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"Um sorriso, outro beijo, seus toques, as faíscas que escapam dos olhos."

— Heyoon! Heyoon! — desperto com alguém me sacudindo.

— Oi, oi? — os olhos verdes do meu irmão estão bem próximos do meu rosto, nossos narizes quase se tocam.

— Se o papai te pega dormindo aqui. — sussurra, ainda muito próximo.

— Shiiu. Por que tá assim? — ele sorri. — Por que estamos sussurrando?

— Não sei.

— Você é um idiota! — me dá uma cabeçada fraca.

— Amo você também. — beijo sua bochecha. — Olha só, isso tá estranho. — empurro seu rosto com a mão.

— O que tá fazendo aqui? — cruzo os braços encarando o moreno em dúvida.

— Vim te ver, tá muito bravinha esses dias. — reviro os olhos. — Ok, isso é um dos motivos. Preciso que avalie uns documentos pra mim.

— Manda,  Nonô. — rio com sua cara.

— Não me chama assim aqui. — mostro língua.

— Anda logo! — põe um envelope na mesa e me olha ansioso. — Isso vai explodir? — recebo um revirar de olhos como resposta.

— Olha isso logo, precisamos conversar. — se joga no sofá de courino preto no canto da sala. — Vou puxar um ronco por enquanto.

Avalio os documentos em dez minutos, Noah falou sério sobre puxar um ronco. Aquele garoto parece uma motosserra.

— Acorda! — bato palmas e ele pula assustado.

— Tava sonhando com algo tão bom. — sorri.

— Seu sorriso é lindo, irmão mais novo. — revira os olhos. — Tava sonhando com o quê?

— Vingança contra você. — morde o lábio.

— Como?

— Lembra quando dizia pra todo mundo que eu era adotado porque não nos parecemos? — faço que sim.

— Desculpa de novo por isso. — sorrio de lado.

— No meu sonho nosso pai ia até essas pessoas e falava que te achou na rua, por isso não temos nada a ver. — meu queixo cai.

Noah solta uma risada alta e gostosa, suas bochechas ficar levemente vermelhas.

— Filho da puta! — dá de ombros.

— Hora do guru Noah entrar em ação. — pula do sofá e senta na minha cadeira. -—Senhorita Jeong, sente-se aqui. - aponta a cadeira de frente a dele.

— Claro. — digo sarcástica.

— Vou falar só uma vez. Tem uma semana que você e o senhor Beauchamp estão tristes pelos cantos, não admito esse tipo de comportamento vindo dos meus pacientes. Como sei que o senhor Beauchamp é uma pessoa sensível, apesar de toda aquela pose, e sei também o porque da última briga, aconselho que vá até ele e peça desculpas. — abro a boca. — Isso mesmo, sei que tem ligado e mandado muitas mensagens, pelo amor de Deus, Heyoon! Prova logo que você diz coisas idiotas demais e vai atrás dele, porque ele tá cansado de ir até você, com toda razão. — Noah altera sua voz, gritando no final.

Solto meu peso nas costas da cadeira e ponho a mão no peito.

— Ai! — vejo uma expressão de incredulidade surgir no seu rosto.

— Ai? Você disse ai? Eu decorei esse discurso e incorporei nesse personagem pra receber um ai como resposta? Francamente! — começo a rir.

— Você decorou mesmo isso? — pergunto, rindo.

— Não, mas foi incrível, né? Veio do coração, sou um talento natural. — se gaba.

— Você é um idiota, mas um idiota inteligente. — dou a volta na mesa e beijo sua cabeça. — Cuida aqui pra mim, tenho uma coisa pra resolver! — saio correndo.

— Ele tá no Brooklyn! — escuto gritar, quando já estou na porta.

...

Amanhã posto outro, esse foi só pra deixar vcs mais bravos ainda cmg. Desculpa!

Dividi o capítulo em dois, por isso tá pequeno.

Beijos, Malu ;-)

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