Bruno narrando
Acordei primeiro que o Lucas que dormia tão tranquilamente e fofo deitado na areia da praia.
Peguei num pau que encontrei e comecei a escrever SOS na areia, foi quando o Lucas chegou
-Oi! Você gosta de acordar cedo, o que está fazendo?
-Tentando salvar a gente. O que foi?
-Eu não sei não. Estou pensando em nadar. Cadê seu celular?
-Acabou a bateria. Precisamos de mais água.
Ele começou a caminhar enquanto tirava suas roupas e ficando de boxer. Eu tentei desviar o olhar mas não resisti então admirei o seu corpo musculado e um pouco pálido entrando no mar azul.Marta Rodrigues narrando
-Uma barco militar está procurando onde os alunos foram pagos. Assim que eles voltarem....- dizia o professor Miguel até ser interrompido pornmim
-E quando eles vão voltar?
-Eu não tenho certeza. Disseram que avisariam quando...
-Alguma coisa?- interrompeu o Carlos
-Eu estava dizendo a Marta que um barco militar está procurando no Caraibe. Eles disseram que um bote desapareceu...
-Há quanto tempo estão procurando?- perguntou o meu marido
-E o helicóptero?- perguntei
-Disseram que mandaram um assim que o vento diminuir- acrescentou a Fiona
-Estão procurando na terra e na água? Já contactaram a embaixada? Podemos contratar uma equipe, dinheiro não é problema.- falou o Antônio
-Eu entendi mas a polícia está fazendo de tudo com os recursos limitados que têm na ilha.- falou o professor Miguel- Não há equipes particulares de resgate mas eles disseram que estão muito confiantes de que vão encontrar o Lucas e o Bruno. As primeiras 48h são importantes e o xerife disse que os jovens fazem isso
-Você tá de brincadeira comigo. Eu não quero ouvir isso- eu disse irritada
-Já faz quase 2 dias o que eles estão fazendo?- perguntou Antônio- A lei fica faltando de bobagem sobre adolescentes- falou também irritado
-Eu sinto muito
-Não sinta! Encontre nossos filhos- faleiBruno narrando
Estava recolhendo água com a garrafa num riacho que estava lá perto quando ouvi um galho se partindo. Olhei para onde o som veio mas não vi nada então voltei para a praia
-A cabana vai ajudar em caso de chuva- ele disse
-Chuva?
-Nunca se sabe né- ele arrastava folhas de palmeira para uma pequena estrutura feita de paus
Peguei numas e ajudei o a levá-las para a estrutura mas me cortei
-Aii- deixei cair as folhas
-Tudo bem? Deixa eu ver- ele pegou na minha mão e fez pressão na ferida- Tá doendo? Continua apertando
Sentamos na areia
-Então porque Princeton? Porque quer ir para Princeton
-Não sei. Faz parte da i liga
-É
-É que combinámos de eu ir para lá. É meio estranho né? A questão sempre foi para onde eu deveria ir. Eu acho que nunca questionei isso.
-Hmm- ele se sentou
-Eles não vão desistir
-Não, vão vir por vocêMarta narrando
-Obrigado gente- dizia o oficial ao outro ele tirou o chapéu- Sinto muito
Saímos dali e voltámos para o hotel
-Encotram o Bruno?- perguntou o Pedro na vídeo chamada
-Ainda não mas vamos- dizia o Paulo
-Isso mesmo. Nós vamos continuar amanhã
-Filho, sua mãe e eu temos que ficar mais alguns dias tudo bem?- perguntou o Paulo
-Claro levem o tempo que quiseremLucas narrando
Eu acabava de escrever com uns paus que encontrei um SOS bem grande e visível. Fui ter o Bruno que bebia um coco e comia fruta que encontrámos na floresta e bananas que ele apanhou no topo da bananeira.
A cabana estava quase pronto só faltava pôr mais umas folhas e pronto mas quando as pûs a pequena cabana caiu
-É serio?!- perguntei rimos que nem doidos
Desta vez foi ele a fazer a cabana que ficou bem melhor e maior que a minha. Ele estava amarrando uns paus no teto da cabana e estava todo estucado e eu estava encostado a uma das árvores, eu admirava o seu corpo não sei bem porquê mas ele era atraente.
-Pronto agora tá bom- ele disse
-Vamos nadar para comemorar- levantei me e dirige me para o mar- Anda! Tá tipo um forno aqui e a gente merece!- corri para a água e ele veio atrás
Fomos para umas rochas pequenas onde procurava qualquer coisa que não fosse fruta para comer
-Ahhh!! Eu já não aguento comer mais frutaBruno narrando
Uma semana se passou e eu como sempre risquei mais um traço numa rocha que estava lá perto e fui deitar me na pequena cama que fizemos com folhas macias. Eu deitei me em concha para o lado oposto dele mas ele se mexeu e senti seu braço em cima de mim não me mexi e deixei o ficar, eu até gostei sabia bem ter contacto humano. Nesta última semana ficámos amigos, conversávamos sobre coisas aleatórias e nadavamos.
Fui tomar um duche, no dia seguinte, na lagoa azul que encontrámos no primeiro dia. A água escorria pelo corpo e me relaxava enquanto me lavava.
-Ei rei do baile!
-Não olhe!
-Eu só quero saber se ainda tem protetor solar!
-Olha que eu não tenho mais nada, procure você mesmo! Os fracos estão empilhados na cabana!
-Eu procurei e não achei!
-Tão lá mas estão vazios! Devem de ter algum óleo sei lá! Agora vira e pára de olhar tá!?
-Sabia que sempre que diz isso me lembra que eu devia estar olhando?!
-É sério!
-Foi você que pediu que eu ficasse aqui de guarda!
-Tem alguma coisa por aí eu escutei à noite!
Mergulhei na lagoa e me deixei levar.Marta narrando
-Nesta tarde, segundo os oficiais a investigação de busca e resgate foi rebaixada para uma busca e recuperação já que a esperança de achá-los vivos diminuiu os pais dos dois jovens....- dizia a senhora das notícia até o Paulo chegar
-Quero que me ligue todos os dias, duas vezes se puder.
-Tá eu liguo prometo
-Odeio te deixar sozinha- ele fazia a mala
-Eu ficarei bem amor. Você precisa voltar Pedro precisa de um de nós ainda mais agora
-Tá você tem razão- ele fechou o zíper da mala
-Agora é oficial cancelaram a busca e resgate- falei
-Você está vendo só Marta? Eles não têm recursos aqui é isso.
-Eu não vou desistir eu prometo vou levá-lo para casa.
-Eu sei que vai- ele me abraçou- Eu sei que vai.
Mais tarde depois de ele ir embora fui ter com o Antônio para ir de helicóptero procura na área onde encontraram o barco a fim de achar os nossos filhos
-Antônio, obrigada pelo helicóptero
-Vamos continuar procurando- dizia o piloto- Ainda temos 2h de vôoLucas narrando
Eu olhava o pôr do sol na esperança de ver o raio verde mas o Bruno me tirou das minhas memórias.
-Sinto falta do meus pais- ele comentou- Sinto até falta do meu irmão, do cheiro dos meus lençois depois de lavados. Aposto que ainda estão atrás da gente. Eles têm de estar né? Acha que desistiram?
-Faria isso?- perguntei ainda olhando o pôr do sol- Quer dizer a gente procura uma coisa e uma hora ele sabe que já era né?
Ele ficou em silêncio alguns segundos e depois perguntou
-Porque faz isso? Olhar o pôr do sol todo dia?
-Tô procurando uma coisa- falei ainda sem tirar os olhos do sol
-O quê?
-Nada.- desviei o olhar para ele e comecei a brincar com a areia com um pau grande que encontrei- É besteira
-O isqueiro já era.- ele estava fazendo uma fogueira para a noite. Agora temos de aptrader a fazer o nosso fogo
Enquanto brincava com o pau fui ter com uma folhas secas que estavam ali perto, mas quando as desviei me assustei e saltei para trás.
-O que foi?- ele se aproximou para ver e afastou se rapidamente.
Era um esqueleto humano.

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A Ilha Deserta
Roman d'amourDois rapazes ficam presos numa ilha deserta. Esperando serem salvos um amor nasce graças a esta ilha. Contém cenas de sexo Olá é a minha primeira história portanto deixem os vossos comentários para poder melhorar, espero que gostem.