Lucas narrando
Mais tarde fui apanhar algumas amoras para comer enquanto o Bruno descansava na sombra de uma palmeiras. Nesse mesmo momento o som de um avião foi ficando cada vez mais alto. Corri o mais rápido que consegui até ao Bruno
-Bruno ouviu isso?
-Pega o sinalizador eu te encontro lá- ele correu para outro lado e eu para a cabanaCorri com todas as minhas forças até á cabana vasculhei nas coisas pelo sinalizador mas não o encontrei. Fui atrás do avião gritando e acenando mas o avião estava muito alto
-Não, não! Aqui!! Eii!!!Nada, o avião passou e não nos viu foi quando o Bruno apareceu
-Estava muito alto- comentei
-Disparou os sinalizadores porque eu não vi
-Não! Eu não achei eles!- falei irritado
-Como assim não achou?! Está no lugar onde sempre esteve!- ele foi em direção na cabana- Era a nossa chance Lucas!- ele começou a procurar- Pera aí, onde ele tá? Você tirou daqui?
-Não você foi o único que pegou!- me aproximei
-Ahh! Tá falando que eu perdi?!
-Eu não falei que alguém perdeu eu só falei que ele não tá aí- ele se levantou e olhou em redor
-Alguém tá pegando nossas coisas. As sacolas, os cremes, o meu protetor solar,...- el voltou a remexer nas coisas
-As coisas acabaram faz um tempão, Bruno
-É mas eu guardei os frascos! Eu uso ele pra água, quadê a garrafa de água?!
-Sei lá em algum lugar por aí. Vai ver que você arrumou as coisas e acabou...
-Ahh é sério?! Eu arrumei então é isso eu organizo demais né?!- pelo tom que ele estava usando notava-se que ele estava bem zangado, chateado e irritado
-Relaxa.- fui ter com ele para o fazer se levantar- Bruno, Bruno
-Não põe a mão em mim!- ele se levantou e foi para a praia
-O que você está fazendo?!
-Indo embora! Eu não posso eu não aguento mais! Eu não posso mais ficar nesta ilha!!
-E vai fazer o quê?! Voltar nadando?!
Ele parou e se ajoelhou na areiaEu fui para um penhasco que havia e fiquei lá encarando e chamando por alguém
-Olááááá!!!!!
-Não tem lá ninguém- disse o Bruno aparecendo atrás de mim
-Socooooorroooooooo!!!Bruno narrando
Voltei para a cabana tracei mais um risco na pedra que já estava ficando sem espaço. O mar estava agitado devido há maré o sinal de SOS gigante que fiz foi levado pelas ondas
Voltei para a cabana e sentei me, o Lucas apareceu logo a seguir e sentou se a meu lado. Ninguém dizia nada até o Lucas arriscar
-Só vimos um avião desde que estamos aqui- coometou
-Eu nunca mais verei minha família- falei
Não respondeu
-A gente vai ficar melhor ali- ele disse apontando com a cabeça para um grupo de palmeiras- A longo prazo
-Como assim a longo prazo Lucas?
-Olha Bruno em alguma hora vão ter que aceitar que é isso, essa é a nossa vida entendeu? Você e eu- um barulho foi feito- Ouviu isso
-Não foi nada foi só o vento
-Seja o que for eu vou fazer parar
-Lucas não.- ele disse calmo
Me levantei e entrei na floresta pouco depois o Bruno entrou também
Eu ouvia o tal barulho enquanto caminhava pela floresta foi quando reparei que atrás duns arbustos uma pantera negra olhava para mim como sua presa. Assim que o meu olhar recaiu sob o animal comecei logo a correr o mais rápido possível.Corri e corri me desviando de tudo o que se meter no meu caminho eu ouvia os gritos do Bruno chamando por mim foi quando vi um enorme tronco no meu caminho saltei mas o pé bateu no tronco por ser alto.
Caí no chão e ao me virar vejo a pantera a saltar.
Bruno narrando
-Lucas! Lucas!
Cheguei perto do tronco e espreitei para ver. Fiquei aliviado. A pantera estava do lado dele com uma estátua na barriga e o Lucas estava com salpicos de sangue em seu tronco.Levei o para a lagoa onde tirei o sangue de cima dele
Narrador narrando
Os alunos do professor Miguel atiravam papéis uns aos outros como se nada tivesse acontecido ele pediu para se acalmarem.
Bruno apanhava e comia amoras ao mesmo tempo em que sua mãe, Marta, os tirava da partelera para pôr no seu carrinho de compras.
Lucas e Bruno amarravam paus e canas para a sua nova cabana enquanto Antônio entrava no quarto de Lucas e se lembrava dos velhos tempos.
Lucas ensinava a Bruno como pescar durante o pôr do sol, Lucas mergulha e agarra Bruno pelas pernas. Eles se olham suas testas se tocam e de seguida seu lábios num beijo calmo, apaixonado, sem intensões de acabar.
Pedro andava pelos corredores e todos o olhavam com pena.
Bruno e Lucas debaixo da cachoeira se beijavam e abraçavam apaixonados.
Marta arrumava as roupas de seu filho dentro de cauxas e as cheirava uma última vez.
Bruno e Lucas se abrigavam da chuva debaixo da cabana já feita.
A professora Marta explicava aos alunos sobre o baile de formatura onde todos os anos são bem-vindos.
Lucas e Bruno olhavam o pôr do sol juntos e no último raio de sol o raio verde apareceu.
-Você viu?! Você viu aquilo?! A gente viu! A gente viu!!
Eles se abraçavam e festejavamJá todos começavam a aceitar a triste realidade, Bruno e Lucas não voltariam para casa.

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A Ilha Deserta
RomanceDois rapazes ficam presos numa ilha deserta. Esperando serem salvos um amor nasce graças a esta ilha. Contém cenas de sexo Olá é a minha primeira história portanto deixem os vossos comentários para poder melhorar, espero que gostem.