o alvo

A História

Acordo lentamente ainda digerindo tudo.

O parentesco de Amanda e Jéssica, a descoberta de Jess sobre mim. E agora fico pensando no que vou dizer, em que desculpa poderei dar....

Desço as escadas com meu moletom leve e quente por causa do frio e sem camisa. Josep e Patrick estão me encarando desde que entrei na cozinha.

-O cereal tá na porta a sua esquerda. -Começa Patrick -Como foi o jantar?

-Foi ótimo.

-E?

-Foi bom, mas não consegui nada.

-Tem que conseguir alguma coisa, temos três meses e nada mais.

-Eu entendo, mas não posso forçar nada, ainda.

-Então se apressa por que nós também temos o que fazer... não somos dois tolos que vivem pra te obedecer.- Diz Josep se levantando da bancada e saindo.

-Que estresse.- Digo pra descontrair.

-Pois é. A namorada dele terminou com ele ontem porque mandou ele escolher entre ela ou o trabalho.

-Ele escolheu o trabalho?

-Não, foi só ele começar a pensar que ela já terminou tudo. O pior é que ele ia pedir ela em casamento.

-Que chato em.

-Em parte isso é culpa sua!

-Minha?

-Daqui a pouco ja vai fazer uma semana, e você ainda não conseguiu nada.

-Ta legal.

Saio caminhando e vou direto ao quarto com uma tigela de cereal... eu como e vou direto tomar um banho.

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Mais tarde, bato direto na porta de Jess. Ela atende com os cabelos um pouco bagunçados e de pijama.

-Não pensei que viria me prender tão rápido policial.

-Teria algum motivo pra isso?

-Quero fazer algumas perguntas.

-E eu quero respostas.

-Entra.

Ela me serve um xicara de café e um muffin. Depois de alguns minutos eu começo:

-Então você é professora de musica?

-Talvez. E você é policial?

-Talvez.

Ficamos nos encarando ali por uma hora.

-Ta legal. O meu nome não é Jessica. É Alessandra.

-Conte mais sobre a sua vida.

-Vai me contar sobre a sua?

Aceno com a cabeça.

Ela franze as sobrancelhas e começa:

-Meu nome é Alessandra. Meus pais tiveram duas filhas, com diferença de pouco mais de dois anos, eu sou a mais velha. Amanda era minha melhor amiga, até os nosso pais morrerem por culpa dela e não nos falamos mais. Quando finalmente voltamos a nos aproximar ela conheceu você e me deixou. Ela me convidou para o casamento pouco tempo depois mas eu não fui, dai ela me mandou a foto pelo correio.

-Como seus pais morreram?

-Acidente de carro... foram encontrar ela na escola porque se meteu com duas valentonas por causa de um garoto, na volta discutindo sofreram um acidente, ela voou para longe e o carro explodiu com nossos pais dentro... linda história não é?

-Eu sou policial. Fui mandado pra cá pra investigar uma quadrilha pela qual acreditamos que você é a mentora.

-Quadrilha? O que? Eu? - ela engasga com as próprias palavras.

-Tudo ficaria mais fácil se você se confessasse agora.

-Eu não tenho nada pra te confessar, isso é ridiculo. Como chegaram até a mim?

-Informação confidencial. Tem que provar sua inocencia ou culpa.

-Como? Eu não tenho nada a ver com isso!

-Então prove ou vai ser presa em breve sem chance de fiança.

-Quer saber, você é um doido, sai daqui agora!

Ela abre a porta e eu saio acenando com uma das mãos.

-Ah...- grito -Pense direito.