Capítulo 11.

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Pela primeira vez em anos, sentiu-se bem animado para conquistar uma mulher e não era qualquer uma, era Lucinda, uma jovem que um dia não passou de uma aposta para ele e que agora, significava muito mais do que poderia imaginar, além do fato que queria muito se aproximar da sua filha. A ideia de ser pai ainda era uma surpresa para Robert, mas estava ansioso para descobrir como seria.

Estava cedo, mas sabia que Lucinda acordava cedo e queria garantir que ela não fugisse dele de novo. Sua mão estava prestes a bater na porta quando a própria se abriu revelando ela parada pronta para ir embora e o olhou surpresa.

-O que...Você...O que? –murmurou olhando para os lados. –Como você...?

-Como eu sabia? –perguntou apoiando-se no batente para ficar entre ela e a saída.

-Oi. –disse Penélope sonolenta agarrada ás pernas da mãe.

-Oi, Pen. –disse sorrindo gentil e depois olhou para Lucinda. –Não vai fazer essa maldade com ela, vai?

-Que maldade?

-Lucinda. –sussurrou inclinando-se. –Ela está quase dormindo em pé.

Ele indicou a menina, que apoiava a cabeça na perna, os olhos fechados, a boca um pouco aberta e cambaleava para frente e para trás. Notou a expressão de dor que passou por Lucinda, depois ela apoiou a mão na cabeça da filha e olhou para ele.

-Você sabe jogar sujo. –sussurrou com uma careta para ele que sorria vitorioso.

-Não é para tanto, querida. –piscou.

-Penélope. –disse Lucinda sem desviar o olhar do dele. –Pode voltar á dormir.

Ela não disse nada, somente se arrastou até a cama e deixou o pequeno corpo cair e logo ouviu o ronco profundo.

-Vamos tomar café da manhã? –perguntou oferecendo-lhe o braço que ela não aceitou.

Lucinda somente passou por ele, fechou a porta e saiu andando. Ele alcançou com facilidade e entrelaçou seus braços mesmo assim.

-Me solta. –ela murmurou tentando se afastar.

-Nunca. –sussurrou tão baixo que ele soube que ela não ouviu, pois continuou tentando tirar o braço, mas ele era mais forte. –Por que eu deveria soltá-la?

-Porque... –ela pareceu fazer um esforço enorme para pensar em algum motivo. –Porque sim!

-Creio que isso não se adeque á uma resposta satisfatória. –disse sorrindo.

-Creio que isso se adeque. –sussurrou.

Ele não entendeu, mas então sentiu o pé dela afundar no seu com força.

-Meu pé! –murmurou sentindo uma pontada de dor, mas não soltou o braço dela.

-Droga, Robert, me solta. –sussurrou irritada.

-Isso não foi o suficiente para me fazer soltar você. –respondeu.

Na verdade, ele achava que até merecia essa dor.

Durante todo o corredor, ela tentou soltar, mas assim que saíram no salão dando ao refeitório, onde havia pessoas, ela se aquietou e o seguiu até a mesa.

-Não sabia que era agressiva. –disse sentando-se depois de se servir.

-Aprendi muito com a senhorita Watson. –respondeu pegando um punhado de ovos e colocando na boca, deixando as bochechas estufadas, parecendo um esquilo com a boca cheia de nozes.

Metade de um Coração - Trilogia do Coração ♥ Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora