Neji não era bobo e logo desconfiou da sua prima que de ingenua não tinha nada. Ele passou os olhos pelo local a procura de algo suspeito, mas não viu nada além da moça que agora sorria nervosamente. E ele então teve certeza que ela estava aprontando.

- O que faz aqui, Hanabi? - ele perguntou novamente, o tom autoritário e desconfiado não deixava dúvidas e era tão parecida com a de Hiashi que Hanabi poderia até ficar com medo, isso se tivesse algum medo do pai.

- Não que isso seja da sua conta, mas estou tomando um pouco ar puro. - ela respondeu aborrecida, mas ele não acreditou.

Novamente ele passou os olhos pelo local e já estava prestes a ativar seu donjutso, quando percebeu a respiração da prima se alterar. Havia uma tarja próxima a janela que ela havia esquecido de tirar e Konohamaru estava prestes a pisar. Neji então fez menção de virar, mas Hanabi foi mais rápida e o pegando completamente de surpresa, pulou em seu pescoço e selou seus lábios em um beijo furioso e desesperado.

Konohamaru ficou chocado, mas ao ver a mão de Hanabi apontando para algo próximo do se pé, ele viu a tarja e agradeceu, e em segundos ele pulara em segurança no quarto da Hyuuga.

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O Clã Hyuuga estava bem calmo naquela noite escura. Apenas podia se ouvir o barulho das árvores que tremulavam devido a uma brisa suave, e alguns grilos que pulavam por ali. Um sapinho entrou pela fresta dos portões e rapidamente pulou para dentro dos territórios do clã. Pela grama, ele correu alegremente até chegar no dojo principal. O sapinho então olhou para os lados parecendo desconfiado, e ao não ver ninguém abriu a boca enorme como se estivesse sorrindo.

Instantes depois, no lugar do sapinho estava um rapaz loiro, alto e forte, mas que mantinha o mesmo sorriso alegre e satisfeito de um sapo, ou melhor de uma raposa. Seus olhos azuis se mantinham atentos e ele logo pulou para cima de uma árvore, ao ver alguém conhecido.

Seu sorriso imediatamente deu lugar a uma expressão de desgosto enquanto observava atentamente Akihiko conversar com mais alguém.

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