Capítulo 3

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Daniel narrando
-Coloquem suas malas ao lado da porta para serem levadas até aos táxis. Quero especialmente agradecer aqueles que deram um fim abrupto para essa oportunidade única- dizia o professor Miguel até às raparigas chegarem- Bem vindos senhoras que bom que chegaram pena que estão voltando pra casa.

Fui ter com a professora Fiona
-Senhorita Fiona o Bruno ainda não está aqui.
-O quê?!
-Ele não voltou ontem há noite e não contei para ninguém porque sabe pensei que ela estivesse com uma rapariga mas....
-Como sabe que ele não está?- ela perguntou me interrompendo me
-Você conhece ele, ele não fugiria ele sempre segue o roteiro. Eu tentei o celular mas ele não atende
-Tá e quando foi a última vez que o viu?- olhei para a Maria e voltei a olhará para a ela
-Hmm no barco

Lucas narrando
Tirei a lona de cima de nós e eu só via azul, o azul do mar e o azul do céu junto com o calor intenso do sol
-Acha que estamos muito longe da costa?- Bruno me pergunta
-Eu não sei, mas fica de olho a gente não deve estar longe
-A gente tá aqui a horas. Isso é parte do seu plano brilhante?
Peguei no meu celular mas estava morto
-Eu não acredito que o meu celular esteja ensupado
-É eu também não acredito- ele disse irónico e meio irritado
-Tenta o seu de novo
-Eu já falei o meu celular está sem sinal aqui.- ele começou a mexer numa bolsinha que ele tinha- Quer água?
-Valeu- bebi um gole, e ri me- Eu não acredito que você levou água para uma festa
-Eu não queria ficar desitratado é isso que dá ressaca
-Sério?! Pensei que fosse tequila.
-Eu ainda não acredito que o bote não tem motor. Quer dizer é para isso que serve um bote de emergência se não pra que ter um bote?
Comecei a rir.
-Qual é a graça disso?
-Essa palavra bote.
-Ótimo a gente tá flutuando no meu do caraibe sabe disso né?
-Sei mas também sei que pirar não vai ajudar em nada.
-O que a gente vai fazer?
-Por enquanto... vamos flutuar, eu acho- lembrei me que tinha chiclete no meu bolso- Quer chiclete?
-Porquê? Tô com mau hálito?
-Provávelmente
Dei lhe um pedaço da chiclete e eu comi a outra metade

Daniel narrando
-Inês Cobra?- o professor Miguel estava fazendo a chamada
-Aqui
-Carlos Pereira?
-Aqui
-Lucas Santos? Lucas? Alguém viu o Lucas?

Lucas narrando
-Porque carrega tantos saquinhos?
-O quê?
-Carrega todas as suas bugigangas num saquinho?
-Assim não fica tudo bagunçado
-Se tá dando certo pra você
-Pelo menos o meu celular tá seco
Não disse nada, ele olhou para o lado e logo a seguir para mim
-A gente devia ter seguido a polícia
-Ahh claro com um remo só
-Olha só estou falando.- diz uma pausa Beleza primeiro eu pensei que a gente podia remar até lá mais tarde e segundo não se esqueça rei do baile que foi você que quis ir dar um mergulho no mar à luz da lua- falei um pouco irritado
-Eu caí do barco e meu nome é Bruno
-Tá legal Bruno
Ficámos em silêncio alguns segundos até o Bruno ter visto alguma coisa
-Aí meu deus!
-O que é?
-Uma ilha!- falou apontando para a tal ilha, virei minha atenção para a ilha que estava no horizonte- Bem ali!
-Tá muito longe vamos ficar aqui até virem buscará a gente
-Tá brincando?!- ele foi buscar o remo- Tá bom eu remo
-Tá bom! Tá bom eu remo- tirei o remo das suas mãos e comecei a remar até há ilha que ainda estava um pouco longe

Daniel narrando
-Ele não voltou para o hotel ontem há noite?- perguntou me o professor Miguel
-Não, eu pensei que ele tava...
-Ele bebeu?- o professor Miguel interrompeu me
-E o que isso tem haver?- perguntei
-Ele tava com o Lucas?
-O quê? Não
-Mas ele tava no barco?
-Sim mas ele não se encontrou com ninguém, ele não tava saindo com o Lucas. Senhorita Fiona...
-Podemos fazer alguma coisa para encontrá-los?- falou ela para os dois agentes da polícia que estavam connosco
-Provávelmente eles vão encontrar você. Este tipo de coisa não é tão incomum. É o espírito jovem de aventura.
-Não!- eu disse- Estamos falando do meu melhor amigo eu o conheço. Ele não tem esse espírito de aventura

Bruno narrando
Eu puxava a água com as mãos até às costa enquanto o Lucas remava. Quando ficamos próximos paramos e deixamos as ondas nos guiarem até terra firme.

Saltámos do barco para terra e fomos puxando o barco até á praia onde caímos de exaustão
-Você tá bem?- ele me perguntou
-Eu tô e você?
-Acho que tô
Peguei no meu celular e comecei a procurarar por cobertura
-Sem cobertura. Temos que achar um telefone- peguei na minha bolsinha e comecei a caminhar
-Beleza- ele se levantou- Pera aí!
Virei me para trás e ele estava mexendo nas coisas do barco
-Anda- eu disse, ele correu até mim com uma pistola vermelha e duas balas na mão- Sério? Pra quê isso?
-Sei lá para atirar nos caras maus
Caminhamos até entrarmos na floresta tropical e eu pisar um inseto coisa e gritar
-Ahhhhh!!
-O que foi isso?
-Eu odeio insetos
-Então veio ao sítio certo
Avançamos mais um pouco
-Vamos procurar um hotel. A  gente devia acabar o trabalho da escola hoje. Eu aposto que estão todos preocupados com a gente- falei passando à frente dele
- Com você. Eu garanto que ninguém tá preocupado comigo

A Ilha DesertaOnde histórias criam vida. Descubra agora