Pela primeira vez em anos, sentiu-se bem animado para conquistar uma mulher e não era qualquer uma, era Lucinda, uma jovem que um dia não passou de uma aposta para ele e que agora, significava muito mais do que poderia imaginar, além do fato que queria muito se aproximar da sua filha. A ideia de ser pai ainda era uma surpresa para Robert, mas estava ansioso para descobrir como seria.
Estava cedo, mas sabia que Lucinda acordava cedo e queria garantir que ela não fugisse dele de novo. Sua mão estava prestes a bater na porta quando a própria se abriu revelando ela parada pronta para ir embora e o olhou surpresa.
-O que...Você...O que? –murmurou olhando para os lados. –Como você...?
-Como eu sabia? –perguntou apoiando-se no batente para ficar entre ela e a saída.
-Oi. –disse Penélope sonolenta agarrada ás pernas da mãe.
-Oi, Pen. –disse sorrindo gentil e depois olhou para Lucinda. –Não vai fazer essa maldade com ela, vai?
-Que maldade?
-Lucinda. –sussurrou inclinando-se. –Ela está quase dormindo em pé.
Ele indicou a menina, que apoiava a cabeça na perna, os olhos fechados, a boca um pouco aberta e cambaleava para frente e para trás. Notou a expressão de dor que passou por Lucinda, depois ela apoiou a mão na cabeça da filha e olhou para ele.
-Você sabe jogar sujo. –sussurrou com uma careta para ele que sorria vitorioso.
-Não é para tanto, querida. –piscou.
-Penélope. –disse Lucinda sem desviar o olhar do dele. –Pode voltar á dormir.
Ela não disse nada, somente se arrastou até a cama e deixou o pequeno corpo cair e logo ouviu o ronco profundo.
-Vamos tomar café da manhã? –perguntou oferecendo-lhe o braço que ela não aceitou.
Lucinda somente passou por ele, fechou a porta e saiu andando. Ele alcançou com facilidade e entrelaçou seus braços mesmo assim.
-Me solta. –ela murmurou tentando se afastar.
-Nunca. –sussurrou tão baixo que ele soube que ela não ouviu, pois continuou tentando tirar o braço, mas ele era mais forte. –Por que eu deveria soltá-la?
-Porque... –ela pareceu fazer um esforço enorme para pensar em algum motivo. –Porque sim!
-Creio que isso não se adeque á uma resposta satisfatória. –disse sorrindo.
-Creio que isso se adeque. –sussurrou.
Ele não entendeu, mas então sentiu o pé dela afundar no seu com força.
-Meu pé! –murmurou sentindo uma pontada de dor, mas não soltou o braço dela.
-Droga, Robert, me solta. –sussurrou irritada.
-Isso não foi o suficiente para me fazer soltar você. –respondeu.
Na verdade, ele achava que até merecia essa dor.
Durante todo o corredor, ela tentou soltar, mas assim que saíram no salão dando ao refeitório, onde havia pessoas, ela se aquietou e o seguiu até a mesa.
-Não sabia que era agressiva. –disse sentando-se depois de se servir.
-Aprendi muito com a senhorita Watson. –respondeu pegando um punhado de ovos e colocando na boca, deixando as bochechas estufadas, parecendo um esquilo com a boca cheia de nozes.
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Metade de um Coração - Trilogia do Coração ♥ Vol. I
Lãng mạn"Ninguém havia avisado á ele que a dama mais sem graça da temporada era, na verdade, a mais perigosa." Lucinda Winter é filha de um Barão, é tímida e um pouco peculiar, e está sendo considerada a jovem mais sem graça da temporada e nesse momento ent...