Descontrole

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“ Há instantes que os homens são senhores dos seus destinos” (William Shakespeare)

Era inevitável, o desespero e o pânico tomavam conta dela sem dar chance para qualquer raciocinio. Enquanto sentia aquele homem nojento em cima de si, tudo o que ela pensava era em fugir, gritar e estar em casa, no seio de sua família, protegida por seu pai, sua irmã e por Neji. Apesar da boca tapada, ela tentou gritar, mas tudo o que conseguiu foi um chamado abafado do nome do seu primo.

Ela podia ouvir a respiração ofegante do seu estuprador e isso só a fez ter mais nojo dele e de si mesma. Não podia controlar as lágrimas que cegavam a sua visão e o bolo de ferro que subia por garganta, quase a impedindo de respirar. Ela se debateu, tentou empurrá-lo, mordê-lo, mas ele nem se quer se mexeu e ela nunca havia se sentido tão vulnerável e frágil como naquele momento.

Sem poder se defender, e sem alguém para defendê-la, ela chorou implorando aos Deuses para que não deixasse aquele animal conseguir o que queria.

Não era pra ser assim. Não daquele jeito. Não com ele.

- Já chorando, Hanabi-chan? Eu esperava mais. – Taiko deu um sorriso enlouquecido e Hanabi arregalou os olhos, vendo seu próprio pânico nos olhos famintos do seu atacante. – Você sabe há quanto tempo eu quero fazer isso? Mas você está sempre com aquela mala do Neji Hyuuga! Ele não merece você, baka! Nem aquele infantil do Konohamaru! Você merece um homem que possa te dar tudo, e eu sou esse homem, Hanabi.

- HMMMmmmm!!!! MAATTEEEEEE!!! – ela pediu abafado devido o pano tapando sua boca.

- Não se preocupe docinho, vai acabar rápido. – ele sorriu e sua mão escorregou para os botões da calça dela, a fazendo voltar a se debater.

- IIEEEEEEEEEEEE!

- Cala a boca, garota estupida!!!! – ele rosnou a sacudindo e então quase soltando um silvo de prazer ao desabotoar a calça e tocar o pano desprotegido da calcinha azul. – Eu estou louco para te provar.

A essa altura, a hyuuga já soluçava sem forças para se debater e Taiko sorriu vencedor e foi tirando lentamente a calça, aproveitando para tocar qualquer pedaço de pele desprotegido, amando a sensação de ver a Hyuuga tremer de medo e de derrota.

Entretanto seu sorriso não demorou muito, quando ouviu um barulho de galho quebrando, mas antes que pudesse ao menos ter a chance de virar a cabeça para o lado, um soco poderoso o acertou em seu maxilar, o jogando a metros de distancia da sua presa.

Atordoado, ele demorou alguns segundos para que sua visão entrasse novamente em foco, mas tudo o que via era uma grande quantidade de chacra azul que fazia o chão abaixo de si tremular, e o ar se tornar pesado demais. Apenas ninjas muito poderosos tinham esse poder, ninjas de elite, e o pensamento o fez se assustar. Entretanto sem ter qualquer chance de escapatória, ele se encolheu ao sentir a presença na sua frente, e um segundo depois, ele foi arqueado para cima até seus pés não tocarem o chão, e ele sentiu uma mão apertar seu pescoço com força.

- Seu verme imundo. – a voz daquele homem poderoso era baixa e ameaçadora deixando Taiko cada vez mais em pânico – Como você ousa tocá-la! Como você ousa...? – a expressão foi cortada com uma raiva mortal e Taiko finalmente reconheceu os olhos de seu atacando.

- K-ko.no.ha.ma.ru....

- Ela estava chorando. Estava desesperada. Mas você estava adorando não é?! – a voz do adolescente era cortante como uma lamina fria, entretanto não era ele quem segurava o pescoço do estuprador, e sim apenas um chacra azul rodeado pelo elemento vento, e apertava cada vez mais e mais, até a boca de Taiko se abrir em busca de ar, e seus olhos saírem de foco.

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