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— Acabou que você nem me falou como foi o almoço com a família da Any no domingo. — falei.

Ele se levanta e começa a rir, eu fico sem entender.

— Que foi?

— Os avós dela acharam que ela namorava comigo. — começa a rir de novo. — Demorou 30 minutos pra eles entenderem que a Any é lésbica e namora minha irmã. — ri.

— Que vergonha! — escondo o rosto com as mãos.

— Sim! — se joga na cama. — Mas no final descobrimos que não há preconceito da parte dos avôs dela.

O loiro vem engatinhando pra perto de mim, deixa uma trilha de beijos até meus lábios.

— Você podia dormir aqui. — passa o rosto com a barba por fazer no meu colo.

— Tenho trabalho amanhã. — tombo a cabeça pra trás, deixando meu pescoço livre.

— Eu te levo, senhorita Jeong. — passa a língua devagar no meu maxilar.

— Acha que vai me convencer assim? — puxo seus cabelos, levantando sua cabeça.

— Aham. — passa o rosto no decote do vestido.

— Tô muito perto de aceitar.

— Eu sei. — enfia uma mão dentro do meu sutiã e a outra me acaricia de leve sobre a calcinha.

— Se continuar assim vou ficar excitada, quando eu fico excitada preciso de Josh. — minhas palavras saem meio sopradas.

— Adivinha? Eu sou o Josh. — sua mão entra na minha calcinha.

— Acho que tô com sorte então. — abraço suas costas com as pernas.

— Posso sentir seu gosto de novo, namorada? — abaixa a cabeça, se encaixando entre minhas pernas.

— Por favor, namorado.

Segundos depois sinto sua boca me tocar, seus lábios me prendem e sua língua faz movimentos circulares. Leva um dedo que acompanha seu trabalho muito bem. Começo a soltar gemidos desconexos e revirar os olhos.

— Já vai gozar? — me olha e coloca outro dedo.

— Josh... — seus olhos brilham.

Sinto sua língua entrar de novo e os movimentos ficarem mais rápidos, acabo gozando, mas ele continua.

— Ah meu Deus! — Joalin grita.

— Joalin! — seu irmão repreende.

— Minha calcinha, Josh! — puxo ela pra cima e ajeito minha roupa.

— Vocês... Estou traumatizada! — seus olhos grandes estão arregalados.

— Já atrapalhou o momento, o que você veio fazer aqui? — Josh está irritado.

— Vim chamar vocês pra sobremesa, mas acho que já foram servidos. — de assustada pra debochada.

— Já vamos. — o loiro fala, se levantando irritado.

— Não conta pra ninguém, por favor! — ela sorri e sai.

— Eu odeio minha irmã. O Noah bate na porta, por que ela não? — sorrio com sua irritação.

— Calma, Josh. — dou um monte de beijinhos no seu rosto, até que ele começa a rir.

— Tem como ficar bravo com você? — aperta minhas bochechas e eu mostro língua.

— Você ficou hoje, lá na viatura. — fecho a cara e viro pro lado.

— Tava bravo comigo mesmo e descontei em você, desculpa. — me abraça, fico com a cabeça no seu peito.

— Tudo bem, eu também falei demais. — damos um beijo rápido. — Agora vamos descer  antes que Joalin conte o que viu aqui pros nossos pais.

— Seu pai ia mandar me empanar e ia por minha cabeça pendurada na sala da sua casa. — dou uma risada.

— Você é muito dramático.

— Convivência com a Sabina.

A sobremesa estava deliciosa, uma espécie de mousse de frutas vermelhas, impecável. Bebo algumas taças de champanhe e me despeço dos meus (é tão estranho dizer isso) sogros.

— Tchau, Joalin. — beijo suas bochechas.

— Tchau, cunhada! — rio com sua empolgação.

— Dorme aqui, por favor! — enche meu rosto de beijinhos.

— Tenho que trabalhar amanhã e ainda buscar meu carro, você sabe onde. — faz um bico.

— Por favor! Meus pais não vão dizer nada, já somos adultos e Any mora mais aqui do que no apartamento dela. — me esmaga com um abraço.

— Vamos Heyoon? — meu pai chama.

Joshua me encara como um cachorro pidão, meu pai sorri na porta e eu fico empacada sem falar ou fazer nada.

— Ah, Heyoon, por que não fica essa noite, hum? Assim podemos te conhecer melhor. — o loiro abre um sorriso enorme com a sugestão de sua mãe.

— Úrsula está certa, adoraríamos que você ficasse. — Sr Beauchamp incentiva.

Olho pro meu pai e ele abre um sorriso compreensivo.

— Aviso Sarah que vai chegar mais tarde assim que pisar na empresa. — meu pai fala.

— Obrigada.

Me despeço da minha família e viro, dando de cara com quatro pares de olhos claros me encarando.

— Oi! — faço um aceno, envergonhada.

— Oh querida, nos conte como conseguiu prender Joshua. — sua mãe juntou nossos braços e me puxou até o sofá da sala.

— Pra falar a verdade, não foi muito difícil. — dou uma risada.

— Você tá sendo modesta. — Joalin riu e eu corei.

— Minha irmã tá certa, foi mais fácil que tirar doce de criança. — suspira. — Agora a senhorita, que trabalho duro. —  faz como se tirasse suor da testa.

— Até parece. — ele revira os olhos e mudamos de assunto.

As duas da manhã subimos ao quarto, tomamos um banho rápido e deitei na cama, enquanto Josh arrumava sua mochila pra faculdade no dia seguinte, suas aulas amanhã começariam mais tarde. Fitava o teto e não tirava uma questão da cabeça, ele disse que foi fácil se apaixonar por mim e que não foi fácil eu me apaixonar por ele. É verdade, mas agora eu sou apaixonada por ele, muito. Ele me tem.

— Tá pensativa, ruivinha. — rio.

—Ruivinha?

— É o que você é. — deito a cabeça no seu peito e o mesmo me abraça. — O que tá pensando?

— Você sabe que sou apaixonada por você, né? — mordo a bochecha, tensa.

— Fala de novo. — seu rosto está iluminado e sinto seu coração batendo mais rápido.

— Sou apaixonada por você, você me tem, Joshua. — junta nossas bocas.

— Não quero que se assuste comigo ou ache que estou acelerando as coisas, você dizer isso pra mim é muito importante. O que eu vou dizer agora não precisa responder.

— Quê? — olho assustada pra ele.

Ele não vai dizer o que eu acho, vai?

Eu te amo.

...

Soltei a bomba e corri!

O final tá bem perto e eu tô...

Beijos, Malu ;-)

𝗟𝗘𝗖𝗛𝗘𝗥𝗬 ミ heyosh ✓ Onde histórias criam vida. Descubra agora